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Muitas pesquisas sobre câncer de pulmão estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em prevenção, diagnóstico e tratamentos. Confira alguns deles.

  • Prevenção

Tabagismo. A prevenção oferece a maior oportunidade para combater o câncer de pulmão. Apesar que décadas se passaram desde que a associação entre o tabagismo e o câncer de pulmão se demonstrou, o tabagismo ainda é responsável pela maioria das mortes por câncer de pulmão. As pesquisas continuam buscando:

  1. Formas de ajudar as pessoas a parar de fumar e ficar sem fumar por meio de aconselhamento, de reposição de nicotina e outros medicamentos.
  2. Maneiras de convencer os jovens a nunca começarem a fumar.
  3. Alterações herdadas nos genes que podem tornar algumas pessoas mais propensas ao câncer de pulmão se fumam ou estão expostas a fumaça passiva.

Causas ambientais. Os pesquisadores também continuam investigando outras causas do câncer de pulmão, como a exposição ao radônio e escape dos motores diesel. Encontrar novas formas de limitar essas exposições pode salvar muito mais vidas.
 
Dieta, nutrição e medicamentos. Os pesquisadores estão investigando maneiras de usar vitaminas ou medicamentos para prevenir o câncer de pulmão em pessoas com alto risco, mas até agora não foi confirmada a forma de reduzir o risco de forma conclusiva. Alguns estudos sugerem que uma dieta rica em frutas e legumes pode oferecer alguma proteção, mas ainda são necessários mais estudos para confirmar isso. Embora qualquer efeito protetor das frutas e legumes na proteção do risco de câncer de pulmão é certamente muito menor do que o de fumar.
 
Detecção precoce. Como mencionado na seção de detecção precoce do câncer de pulmão, o rastreamento em pessoas com alto risco de câncer de pulmão reduz o risco de morte pela doença, quando comparados com radiografias de tórax. Outra abordagem em estudo é o uso de testes mais sensíveis para diagnosticar células cancerígenas em amostras de escarro. Pesquisadores descobriram recentemente várias alterações que, muitas vezes, afetam o DNA das células cancerígenas do pulmão. Com isso, os estudos atuais estão focados no desenvolvimento de novas técnicas de diagnóstico para o reconhecimento dessas mudanças no DNA, e com isso obter-se um diagnóstico do câncer de pulmão num estágio inicial.

  • Diagnóstico

Broncoscopia fluorescente. A broncoscopia fluorescente, também conhecida como broncoscopia autofluorescente é uma técnica que pode ajudar os médicos a diagnosticar alguns tipos de câncer de pulmão em estágio inicial, quando são mais fáceis de serem tratados. Nessa técnica, o médico utiliza um broncoscópio com uma luz fluorescente na extremidade, ao invés da luz branca (normal). Isso permite diferenciar as áreas anormais nas vias aéreas das áreas saudáveis. Dessa forma, é possível o diagnóstico do câncer de pulmão em estágio inicial.
 
Broncoscopia eletromagnética. Os tumores próximos ao mediastino podem ser biopsiados durante a broncoscopia, mas os broncoscópios têm dificuldade para atingir as partes mais periféricas dos pulmões, de modo que os tumores localizados nessas áreas muitas vezes precisam ser biopsiados com o auxílio de uma agulha inserida através da pele. Essa nova abordagem permite que o médico use um broncoscópio para realizar uma biópsia de um tumor na parte periférica do pulmão. Em primeiro lugar, a tomografia computadorizada é utilizada para criar uma broncoscopia virtual. A área anormal é identificada, e um computador ajuda a guiar o broncoscópio para a área que precisa ser biopsiada. O broncoscópio utilizado tem alguns componentes especiais que permitem alcançar mais do que um broncoscópio regular. Isto requer um equipamento especial e treinamento, e neste momento ainda não está amplamente disponível.

  • Tratamento

Cirurgia. Atualmente, os médicos usam a cirurgia torácica vídeo assistida no tratamento de pequenos tumores pulmonares. Esse procedimento permite a retirada de partes do pulmão através de incisões menores, o que pode resultar em menor tempo de internação e menos dor para os pacientes. Pesquisadores estão estudando se essa técnica também pode ser usada para tumores pulmonares maiores. Numa nova abordagem denominada cirurgia robótica assistida, o médico senta em frente a um painel de controle, projetado especialmente, dentro da sala do procedimento para manobrar os instrumentos cirúrgicos usando braços robóticos.
 
Imagem do tumor em tempo real. Os pesquisadores estão avaliando novas técnicas de imagem, como a tomografia computadorizada de quatro dimensões, para melhorar o tratamento. Nessa técnica, o tomógrafo faz imagens contínuas do tórax durante 30 segundos, o que permite a visualização do tumor em relação a outras estruturas, levando em conta o movimento de respiração do paciente, ao invés de apenas fazer imagens instantâneas de um ponto no tempo, como o tomógrafo convencional. A tomografia em quatro dimensões pode ser utilizada para determinar exatamente a localização do tumor durante cada parte do ciclo de respiração, o que pode ajudar os médicos a planejar a irradiação do tumor de forma mais precisa. Essa técnica também pode ser usada para mostrar se o tumor está invadindo estruturas importantes no tórax, o que ajuda a determinar se um paciente pode ser elegível para a cirurgia.
 
Terapia-alvo. Pesquisadores estão entendendo cada vez mais o funcionamento interno das células do câncer de pulmão, que controlam seu crescimento e disseminação, e estão empregando essas novas informações no desenvolvimento de novas terapias específicas. Muitas delas já estão sendo utilizadas no tratamento do câncer de pulmão de não pequenas células. Terapias-alvo aprovadas para uso em outros tipos de câncer estão atualmente sendo estudadas para o tratamento do câncer de pulmão de não pequenas células com mutação no gene RET. Esses medicamentos incluem sunitinibe, sorafenibe, vandetanibe e cabozantinibe.
 
Metástases cerebrais. As metástases cerebrais são frequentes em pacientes com câncer de pulmão e geralmente não tem um bom prognóstico. O tratamento usual é a radioterapia do cérebro inteiro, mas o paciente pode apresentar efeitos colaterais a longo prazo. Para pacientes com disseminação limitada da doença no cérebro pode ser realizada a radiocirurgia estereotáxica, que permite que apenas o tumor seja tratado poupando o resto do cérebro. Esse tipo de radioterapia tem menos efeitos colaterais. Um novo medicamento, o AZD3759, está sendo testado em estudos clínicos iniciais e mostra resultados promissores em pacientes com câncer de pulmão de pequenas células com alteração no gene EGFR e metástase cerebral. Esse medicamento parece capaz de atravessar a barreira hematoencefálica. Outro medicamento, o epitinibe, um inibidor de quinase, também mostrou alguns resultados promissores no tratamento das metástases cerebrais em pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células com alteração do gene EGFR.
 
Terapia de manutenção. Para pacientes com câncer de pulmão avançado que recebem quimioterapia, geralmente são administrados combinações de dois medicamentos (às vezes, junto com uma terapia-alvo) por quatro a seis ciclos. Alguns estudos mostraram que, com cânceres que não progrediram, continuar o tratamento além de quatro a seis ciclos com um único medicamento, como pemetrexede ou com uma terapia-alvo, pode aumentar a sobrevida. Isso é denominado terapia de manutenção. Uma possível desvantagem para esse tratamento contínuo é que os pacientes em caso de apresentar efeitos colaterais, não tem uma pausa para a recuperação. Atualmente, a terapia de manutenção é indicada com mais frequência, mas não é uma opção para pacientes cuja doença está fora de controle ou que têm outros problemas de saúde.
 
Imunoterapia. Pesquisadores estão desenvolvendo novos medicamentos imunoterápicos que possam ajudar o sistema imunológico a combater o câncer.
 
Inibidores do controle imunológico. As células cancerígenas podem evitar de serem atacadas pelo sistema imunológico do corpo usando determinados pontos de controle que normalmente mantém o sistema imunológico sob controle. Por exemplo, as células cancerígenas geralmente têm a proteína PD-L1 em sua superfície que ajuda a driblar o sistema imunológico. Novos medicamentos que bloqueiam a proteína PD-L1 ou a proteína correspondente PD-1 em células do sistema imunológico, chamadas células T, podem ajudar o sistema imunológico a reconhecer as células cancerígenas e atacá-las. Esses medicamentos estão aprovados para uso no câncer de pulmão de não pequenas células avançado. Atualmente, estudos estão avaliando se a administração de um medicamento imunoterápico junto com a radioterapia em pacientes que não podem realizar cirurgia, possam reduzir o tamanho do tumor e aumentar a sobrevida do paciente.
 
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/10/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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