Instituto Oncoguia e American Cancer Society promoveram Simpósio para Jornalistas de todo o Brasil (30/08/2011)

Entre os dias 30 e 31 de agosto o Instituto Oncoguia, em parceria com a American Cancer Society, promoveu um simpósio para jornalistas de todo o Brasil. Sobre o título "A força da mídia em articulação com a voz do paciente”, os jornalistas puderam discutir sobre suas dificuldades e artimanhas para conseguir emplacar uma pauta sobre câncer no veículo em que trabalham.

Os diretores do Instituto Oncoguia apresentaram um panorama sobre o câncer no Brasil e de parte da American Cancer Society sobre a realidade da doença no mundo.

Os mais de 50 jornalistas que participaram do simpósio puderam conhecer os desafios colocados por alguns jornalistas de renome nacional, como Cibele Pereira, da revista Isto É, Cláudia Collucci, da Folha de São Paulo. Cibele, por exemplo, disse que não é fácil emplacar uma pauta sobre saúde se não for uma novidade.

"O editor quer uma novidade, o espaço do veículo é concorrido, por isso quando tem uma pesquisa nova ou um fato novo é o que se prioriza”. Cláudia confirma esse posicionamento mesmo trabalhando em um veículo diário que, em tese, teria mais espaço para este tipo de assunto. "É difícil você vender uma pauta que não tenha uma novidade por traz, esse é o gancho. Também precisamos sempre de personagem para contarmos a história”, afirma.

Luiz Fernando Correia, médico, comentarista da CBN e da Globo News, também diz que o jornalista de saúde, para ser respeitado, tem que ter propriedades. "Existem poucos jornalistas especializados em saúde por ser difícil trabalhar na área. Falar apenas o que todo mundo está falando é fácil, tem que saber ler uma pesquisa científica e analisar se aquilo é, de fato, uma novidade ou não.”

Correia diz ainda sobre a tendência do jornalismo que só conta a história, sem se aprofundar tanto. "Para mim, esse é o maior problema da atualidade. O jornalista só conta a história, apresenta os dois lados, mas tem preguiça de remexer na lama. Tem que fazer barulho, descobrir o que está por trás daquilo”.

Os jornalistas da plateia participaram falando sobre suas dificuldades locais e de como essa dificuldade muda quando sai do eixo Rio-São Paulo. Uma jornalista do Pará afirmou que não tem problema nenhum de emplacar uma matéria de saúde. "Tenho total liberdade de colocar a matéria que desejar, eu sou a editora e não me reporto a ninguém”.

Lília Telles, repórter da Rede Globo, também foi uma das palestrantes convidadas e contou sua experiência que foi na contramão dos que tem dificuldade de emplacar pautas. Ela, que recentemente, fez uma série de cinco reportagens sobre a realidade do câncer de mama no Brasil para o Jornal Nacional, falou que a ideia da reportagem surgiu de uma dúvida pessoal. "Morei quatro anos fora do Brasil e ainda tinha na cabeça a ideia de que mulher tinha que fazer mamografia a partir dos 40. Quando retornei, em uma coletiva de imprensa do Ministério da Saúde, me falaram que era a partir de 50. Quis investigar”.

De acordo com ela, falou para o editor sobre seu questionamento que logo comprou a pauta e pensou que poderia ser uma matéria grande. "Não daria para contarmos essa história em 1 minuto e meio”. E deu certo. Ela viajou os quatro cantos do país e fez um retrato da mamografia no Brasil. Resultado: uma matéria que trouxe à tona sérios problemas no país em relação à mamografia.

Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia, disse que simpósios como este sempre estarão na pauta do Oncoguia que tem o papel de mudar a realidade do câncer no país. Para que isso aconteça, segundo ela, "só pode-se fazer com o apoio dos colegas jornalistas”.
 
 
Clique nos links abaixo e confira apresentações feitas durante o Simpósio:
 
 
 
 
 
 
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