Acompanhando o PSA durante e após o tratamento do câncer de próstata

O nível do antígeno prostático específico (PSA) é, muitas vezes, um bom indicador da eficácia do tratamento. De modo geral, o PSA deve permanecer baixo após o tratamento. Mas os resultados do PSA nem sempre se mantém, e às vezes os médicos não tem certeza do que eles demonstram. 

Antes de iniciar o tratamento, pergunte ao seu médico o que ele espera do nível do PSA durante e após o tratamento, e o que seria um nível adequado ou que requer atenção. É importante saber que o nível do PSA é apenas uma parte do quadro geral. Outros fatores também são importantes para determinar a presença (ou não) da doença ou se o tumor voltou a crescer.

Também é importante saber que os níveis do PSA, em alguns casos, podem variar. Muitos homens em tratamento se preocupam com pequenas alterações do PSA. O nível do PSA no sangue é importante para monitorar o tumor, mas nem todo aumento do PSA significa necessariamente que a doença está ativa e requer tratamento imediato.

Durante a vigilância ativa

Se a opção for a vigilância ativa, o nível do PSA será acompanhado de perto, provavelmente junto com outros exames para decidir se a doença está em progressão e se outros tipos de tratamento devem ser considerados.

Após a cirurgia

O PSA deve cair a um nível indetectável alguns meses após a prostatectomia radical. Os médicos geralmente recomendam aguardar pelo menos seis a oito semanas após a cirurgia para fazer o exame.

Os exames para determinar o PSA se tornaram muito mais sensíveis nos últimos anos, a ponto de determinar quantidades muito pequenas do PSA, mas essas quantidades nem sempre são significativas, especialmente se não estão aumentando ao longo do tempo. Isso pode significar que você tem algumas células no corpo produzindo PSA, mas essas não são necessariamente células cancerígenas.

Ainda assim, ter um PSA detectável após a cirurgia pode ser estressante. Se o seu PSA for detectável após a cirurgia, mesmo a um nível muito baixo, converse com seu médico sobre o que isso pode significar, e o que ele sugere como acompanhamento. Alguns médicos indicam a repetição dos exames de PSA ao longo do tempo para se ter uma ideia melhor do que está acontecendo, enquanto outros médicos indicam a continuação do tratamento.

Após a radioterapia

A radioterapia não elimina todas as células da glândula prostática, de modo que não está previsto fazer com que o PSA caia para um nível indetectável. As células remanescentes da próstata continuarão produzindo alguma quantidade de PSA.

O padrão da queda do PSA após a radioterapia também é diferente após a cirurgia. O nível do PSA após a radioterapia tende a cair de forma gradual, e pode não alcançar seu nível mais baixo até dois anos ou mais após o tratamento.

Existe também um fenômeno chamado de “salto” do PSA que às vezes acontece após a radioterapia e braquiterapia. O PSA sobe ligeiramente por um curto período de tempo durante os primeiros anos após o tratamento, mas, em seguida, cai. Os médicos não sabem ao certo porque isso acontece, mas não parece ter efeito sobre o prognóstico do paciente.

Durante o tratamento do câncer de próstata avançado

Quando tratamentos como hormonioterapia, quimioterapia ou imunoterapia são usados ​​para o câncer de próstata avançado, o nível do PSA pode indicar se a doença está respondendo ou quando é o momento de tentar uma forma diferente de tratamento.

Os tratamentos devem reduzir o nível do PSA, pelo menos no início, embora em alguns casos podem apenas mantê-lo estacionado ou até mesmo retardar seu aumento. Certamente, outros fatores, como sintomas e se o tumor está em crescimento baseado nos exames de imagem, também são importantes para decidir se é momento de modificar o tratamento.

Se a doença se disseminou, o nível do PSA real muitas vezes não é tão importante. O nível do PSA não determina se um homem tem sintomas ou quanto tempo ele viverá. Muitos homens têm valores muito elevados do PSA e se sentem bem. Outros têm valores baixos e apresentam sintomas importantes.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 22/11/2023, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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