[MATÉRIA] Diagnóstico: o grande vilão do câncer de ovário
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 15/09/2015 - Data de atualização: 15/09/2015
Apesar de não ser muito comum (em torno de quatro mil casos por ano) e ter, 90% de chance de cura se diagnosticado em fases precoces, o câncer de ovário tem um grande vilão: o diagnóstico.
"O grande problema do câncer de ovário é que não se tem um exame específico para ele. A maioria das mulheres descobre o câncer quando ele já está avançado. Ele não é detectável pelo Papanicolaou e, por isso, passa despercebido pelos médicos”, afirma Ricardo Caponero, oncologista.
De acordo com o INCA – Instituto Nacional do Câncer - cerca de 3/4 dos tumores malignos de ovário apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico inicial. Embora seja menos frequente do que o de colo de útero, é o câncer ginecológico de maior letalidade.
Raramente em jovens, o câncer de ovário é mais frequente em mulheres que passaram dos 40 anos. Em geral, o diagnóstico é feito via ultrassonografia e, confirmado a presença de um tumor, faz-se a biópsia.
Tratamento
Depois de descoberto, além da cirurgia, estudos mostram que seções de quimioterapia têm trazido bons resultados para as pacientes. Em outros casos, quando o tumor ainda não atingiu a parede do ovário, a quimioterapia é descartada. O tratamento é só com a cirurgia. Combinação entre cirurgia, radioterapia e quimioterapia também faz parte do tratamento, dependendo do estágio da doença. Novos tratamentos estão sendo desenvolvidos e o uso de quimioterapia associada à terapia biológica está mostrando ser bastante efetiva.
Prevenção
Caponero afirma que, no caso do câncer de ovário, não existe uma prevenção a ser feita.
"Nem o histórico familiar pode ser considerado um fator de risco. Até hoje as pesquisas não descobriram o que causa o câncer de ovário.”
Gravidez
Teoricamente, quem passa por tratamento de câncer de ovário não pode ter mais filhos, já que na cirurgia, dependendo do caso, se retira os ovários e o útero. "Na maioria dos casos o sonho de gestar é prejudicado por conta da doença. Raramente, esperamos a mulher engravidar e ter filho para depois começarmos o tratamento. É muito arriscado.”
Dica útil
Não descuidar a realização dos exames de rotina, principalmente na menopausa.
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