Muitas pesquisas sobre câncer de mama estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em causas, exames de laboratório tratamentos. Confira alguns deles.
Causas do câncer de mama
Os estudos continuam mostrando fatores e hábitos do estilo de vida que alteram o risco de câncer de mama. A seguir alguns exemplos:
Reduzindo o risco do câncer de mama
Os pesquisadores continuam buscando medicamentos para reduzir o risco de câncer de mama, principalmente em mulheres com alto risco.
Entretanto, esse tipo de pesquisa é demorado. Pode levar alguns anos até que resultados significativos com qualquer um desses compostos estejam disponíveis.
Exames de laboratório
As células tumorais circulantes são células cancerígenas que se separam do tumor e circulam pela corrente sanguínea. O DNA tumoral circulante é o DNA que é liberado na corrente sanguínea quando as células cancerígenas morrem. Os pesquisadores estão investigando exames que medem a quantidade de células tumorais circulantes e DNA tumoral circulante no sangue de mulheres com câncer de mama. Identificar e testar as células tumorais circulantes e o DNA tumoral circulante no sangue às vezes é denominado de biópsia líquida. Esse tipo de biópsia pode ser uma forma mais fácil e menos dispendiosa de avaliar o tumor do que uma biópsia por agulha tradicional, que apresenta riscos como sangramento e infecção.
Alguns estudos mostraram que pacientes com câncer de mama metastático (estágio IV), com alto nível de células tumorais circulantes podem prever um pior prognóstico se comparado às mulheres com um nível mais baixo.
Embora sejam necessários mais estudos antes que as biópsias líquidas possam substituir a biópsia por agulha tradicional, alguns usos potenciais incluem:
Novas técnicas de imagem estão sendo desenvolvidas para avaliar as alterações mamárias provenientes do câncer de mama:
Tratamentos
A quimioterapia pode ser útil para muitas pacientes com câncer de mama. Mas prever quem se beneficiará mais ou menos ainda está sendo estudado. Às vezes, existem efeitos colaterais significativos (a longo e a curto prazo) da quimioterapia, portanto, ter testes que possam determinar quem realmente precisa da quimioterapia seria útil. Muitos estudos estão sendo feitos para avaliar diferentes exames que possam prever com mais precisão quais pacientes se beneficiariam da quimioterapia e quais poderiam evitá-la.
Como o câncer de mama triplo negativo não pode ser tratado com hormonioterapia ou terapia alvo, com medicamentos anti HER2, as opções de tratamento são limitadas à quimioterapia. E embora o mama triplo negativo responda bem à quimioterapia inicial, tende a recidivar com mais frequência do que outros cânceres de mama.
Em 2019, a imunoterapia Atezolizumab foi aprovada junto com o medicamento quimioterápico nab-paclitaxel para uso em mulheres com câncer de mama triplo negativo avançado que produz a proteína PD-L1. Outros alvos em potencial para novos medicamentos para câncer de mama foram identificados nos últimos anos. Atualmente, medicamentos baseados nesses alvos, como inibidores de quinase, estão sendo estudadas para o tratamento do câncer de mama triplo-negativo isoladamente ou em combinação com a quimioterapia. Um exemplo é o inibidor da AKT, ipatasertib, que, quando usado com paclitaxel, mostrou resultados promissores no tratamento de mulheres com câncer de mama triplo negativo como tratamento de primeira linha. Outro inibidor da AKT, o capivasertib, também está mostrando resultados promissores quando administrado com paclitaxel.
As células cancerígenas da mama são rotineiramente testadas para os receptores de estrogênio e progesterona para determinar as opções de tratamento. Cerca de 60% das células cancerígenas da mama têm receptores para andrógenos (hormônios masculinos). Estudos iniciais em mulheres com câncer de mama mostram alguma resposta ao usar o antiandrógeno bicalutamida, para tratar o TNBC que tem o receptor de andrógeno. A bicalutamida é um medicamento usado no tratamento do câncer de próstata há muitos anos. Mais estudos sobre o câncer de mama estão em andamento.
Existem ensaios que analisam diferentes medicamentos para melhorar a memória e os sintomas cerebrais após a quimioterapia. Outros estudos estão avaliando se determinados medicamentos para o coração, conhecidos como betabloqueadores, podem prevenir os danos cardíacos, às vezes, provocados pelos medicamentos usados frequentemente no tratamento do câncer de mama, como doxorrubicina e trastuzumabe.
Os ensaios clínicos são estudos de pesquisa cuidadosamente controlados, realizados para obter uma visão mais próxima dos novos tratamentos ou procedimentos promissores. Os ensaios clínicos são uma forma de obter um tratamento avançado contra o câncer. Em alguns casos, podem ser a única maneira de obter acesso a tratamentos mais recentes. Também são a melhor maneira para os médicos aprenderem melhores métodos para tratar o câncer. Ainda assim, eles não são indicados para todos as pacientes.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 18/09/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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