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[MATÉRIA] 46% dos Pacientes não têm Acesso à Radioterapia

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 13/08/2013 - Data de atualização: 13/08/2013


Todos os anos, quase 50% dos pacientes oncológicos de Goiás não conseguem realizar o tratamento radioterápico. Essa alarmante informação foi transmitida pela Dra. Nilceana Freitas, médica radioterapeuta e membro da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), durante a segunda mesa de debates do IV Fórum Regional de Discussão de Políticas de Saúde em Oncologia.

Baseando-se em dados do Relatório de Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) à Política Nacional de Atenção Oncológica, publicado em 2011, a médica aclarou que o déficit de aparelhos de radioterapia e o consequente desatendimento aos pacientes acontece em todo o Brasil.

"Há no país 200 serviços de radioterapia, 520 radioterapeutas e 230 aparelhos instalados. Para atender todos os pacientes que necessitam de tal tratamento, precisamos de 350 aparelhos. Isso significa que temos um déficit de 120”. Como consequência, pontua a radioterapeuta, 90 mil pacientes são impedidos de realizar o tratamento todos os anos.

Questionada por integrante da plateia sobre os indivíduos que não conseguem passar pela radioterapia, ela diz em tom de pesar:

"Estes pacientes ficam perdidos no Sistema. Não sabemos o desfecho”.

Tratamento de madrugada - Em Goiás, apenas os municípios de Goiânia e Anápolis oferecem o tratamento de radioterapia pelo Sistema Único de Saúde, e para conseguir atender ao máximo a demanda, conta Nilceana, hospitais são obrigados a atender de madrugada colocando os pacientes em situação de desconforto e de extremo desrespeito.

No Hospital Araújo Jorge – um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) - aparelhos de radioterapia mantêm-se em pleno funcionamento, diariamente, até às 2h. "Isso é extremamente alarmante. Além do desgaste sofrido pelos pacientes, há outro problema. Não é ideal que o aparelho fique em funcionamento por tantas horas”, afirma.

Entraves políticos

Enquanto pacientes sofrem sem atendimento, diz a médica, clínicas privadas que poderiam atender a demanda do Sistema Único de Saúde não conseguem o credenciamento junto ao Ministério da Saúde para oferecer o tratamento de radioterapia.

"Se contássemos com a capacidade instalada de equipamentos existentes no Estado provavelmente conseguiríamos atender todos os pacientes do Estado”, diz.

A médica acrescenta que já há alguns anos o Cebrom (Centro Brasileiro de Radioterapia, Oncologia e Mastologia) tenta credenciamento junto ao Ministério da Saúde para atender paciente do SUS. "Mas, em razão de entraves políticos, isso não acontece”.

Investimento em Atenção Básica e Unidade de Ações

Além de ampliação de acesso à radioterapia outros pontos foram sugeridos e debatidos enquanto medidas para evitar a judicialização em saúde. A gerente de Atenção à Saúde da Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde (órgão da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás), Marisa Aparecida de Souza, acredita que o principal desafio à gestão da saúde em Goiás é a promoção de melhorias nas unidades básicas de saúde. Ela diz que enquanto o governo tem seus investimentos mais focados na média e alta complexidades, a Atenção Básica está desatendida.

"O governo, infelizmente, não está olhando para a atenção primária, para a promoção e prevenção em saúde. Precisamos investir nas unidades básicas de Saúde, dar condições de trabalho aos nossos médicos”.

Para que haja melhorias, finaliza, é preciso acima de tudo diálogo e ações conjuntas.

"Precisamos estar juntos (governos, prestadores, entidades) para olhar essas pessoas que estão doentes. Se não tiver uma política de governo, não adianta ter a estrutura técnica”.


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