Muitas pesquisas sobre retinoblastoma estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em testes genéticos e tratamentos.
O defeito no gene RB1 do retinoblastoma foi identificado em 1986. Essa descoberta, junto com os avanços técnicos na análise das alterações do DNA tornaram possíveis os testes genéticos para o retinoblastoma hereditário.
Muitas pesquisas estão sendo realizadas para descobrir como determinadas alterações do DNA tornam as células da retina cancerígenas. Os pesquisadores já compreendem melhor essas alterações no retinoblastoma do que para a maioria dos outros tipos de câncer. Embora, provavelmente, ainda estejam muito longe de chegar às terapias genéticas, tratamentos mais específicos que poderiam reparar ou compensar essas alterações no DNA.
Por exemplo, os pesquisadores identificaram recentemente um oncogene, conhecido como SYK, que é hiperativo em células do retinoblastoma. Os medicamentos que têm como alvo a proteína desse gene estão em desenvolvimento. Outro gene denominado MDM4 também parece estar envolvido no desenvolvimento do retinoblastoma e os medicamentos que bloqueiam seus efeitos estão em estudo.
A radioterapia externa pode tratar o retinoblastoma, mas pode causar efeitos colaterais nos tecidos adjacentes. As novas formas de radioterapia, como a radioterapia de intensidade modulada (IMRT) e a radioterapia com feixe de prótons, são capazes de direcionar os feixes de radiação com precisão ao órgão alvo poupando os tecidos normais adjacentes.
Os pesquisadores continuam aperfeiçoando as técnicas usadas na crioterapia, laserterapia (fotocoagulação e termoterapia) e em outros tratamentos locais. O objetivo é destruir com mais precisão as células tumorais, poupando as áreas normais do olho.
A quimioterapia tem desempenhado um papel mais importante no tratamento de muitos retinoblastomas nos últimos anos.
Quimioterapia sistêmica. Pesquisadores estão verificando o uso de diferentes medicamentos, bem como novas combinações de quimioterápicos para melhorar a eficácia da quimioterapia.
Quimioterapia localizada. Os médicos continuam a aprimorar as novas formas de administrar a quimioterapia diretamente no globo ocular, como a químio intra-arterial e a intravítrea. Essas abordagens permitem a aplicação de doses mais altas, enquanto reduzem muitos dos efeitos colaterais do tratamento quimioterápico e estão se tornando parte do tratamento padrão para o retinoblastoma.
Quimioterapia de alta dose e transplante de células tronco. Essa técnica está sendo estudada para uso em crianças com retinoblastoma disseminado, que provavelmente não seriam curadas com outros tratamentos.
Os pesquisadores estão buscando formas de usar as alterações genéticas das células do retinoblastoma no tratamento desses tumores. Um exemplo é o VCN-01, um vírus modificado em laboratório para infectar e destruir células que não têm cópias funcionais do gene RB1, o que inclui a maioria dos retinoblastomas. Esse tratamento ainda está em fase inicial de estudos clínicos.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 03/12/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
Este conteúdo ajudou você?
A informação contida neste portal está disponível com objetivo estritamente educacional. Em hipótese alguma pretende substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas. O acesso a Informação é um direito seu: Fique informado.
O conteúdo editorial do Portal Oncoguia não apresenta nenhuma relação comercial com os patrocinadores do Portal, assim como com a publicidade veiculada no site.