[LEUCEMIA] João e o dodói bem grandão

Dias depois de completar três anos, o filho de Mabelle Rodrigues e Luciano Pimentel começou a sentir uma forte dor na perna. Com médicos na família e nenhum caso de câncer, até então, leucemia era a última coisa que passava na cabeça da mãe. Depois de algumas medicações e nada da dor ir embora, veio o resultado.

Instituto Oncoguia – Como que foi o caminho até o diagnóstico?

Mabelle Rodrigues – Muito doloroso para todos nós, principalmente, para ele. Ele tinha acabado de completar três anos e tínhamos passado o feriado de 7 de setembro de 2010 em uma praia, na casa da avó. Lá, ele brincou muito com os primos e a dor na perna, até então, era por causa do excesso de brincadeira, nada mais.

Instituto Oncoguia – Quando desconfiou que poderia ser mais sério?

Mabelle Rodrigues – Quando as medicações para dor não fizeram efeito. João Pedro sempre foi muito alérgico e eu sempre o tratei com homeopatia. Por causa da forte dor na perna, recorri a outros medicamentos. Mas, foi sua homeopata que me aconselhou a interná-lo.

Instituto Oncoguia – E como foi este processo?

Mabelle Rodrigues – Moramos a 200 km de Salvador e fomos para lá. Ele foi internado e, por coincidência a plantonista era hematologista. Quando perguntei para ela o que eles achavam, ela veio com a suspeita: "não posso afirmar nada, mas, o quadro me diz que seu filho tem leucemia”. Leucemia? Como assim? Nós suspeitávamos de uma artrite infantil, mas, leucemia não. Nem preciso dizer que meu mundo caiu. Meu marido passa muito tempo fora de casa, trabalha em outro estado, eu nem consegui falar com ele, foi minha mãe que deu a notícia assim que os exames confirmaram o diagnóstico. No dia seguinte ele estava em Salvador.

Instituto Oncoguia – A partir do choque, como vocês começaram a lidar com a situação?

Mabelle Rodrigues – O choque é o pior, com certeza. Depois, com o desespero inicial superado, conseguimos enxergar melhor. Resolvemos não esconder nada de João Pedro. Apesar de ser uma criança, ele tinha de saber que estava com um dodói bem grandão e que iria superar. Que tomaria algumas picadinhas e que isso fazia parte do tratamento.

Instituto Oncoguia – E como vem sendo o tratamento?

Mabelle Rodrigues – Muito bom, graças a Deus. Temos convênio médico e o tratamento vem sendo feito todo por ele. Por morarmos em uma cidade do interior, mas, bem estruturada, só vamos para Salvador quando é preciso mesmo. Em nossa cidade temos toda a estrutura necessária. Ele está reagindo bem e logo estará curado. Se Deus quiser não precisará de transplante.
 
Instituto Oncoguia – Como ele encara o tratamento? Remédios, picadinhas, pulsões?
 
Mabelle Rodrigues – Melhor do que nós pensávamos. Ele entende tudo e sabe o dia que vai tomar picadinhas para deixar o dodói grandão pequenininho (é o dia que normalmente troco o desenho do blog e ele se diverte). A pulsão, que é mais complicada e ele faz de dois em dois meses, ele toma um remédio e esquece da dor. Fico mais tranquila. Agora, está tomando injeções de metrotexato e um remédio via oral todos os dias. Tudo muito tranquilo. O mais impressionante é que ele parece que cresceu, apesar de muito fantasiar. Tem um vasto vocabulário médico, mas, às vezes esquece de tudo e brinca com a situação.
Instituto Oncoguia - E a rotina dele mudou muito? Colégio, amigos?

Mabelle Rodrigues – Um pouco, mas, tentamos, na medida do possível, deixar tudo normal. Às vezes ele para de ir para a escola por conta da imunidade, principalmente, quando os amiguinhos estão gripadinhos, tossindo. Mas, brinca normalmente e leva uma vida de criança, apesar das limitações.

Instituto Oncoguia – Porque a ideia de lançar um blog?

Mabelle Rodrigues – A priori era só para registrar esse momento da vida dele. Me senti na obrigação de fazer isso e ainda tem essa cara. Como não o divulgo, não tenho opiniões de pessoas diferentes, só de próximos. João Pedro adora o blog e se diverte com ele. Foi uma maneira de tornar o dodói bem grandão mais suave e vem dando resultados. Ele adora quando escrevo, quando mudo o dodói que tem lá, quando leio o que as pessoas escrevem. É muito legal.
 
Instituto Oncoguia – Futuro?

Mabelle Rodrigues – O mais belo possível. Ele vai superar essa batalha e a vida vai seguir seu curso normalmente, ele reage muito bem ao tratamento e nosso prognóstico é o melhor possível. Agradeço toda força que recebo da minha linda família e de meus amigos. Sem Deus eu também não conseguiria estar aqui, agora, dando esta entrevista.
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