Pelé, Simony, Preta Gil: em 'evidência', câncer de intestino tem, em média, 410 casos novos por ano em Campinas

Em evidência por casos recentes envolvendo famosos, como os ex-jogadores Pelé e Roberto Dinamite, e as cantoras Simony e Preta Gil, o câncer de intestino é a 2ª neoplasia mais incidente na população em Campinas (SP) - nas mulheres, fica atrás do câncer de mama e, nos homens, atrás do de próstata. Segundo a Secretaria de Saúde há, em média, 410 casos novos da doença por ano na cidade.

Essa projeção leva em conta o total de casos de câncer de intestino registrados no município entre 2010 e 2017 (dado mais recente), e corresponde a uma taxa de 29,5 casos a cada 100 mil habitantes.

O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus, e também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal.

O tratamento é oferecido na rede pública de saúde. Na maior parte dos casos, a doença é curável se detectada em estágio inicial.

No entanto, ainda figura entre as neoplasias com alto índice de óbitos na cidade - a segunda entre os homens, atrás do câncer de pulmão, e a segunda entre as mulheres, atrás do câncer de mama.

Segundo dados da Coordenadoria de Informações Edpidemiológicas do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Campinas registrou média de 173 óbitos por câncer de intestino entre os anos de 2017 e 2021, o que representa uma taxa de mortalidade de 12,7 para cada 100 mil habitantes.

Tratamento no SUS

A atendente de restaurante Luciane Gomes de Oliveira, de 44 anos, descobriu o câncer colorretal após identificar um grande sangramento pelo intestino, em março de 2022. Diante do sinal de alerta, procurou a rede pública de saúde e após buscar orientação na unidade básica, foi ao Hospital Muncipal Dr. Mário Gatti, de onde foi encaminhada para o atendimento especializado.

O problema inicial, no entanto, foi a agonia. Entre o sangramento e a consulta com um proctologista, foram dois meses de espera. Depois de alguns exames, com a detecção da lesão no intestino, foi encaminhada ao oncologista. Até iniciar o tratamento, em janeiro de 2023, uma espera de quase nove meses.

"Durante esse processo de esperar, tive dor. E esperar foi difícil. Mas quando começou (o tratamento), foi um alívio, sensação de que vamos vencer. É desgastante, um processo complicado. Vou fazer 28 sessões de rádio e 28 de quimioterapia oral. Mas não podemos desanimar", afirma.

Casada e mãe de dois filhos, Luciane conta que o mais velho, de 23 anos, é que a acompanha nas sessões diárias de radioterapia que realiza no Centro de Oncologia Campinas (COC), que parceria com a rede pública de saúde.

O g1 questionou a Rede Mário Gatti sobre o caso de Luciane, e o prazo entre o primeiro sintoma e o encaminhamento para tratamento. Assim que a autarquia se manifestar, a reportagem será atualizada.

Câncer de cólon (intestino)

  • O câncer de cólon e reto (câncer de intestino) responde por cerca de 10% de todos os casos da doença no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A estimativa é que mais de 40 mil pessoas tenham sido diagnosticadas somente neste ano.
  • A maioria dos casos não tem causa conhecida, segundo o Inca.
  • A incidência, no entanto, é maior em quem tem excesso de gordura corporal; consome acima da quantidade recomendada carnes vermelhas (vaca, porco ou cordeiro) e carnes processadas (bacon, presunto, mortadela, salame, peito de peru, salsicha, linguiça); tem alimentação pobre em fibras; e é fumante ou consome bebida alcoólica.
  • Histórico pessoal ou familiar que aponte presença de pólipos (lesões benignas) e doenças inflamatórias intestinais também aumentam as chances do aparecimento desse tipo de tumor.
  • Risco aumenta a partir dos 50 anos.
  • O Inca informa que a maior parte casos de câncer de cólon e reto "se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso".

Fonte: G1

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