Muitas pesquisas sobre câncer de vulva estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em prevenção, detecção precoce e tratamentos:
- Oncogenes e Genes Supressores Tumorais
Os pesquisadores estão buscando um melhor entendimento sobre como determinados oncogenes e genes supressores tumorais controlam o crescimento celular e como alterações nestes genes tornam as células normais da vulva em cancerígenas. Esta informação está sendo utilizada no desenvolvimento de novos medicamentos que neutralizam os efeitos destas alterações genéticas. O objetivo dessa pesquisa é a terapia gênica, que substitui os genes danificados em células cancerígenas com genes normais para interromper o comportamento anormal das células.
Várias vacinas para prevenir e tratar o câncer de colo do útero e de vulva estão sendo desenvolvidas e testadas.
Algumas dessas vacinas são destinadas à prevenção da infecção por certos tipos de HPV, aumentando a imunidade do organismo. Já existem duas disponíveis contra o HPV: a tetravalente e a bivalente. Ambas, são capazes de prevenir a infecção por HPV dos tipos 16 e 18 e evitar alterações pré-cancerosas no colo do útero. Estudos têm mostrado que as vacinas também podem prevenir o câncer de ânus, o câncer de vulva, o câncer de vagina e outros cânceres causados por HPV dos tipos 6 e 11. Outras vacinas preventivas também estão em estudo.
Algumas vacinas em estudo são destinadas a ajudar o sistema imunológico de mulheres com infecções por HPV a destruir o vírus e curar a infecção antes do desenvolvimento do câncer.
Outras vacinas são produzidas para ajudar as mulheres que já têm câncer ou lesões pré-cancerosas. Estas vacinas tentam produzir uma reação imune às partes do vírus (proteínas E6 e E7), que especificamente contribuem para o crescimento anormal de células cancerosas. Espera-se que essa imunidade destrua as células cancerosas ou as impeça de crescer. Este tipo de vacina foi testado em mulheres com neoplasia intraepitelial de vulva, positivas para o HPV-16. A maioria das mulheres teve redução no tamanho das lesões e em algumas a doença regrediu por completo.
Existem relatos de casos com o uso de terapias alvo para o tratamento do câncer de vulva. Esses medicamentos não têm o mesmo tipo de efeitos colaterais como os quimioterápicos tradicionais. Até o momento, já foram testados os medicamentos cetuximab e erlotinib com sucesso em alguns pacientes. Muitas vezes, o tratamento com cetuximab é combinado com a quimioterapia com cisplatina. No entanto, ainda são necessários mais estudos com esses medicamentos.
Encontram-se em andamento estudos clínicos para determinar a melhor maneira de combinar a cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Esses estudos fornecerão informações sobre quais grupos de pacientes se beneficiarão da radioterapia após a cirurgia e se os pacientes com metástases para os linfonodos terão mais benefícios com a quimioterapia ou com a radioterapia da região pélvica.
Fonte:
American Cancer Society (16/02/2016)