O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor. Nem todas as mulheres com câncer de mama têm indicação de radioterapia. A radioterapia pode ser realizada nas seguintes situações:
Os principais tipos de radioterapia que podem ser usados para tratar o câncer de mama são a radioterapia externa e a braquiterapia.
Radioterapia externa
A radioterapia externa ou convencional é o tipo mais comum para tratar o câncer de mama. Esse tratamento consiste em irradiar o órgão alvo com doses fracionadas. A paciente não sente nada durante a aplicação, que dura apenas alguns minutos por dia.
As áreas que devem ser irradiadas dependem do tipo de cirurgia realizada (mastectomia ou cirurgia conservadora da mama) e se os linfonodos estavam (ou não) comprometidos:
A radioterapia é administrada 5 vezes por semana por algumas semanas. Mas recentemente novas modalidades vêm permitindo diminuir o número de dias de sessões (hipofracionamento) para administrar doses maiores por um período mais curto.
Radioterapia Hipofracionada. Nessa técnica a radioterapia é administrada em doses diárias maiores, em número menor de sessões menos tratamentos (geralmente por apenas 3 a 4 semanas). Em mulheres tratadas com cirurgia conservadora de mama e sem doença nos linfonodos axilares, esse esquema é tão promissor em evitar a recidiva quanto um tratamento por longos períodos de tempo. O que também pode levar a menos efeitos colaterais a curto prazo.
Irradiação acelerada da mama
Existem tipos diferentes de irradiação parcial acelerada da mama:
Radioterapia da parede torácica
Se a paciente fez uma mastectomia e nenhum linfonodo estava comprometido, será administrada radioterapia em toda a parede torácica, na cicatriz da mastectomia e nas áreas do dreno cirúrgico. Geralmente, é administrada diariamente 5 dias por semana, durante algumas semanas.
Radioterapia linfonodal
Independentemente da paciente fazer uma cirurgia conservadora da mama ou uma mastectomia, se os linfonodos axilares estavam comprometidos será feita a radioterapia. Em alguns casos, os linfonodos supraclaviculares e os linfonodos mamários internos também serão irradiados. Geralmente, é administrada diariamente 5 dias por semana, durante algumas semanas, simultaneamente ao tratamento da mama ou da parede torácica.
Possíveis efeitos colaterais da radioterapia externa
Os principais efeitos colaterais a curto prazo da radioterapia com feixe externo para câncer de mama são:
As alterações da pele podem variar de vermelhidão leve a bolhas e descamação. A maioria das alterações na pele melhoram em alguns meses. Algumas alterações no tecido mamário geralmente desaparecem em 6 a 12 meses, mas podem eventualmente levar mais tempo.
A radioterapia com feixe externo também pode provocar efeitos colaterais tardios:
Braquiterapia
Braquiterapia ou radioterapia interna é outra forma de administrar a radioterapia. Essa técnica consiste na inserção do material radioativo dentro ou próximo ao órgão a ser tratado. Para isso são utilizados fontes radioativas específicas, pequenas e de diferentes formas por meio de guias denominadas cateteres ou sondas.
Existem diferentes tipos de braquiterapia:
Possíveis efeitos colaterais da braquiterapia
Assim como na radioterapia externa, a braquiterapia intracavitária pode apresentar efeitos colaterais, incluindo:
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Radioterapia.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 18/09/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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