Qualidade é o grau no qual os serviços prestados ao paciente aumentam a probabilidade de resultados favoráveis que, em consequência, reduzem os desfavoráveis dado o grau de desenvolvimento científico-tecnológico presente até um determinado momento.
A qualidade no tratamento de forma geral tem dois componentes:
Nesse sentido a qualidade em saúde deve começar muito antes do tratamento. Sabemos que um diagnóstico precoce e correto são elementos que contribuem muito para o aumento das chances de cura ou mesmo do controle adequado de uma doença.
Assim, o tratamento correto, requer uma hierarquia de evidências obtidas a partir de estudos clínicos bem conduzidos somados à boa formação e experiência do profissional, para julgar o melhor momento e a melhor forma de aplicar essas evidências na prática.
No entanto, um procedimento de boa qualidade, bem executado, pode ser absolutamente inadequado se empregado em situação para a qual ele não é recomendado.
Por outro lado, o fato de existirem evidências não garante que determinado tipo de tratamento será empregado. É necessária a existência de recursos diagnósticos e opções terapêuticas atualizadas.
Um dos primeiros passos para que isso aconteça é compreender que para alcançar qualidade no tratamento os resultados dependem de processos que inevitavelmente estão na dependência da estrutura definida pelos insumos, como área física, recursos materiais (equipamentos, ferramentas, instrumentais, órteses, próteses), recursos humanos, instrumentos de gestão e o processo como se realiza o atendimento utilizando todos os elementos envolvidos nos cuidados ao paciente.
O acesso a esses recursos pode, no caso do Brasil, ser diferente a sua disponibilidade. Com uma disparidade social imensa, muitas vezes os tratamentos estão disponíveis (existem em nosso meio), mas não estão acessíveis (não existe acesso igualitário a eles). Sendo este um problema quando estamos falando de qualidade em saúde e qualidade no tratamento.
Por tanto a qualidade no atendimento oncológico não somente é o tratamento da doença em si, senão também é o cuidado do paciente como pessoa. O paciente requer atenção e comunicação adequada tanto quanto o manejo adequado de todos os sintomas que causam impacto negativo em sua qualidade de vida (dor, fadiga, alterações do sono, etc).
Em resumo, os pacientes com doenças neoplásicas precisam ser tratadosadequadamente com métodos efetivos, confiáveis e administrados com ética e humanismo.
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