Rastreamento para diagnóstico precoce: chave para sobrevivência do câncer de pulmão

Entre os diversos tipos de câncer já identificados, o de pulmão é o principal desafio médico atual. Isso porque, além de ser o tipo de câncer mais comum no mundo, ele também é de difícil diagnóstico nos estágios iniciais. Geralmente, ele é detectado já em fase avançada, o que diminui drasticamente as chances de cura e sobrevivência do paciente. 

A fim de mudar esse cenário, a iniciativa global Lung Cancer Policy Network, visa acelerar o acesso a avanços tecnológicos e de diagnóstico para aumentar as taxas de sobrevivência ao câncer de pulmão. 
 
Câncer de pulmão: um desafio para a assistência médica

“O câncer de pulmão é um dos maiores desafios em saúde atualmente. Principalmente porque é um câncer muito comum e infelizmente muitas pessoas morrem deste tumor”, diz David Baldwin, médico consultor da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, uma das integrantes da iniciativa global. 

De acordo com os dados mais recentes da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), em 2020, 2,2 milhões de pessoas foram diagnosticadas com câncer de pulmão no mundo. Isso o torna a neoplasia mais incidente em todo o planeta. 
Além disso, o tumor de pulmão também é a principal causa de morte por câncer, sendo o responsável por 1,76 milhão de mortes anuais, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. 

No Brasil, a doença é a terceira mais incidente em homens e mulheres – sem considerar tumores de próstata e de mama – acometendo cerca de 32 mil pessoas ao ano, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para os anos de 2023 a 2025. 

“O problema central é que não conseguimos diagnosticar o câncer cedo, nos estágios iniciais. Quando ele é diagnosticado clinicamente, geralmente já está avançado, se espalhou pelo corpo e há pouco o que fazer para uma cura, apesar dos avanços atuais em tratamentos oncológicos”, completa Baldwin. 

Segundo o INCA, mais de 80% dos casos de câncer de pulmão no Brasil são diagnosticados em estágio avançado. “No SUS, 86% dos pacientes descobrem a doença nas fases avançadas e metastáticas e não têm acesso a tratamentos novos, efetivos e que prolongam suas vidas com qualidade”, enfatiza Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia. “Precisamos priorizar o câncer de pulmão no Brasil. Com iniciativas como essa, além da disponibilização de novos testes moleculares e tratamentos para os pacientes que descobrem a doença em fases avançadas, por exemplo, podemos mudar essa realidade.”

O que fazer para evitar mortes por câncer de pulmão?

Em vista deste cenário, a Lung Cancer Policy Network visa transformar a atenção ao câncer de pulmão em uma política prioritária em todo o mundo e, assim, melhorar a taxa de sobrevivência. 

Para isso, a rede global advoga em favor de programas de triagem por meio de tomografias computadorizadas de baixa dose, os exames CT, direcionados ao câncer de pulmão. Com um rastreamento ativo, a iniciativa afirma que é possível aumentar as taxas de detecção precoce do tumor e, com isso, salvar vidas.

De acordo com a rede, fora de um programa de rastreamento ativo, 57% das pessoas com câncer de pulmão no mundo são diagnosticadas no estágio IV, o mais avançado da doença. Nessa fase, a taxa de sobrevivência em cinco anos é menor de 10%. 

Já com um programa de rastreamento por CT, mais de 70% das pessoas com câncer de pulmão podem ser diagnosticadas no estágio I, o mais inicial, em que a taxa de sobrevida em cinco anos salta para 92%. 

“Temos as evidências e sabemos como implementar o rastreamento de câncer de pulmão com sucesso.O que falta agora é vontade social e política para que políticas públicas de rastreamento e diagnóstico precoce alcancem a população”, afirma Ebba Hallersjö Hult, diretora de Inovação do Vision Zero Cancer, instituto de inovação para a cura e controle do câncer localizado na Suécia, que participa da iniciativa global. 

A  Lung Cancer Policy Network é uma iniciativa da Lung Ambition Alliance, uma aliança de quatro organizações líderes em diversas áreas médicas (AstraZeneca, Guardant, Coalizão Global de Câncer de Pulmão e a Associação Internacional para o Estudo do Câncer de Pulmão- IASLC) que tem forte atuação no câncer de pulmão, cujo objetivo é eliminar o câncer de pulmão como causa de morte.

Saiba mais sobre Lung Cance Policy Network em: www.lungcancerpolicynetwork.com  

E fique ligado no nosso portal para conhecer mais atividades como essa!

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