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[PERFIL] Renata e o seu Menino na Barriga

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 15/09/2015 - Data de atualização: 15/09/2015


Antes de Renata Berzoini quem chegou para a entrevista foi Gustavo, o irmão de Henrique, 4anos, por quem a mãe espera ansiosa e que em breve despontará no mundo. "No mês que vem ele vem!”, diz sorridente a administradora de empresas diagnosticada com câncer de mama na consulta de rotina da gravidez, há dois meses.

"Meu ginecologista e obstetra também é mastologista. De uma consulta para outra ele percebeu o nódulo, que na realidade já estava lá, mas ficou mais visível por conta da gestação”.

Renata fala com serenidade que espirra dos olhos sobre a doença. Parece que a voz do menino, lá de dentro do barrigão, tranquiliza a mãe. Ela lembra que no dia que recebeu o resultado da biópsia, não se assustou. Que pensou: "câncer? Ok. Vamos tratar. Todo mundo trata, todo mundo resolve”. E iniciou, prática e resoluta, a jornada de exames para a retirada cirúrgica do tumor.

Foi em um dos exames que a moça ouviu a palavra que tanto assusta os pacientes com câncer. Metástase. Descobriu-se um tumor na bacia que, por um momento cessou o entusiasmo da moça de tez alva e sorriso verdadeiro.

Mas, lembra Renata, foi logo ao sentar-se na cadeira do consultório de seu oncologista e a cortina negra se abriu e devolveu-lhe o contentamento. O médico, atencioso, explicou cada passo do tratamento pelo qual passaria a jovem mãe ‘empurrando para fora’ qualquer vestígio de desesperança.

Cuidados de todos os lados - A Renata é cuidada por muitas mãos e olhares atentos. E como. Além do esposo de mais de uma década que a acompanha em cada passo do tratamento, tem os pais e o irmão!

Por um período, enquanto a paciente e o esposo buscam por um novo apartamento para comprar, eles estão vivendo na casa dos pais de Renata. "Já viu, não é, o que é morar com a mãe?! Mais bem cuidada impossível”.

Durante a entrevista numa cafeteria do Shopping Morumbi, a família deu sinal. O marido ligou para perguntar se tudo corria bem. "Tá tudo ótimo”, disse ao telefone. "Estou ao lado de casa e segura! Não se preocupe”.

"Tá vendo como é!?”, indagou.

Renata está certa de que mais difícil que ter um câncer é ter uma deficiência física na Paulicéia. Com uma lesão na bacia e o peso do Gustavo lá dentro da barriga, ela está usando cadeira de rodas e conta que esse vem sendo o maior transtorno da doença. "Encontrar vagas de estacionamento para deficientes e shoppings que disponibilizam cadeiras de roda com fácil acesso é sempre um transtorno”.

Noutro dia a paciente teimosa infringiu a determinação do oncologista! Na ocasião das eleições, ela vestiu-se "toda bonita” foi ao colégio eleitoral sem a cadeira de rodas. "E tropecei. Aiaiaia. Imagine o perigo?”, questionou faceira como criança que desobedece a mãe.

Fora alguns transtornos como a peruca que esquentará demais nos dias de verão, os estacionamentos sem vaga e algumas batentes estreitas que não comportam a largura da cadeira, Renata está muito bem, obrigada. Diz que até mesmo a quimioterapia que lhe causou pânico na primeira sessão, nem coceguinhas faz.

A moça, segura, confiante e com beleza etérea que só uma grávida pode ter, comemora o fato de ver seu bebê direto e reto no ultrassom. "Como meu filho também está recebendo cuidados especiais, posso sempre vê-lo crescendo na minha barriga”, diz em tom emocionado. E como está afastada do trabalho, passa muito (muiiito) mais tempo com o primogênito, Henrique.

"Sempre trabalhei tanto e passei tanto tempo no trânsito nessa minha vida e veja só... Justo o câncer me revelou o que me deixa mais feliz. Sentar no chão com o Henrique para desenhar, passar o tempo em casa com meu marido, meus pais. Isso não tem preço!”.

A dica às pacientes na mesma condição?

Para Renata, a primeira regra é não focar na doença, mas sim na sua vida e na sua cura. "Tudo vai dar certo. Logo vai dar certo”. Também, recomenda que os pacientes tenham cuidado com as informações que encontram na internet, que podem ser assustadoras.

"Por fim, e acima de tudo, tenha fé. Em Deus, no seu Deus, ou seja, lá quem for aquele em quem acredita. Mas tenha o seu período de meditação, de oração de tranquilidade”, finaliza certeira.


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