Radioterapia para rabdomiossarcoma

A radioterapia usa radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor, especialmente aquelas que não podem ser removidas cirurgicamente. Quando a radioterapia é usada no tratamento do rabdomiossarcoma, geralmente é administrada junto com a quimioterapia.

A radioterapia é útil quando o tumor não pode ser completamente removido por implicar a perda de um órgão importante, como olho ou bexiga, ou ainda nos casos em que deixaria alguma mutilação importante. Normalmente, a radioterapia não é realizada em crianças com rabdomiossarcoma embrionário que podem ser completamente removidos cirurgicamente (grupo clínico I).

Geralmente a radioterapia é administrada em qualquer área com doença remanescente após seis a 12 semanas da quimioterapia, com exceção de tumor que se desenvolveu no próprio cérebro perto das meninges ou na medula espinhal. Nesses pacientes a radioterapia é iniciada imediatamente junto com a quimioterapia.

A radioterapia consiste em liberar uma determinada dose de radiação em um alvo, geralmente fracionada em cinco sessões por semana durante certo período de tempo.

As principais técnicas de radioterapia usadas no tratamento do rabdomiossarcoma são:

  • Radioterapia conformacional 3D. Utiliza computadores especiais para mapear a localização do tumor com precisão. Na radioterapia tridimensional as imagens de ressonância magnética devem ser feitas com o paciente imobilizado e em posição de tratamento para mapear precisamente o local do tumor. As imagens são transferidas a um sistema de planejamento, onde o médico delimita em todos os cortes tomográficos o órgão alvo e a quantidade de tecido normal que será atingido.
  • Radioterapia de intensidade modulada. Permite a conformação da radiação para o contorno da área alvo e utiliza múltiplos feixes de radiação angulares e de intensidades não uniformes, possibilitando um tratamento concentrado na região do tumor. A IMRT permite isolar perfeitamente a área do tumor a ser tratada, possibilitando a utilização de uma alta dose de radiação no tumor alvo, com menor efeito sobre as células sadias, além de reduzir a toxicidade do tratamento. Com esta técnica é possível avaliar a distribuição de dose em todo o órgão alvo, reduzindo as áreas de alta dose e tornando a distribuição mais homogênea.
  • Braquiterapia. A braquiterapia, ao contrário da radioterapia que trata o órgão alvo com feixes de radiação externos (a longa distância), utiliza fontes de radiação interna (a curta distância). Nessa técnica o material radioativo é colocado, por meio de instrumentos específicos, próximo à lesão tumoral e, geralmente, deixado no local por alguns dias, enquanto o paciente permanece em um quarto de hospital. Uma vez terminado o tratamento, o material é retirado do corpo. Esta técnica pode ser especialmente útil no tratamento de alguns tumores de bexiga, vagina e de cabeça e pescoço. Alguns estudos preliminares sugerem que essa pode ser uma boa maneira para preservar a função desses órgãos em muitas crianças.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais da radioterapia dependem da região irradiada, da dose de radiação e da idade do paciente. Alguns dos efeitos colaterais frequentes incluem fadiga, infecções, perda de cabelo, problemas na pele, náuseas, vômitos, diarreia, problemas urinários e intestinais, feridas na boca e perda de apetite.

Os cérebros de crianças pequenas são muito sensíveis à radiação, por isso os médicos tentam evitar, sempre que possível, o uso da radioterapia nessa região. Os efeitos colaterais da radioterapia cerebral, geralmente, tornam-se mais importantes um ou dois anos após o tratamento e podem incluir dores de cabeça, perda de memória, alterações de personalidade e problemas de aprendizagem na escola.

Outros problemas a longo prazo pode incluir formação de tecido cicatricial e retardamento do crescimento ósseo. Dependendo da idade da criança e qual região do corpo foi irradiada, isso poderia resultar em deformidades ou crescimento inadequado. A radioterapia pode também aumentar o risco de câncer no futuro nas áreas irradiadas.

Para limitar o risco de efeitos graves a longo prazo da radiação, os médicos administram a menor dose de radiação possível.

Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Radioterapia.

Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 16/07/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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