Quimioterapia para câncer de via biliar

A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Por ser um tratamento sistêmico, atinge não somente as células cancerígenas, mas também as células sadias do organismo. De forma geral, a quimioterapia é administrada por via venosa ou por via oral.

A quimioterapia para câncer de via pode ser utilizada em diferentes situações:

  • Quimioterapia adjuvante. É realizada após a cirurgia, muitas vezes junto com a radioterapia, para destruir as células cancerígenas remanescentes e diminuir o risco da recidiva.
  • Quimioterapia neoadjuvante. É realizada antes da cirurgia com o objetivo de reduzir o tamanho do tumor e, eventualmente, tornar a cirurgia mais fácil.
  • Transplante de fígado. A quimioterapia pode ser administrada como parte do processo do transplante de fígado, para manter o câncer a via biliar sob controle enquanto se aguarda o transplante.
  • Quimioterapia para tumores avançados. A quimioterapia também pode ser administrada como parte do tratamento principal para cânceres alguns tumores avançados, às vezes junto com a radioterapia, que não podem ser removidos ou que estão disseminados. Esse tratamento pode retardar a evolução da doença, o que pode aliviar os sintomas de alguns pacientes e aumentar a sobrevida.
  • Terapia paliativa. Para reduzir os tumores ou retardar seu crescimento por um determinado tempo. Isso pode aliviar os sintomas da doença, por exemplo, reduzindo os tumores que pressionam os nervos e provocam dor.

A quimioterapia é administrada em ciclos, com cada período de tratamento seguido por um período de descanso para permitir que o corpo possa se recuperar. Cada ciclo de quimioterapia dura, em geral, algumas semanas.

Infusão da artéria hepática. Devido à má resposta dos tumores hepáticos à quimioterapia sistêmica, os médicos estudaram a injeção de quimioterápicos diretamente na artéria hepática para ver se seria mais eficaz (infusão da artéria hepática). A quimioterapia vai para o tumor através da artéria hepática, mas o fígado saudável metaboliza a maior parte do fármaco antes que ele possa alcançar o resto do corpo. Isso libera mais quimioterapia ao tumor do que a quimioterapia sistêmica, sem aumentar os efeitos colaterais. Essa técnica pode não ser útil em alguns pacientes, porque muitas vezes requer cirurgia para inserção de um cateter na artéria hepática, um procedimento cirúrgico que muitos pacientes podem não ter condições de realizar.

Quimioembolização transarterial (TACE). É um procedimento que combina embolização com quimioterapia. Na maioria das vezes, a quimioterapia é feita através do cateter diretamente na artéria, de forma que possa permanecer próxima ao tumor. A quimioembolização transarterial pode ser usada para tumores que não podem ser removidos ou no tratamento da recidiva da doença após a cirurgia.

Medicamentos utilizados

Diversos medicamentos podem ser utilizados para tratar o câncer de via biliar, incluindo: 5-fluorouracil, gencitabina, cisplatina, capecitabina e oxaliplatina.

Muitas vezes, dois ou mais medicamentos são combinados para aumentar a eficácia do tratamento. Por exemplo, combinar gencitabina e cisplatina pode aumentar a sobrevida de alguns pacientes do que a administração da gencitabina isoladamente.

Possíveis efeitos colaterais

Os medicamentos quimioterápicos atacam as células que se dividem rapidamente, razão pela qual agem sobre as células cancerígenas. Mas outras células no corpo, como as da medula óssea, revestimento da boca e dos intestinos e os folículos pilosos, também se dividem rapidamente, e estão mais propensas a serem afetadas pela quimioterapia, o que pode resultar em efeitos colaterais.

Os efeitos colaterais da quimioterapia dependem do tipo de medicamento, da dose administrada e do tempo de tratamento. Os mais comuns incluem:

  • Perda de cabelo.
  • Feridas na boca.
  • Perda de apetite.
  • Náuseas e vômitos.
  • Diarreia.
  • Neuropatia, que pode levar a problemas de dormência e dor nas mãos e pés.
  • Infecções, devido a diminuição dos glóbulos brancos.
  • Hematomas ou hemorragias, devido a diminuição das plaquetas.
  • Fadiga.

Muitas vezes pode ser necessária a prescrição de medicamentos para aliviar os efeitos colaterais. No entanto, costumam ser de curto prazo e tendem a desaparecer com o término do tratamento.

Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Quimioterapia.

Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.

Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 03/07/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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