Fatores Prognósticos da Leucemia em Crianças

As diferenças entre os pacientes, que afetam a resposta ao tratamento são denominadas fatores prognósticos e ajudam a decidir se uma criança com leucemia deve receber o tratamento padrão ou um tratamento mais intensivo. Esses fatores parecem ser mais importantes na leucemia linfoide aguda (LLA) do que na leucemia mieloide aguda (LMA).

Fatores prognósticos para crianças com LLA

  • Idade no momento do diagnóstico. Crianças entre 1 e 9 anos com LLA de células B tendem a ter melhores taxas de cura. Crianças com menos de 1 ano e crianças com mais de 10 anos são consideradas pacientes de alto risco.
     
  • Contagem inicial das células brancas. Crianças com uma contagem elevada de glóbulos brancos no momento do diagnóstico são classificadas como de alto risco e precisam de um tratamento mais intensivo.
     
  • Subtipo de LLA. Crianças com subtipos iniciais de LLA de células B geralmente tem melhor prognóstico do que aquelas com leucemia de células B maduras (Burkitt). O prognóstico para LLA de células T parece ser o mesmo que para LLA de células B, desde que o tratamento seja intensivo.
     
  • Gênero. Meninas podem ter uma chance um pouco maior de cura do que os meninos, mas como os tratamentos têm melhorado nos últimos anos, essa diferença diminuiu.
     
  • Número de cromossomos nas células leucêmicas. As crianças são mais susceptíveis de serem curadas, se as células leucêmicas têm mais de 50 cromossomos (hiperdiploidia), em especial se houver um cromossomo extra 4, 10 ou 17. Hiperdiploidia também pode ser expressa como índice de DNA maior que 1,16. Crianças cujas células leucêmicas têm menos do que 46 cromossomos têm um prognóstico menos favorável.
     
  • Translocações cromossômicas. Translocações resultam da troca de material genético (DNA) entre os cromossomos. As crianças cujas células leucêmicas têm uma translocação entre os cromossomos 12 e 21 são mais susceptíveis de serem curadas. Aquelas com uma translocação entre os cromossomos 9 e 22 (cromossomo Filadélfia) ou 4 e 11 tendem a ter um prognóstico menos favorável. Alguns desses fatores prognósticos ruins se tornaram menos importantes nos últimos anos com as melhoras nas opções terapêuticas.
     
  • Resposta ao tratamento inicial. Crianças cuja doença entra em remissão em 1 a 2 semanas de tratamento quimioterápico têm um melhor prognóstico.

Fatores prognósticos para crianças com LMA

  • Contagem inicial das células brancas. As crianças com leucemia mieloide aguda, cuja contagem de leucócitos é inferior a 100.000 células por milímetro cúbico no momento do diagnóstico têm mais chances de cura.
     
  • Síndrome de Down. Crianças com síndrome de Down tendem a ter um bom prognóstico, especialmente se a criança tiver até 4 anos no momento do diagnóstico.
     
  • Subtipo da LMA. Alguns subtipos de LMA tendem a ter um melhor prognóstico do que outros. Por exemplo, o subtipo leucemia promielocítica aguda tem um prognóstico melhor do que a maioria dos outros subtipos.
     
  • Citogenética. Crianças com translocações de células leucêmicas entre os cromossomos 15 e 17 ou entre 8 e 21, ou ainda com uma inversão do cromossomo 16 têm maiores chances de serem curadas. Crianças com monossomia 5 ou 7 têm um pior prognóstico. Crianças cujas células leucêmicas têm uma mutação no gene FLT3 tendem a ter um pior prognóstico, embora novos medicamentos que têm como alvo esse gene possam levar a melhores resultados. Por outro lado, crianças cujas células leucêmicas apresentam alterações nos genes NPM1 e CEBPA parecem ter um melhor prognóstico.
     
  • Síndrome mielodisplásica. Crianças que têm síndrome mielodisplásica (leucemia latente) ou cuja leucemia é devido ao tratamento para outro tipos de câncer tendem a ter um prognóstico menos favorável.
     
  • Resposta ao tratamento. Crianças cuja leucemia responde rapidamente ao tratamento são mais susceptíveis de serem curadas do que aquelas cuja doença leva mais tempo para responder (ou não) ao tratamento.

Status da leucemia aguda após o tratamento

Remissão

Uma remissão completa é geralmente definida como não ter nenhuma evidência de leucemia após o tratamento. Isto significa que:

  • A medula óssea contém menos do que 5% de células blásticas.
  • A contagem de células sanguíneas estão dentro dos limites normais.
  • Não existem sinais ou sintomas da doença.

Remissão completa significa que não existe nenhuma evidência de células leucêmicas na medula óssea, mesmo quando são realizados exames de laboratórios muito sensíveis. No entanto, ainda quando a leucemia está em remissão, isto nem sempre significa que ela foi curada.

          Doença residual mínima

O termo doença residual mínima é usado após o tratamento, quando as células leucêmicas não são encontradas na medula óssea por meio de exames de laboratório, mas podem ainda ser detectadas em exames mais sensíveis, como citometria de fluxo ou PCR.

          Doença ativa

Doença ativa significa ou que existem provas de que a leucemia ainda está presente durante o tratamento ou que a doença voltou após o tratamento.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 12/02/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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