Fatores de Risco para Câncer de Estômago

Um fator de risco é algo que afeta sua chance de contrair uma doença como o câncer. Diferentes tipos de câncer apresentam diferentes fatores de risco. Alguns como fumar, por exemplo, podem ser controlados; no entanto outros não, por exemplo, idade e histórico familiar. Embora os fatores de risco possam influenciar o desenvolvimento do câncer, a maioria não causa diretamente a doença. Algumas pessoas com vários fatores de risco nunca desenvolverão um câncer, enquanto outros, sem fatores de risco conhecidos poderão fazê-lo.

Ter um fator de risco ou mesmo vários, não significa que você vai ter a doença. Muitas pessoas com a enfermidade podem não estar sujeitas a nenhum fator de risco conhecido. Se uma pessoa com câncer de estômago tem algum fator de risco, muitas vezes é difícil saber o quanto esse fator pode ter contribuído para o desenvolvimento da doença.

Fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver câncer de estômago:

  • Gênero. O câncer de estômago é mais comum em homens do que em mulheres.
     
  • Idade. Existe um aumento acentuado na incidência de câncer de estômago em pessoas com mais de 50 anos. A maioria das pessoas é diagnosticada entre os 60 e 80 anos.
     
  • Etnia. O câncer de estômago é mais comum em negros do que em brancos.
     
  • Geografia. Mundialmente, o câncer de estômago é mais frequente no Japão, China, Europa Oriental e Sul, e América do Sul e Central. Esta doença é menos comum no Norte de África  e Ocidental, Centro e Sul de Ásia e América do Norte.
     
  • Infecção por Helicobacter pylori. A infecção com a bactéria Helicobacter pylori (H. pylori) parece ser uma das principais causas do câncer de estômago, especialmente na parte inferior do estômago. Infecção de longa data pode produzir inflamação (gastrite atrófica crônica) e lesões pré-cancerígenas no revestimento interno do estômago. Pacientes com câncer de estômago têm maior incidência de infecção por H. pylori do que pessoas sem a doença. A infecção por H. pylori também está associada a alguns tipos de linfoma do estômago. Mesmo assim, a maioria das pessoas portadoras de H. pylori nunca desenvolve câncer.
     
  • Linfoma de estômago. As pessoas que foram tratadas para linfoma do estômago, têm um risco aumentado de adenocarcinoma de estômago. Provavelmente porque esse linfoma é causado pela infecção por H pylori.
     
  • Dieta. Pessoas com dietas ricas em alimentos defumados, peixes salgados e carne e vegetais em conserva, têm um risco aumentado de câncer de estômago. Nitratos e nitritos são substâncias comumente encontradas em carnes curadas, que podem ser convertidas por certas bactérias, como o H. Pylori, em compostos que causam câncer de estômago em animais. Por outro lado, comer frutas e verduras frescas parece diminuir o risco da doença.
     
  • Tabagismo. O tabagismo aumenta o risco de uma pessoa ter câncer de estômago, particularmente na parte superior do estômago, próximo ao esôfago. A incidência de câncer de estômago dobra em fumantes.
     
  • Obesidade. Ser obeso é uma possível causa de câncer de cárdia (parte superior do estômago, próxima ao esôfago), mas essa ligação ainda não está clara.
     
  • Cirurgia prévia do estômago. Pessoas que tiveram parte do estômago removido para o tratamento de doenças não cancerígenas, como úlceras, são mais propensas a desenvolver câncer de estômago. Isso pode ocorrer pela presença de bactérias produtoras de nitrito, além disso, a produção de ácido diminui após cirurgia da úlcera e pode haver refluxo de bile do intestino delgado para o estômago.
     
  • Anemia perniciosa. Determinadas células do revestimento do estômago normalmente produzem uma substância chamada fator intrínseco, que deve ser absorvida pela vitamina B12 dos alimentos. Pessoas com insuficiência desse fator intrínseco têm deficiência da vitamina B12 que afeta a capacidade do corpo de produzir novos glóbulos vermelhos. Essa condição é chamada anemia perniciosa. Pacientes com essa doença têm um risco aumentado de câncer de estômago.
     
  • Gastropatia hipertrófica. Essa é uma condição em que o crescimento em excesso do revestimento do estômago forma grandes pregas, levando a baixos níveis de ácido do estômago. Como a doença é muito rara, não se sabe exatamente o quanto isso aumenta o risco de câncer de estômago.
     
  • Sangue tipo A. Grupos do tipo de sangue referem-se a certas substâncias que normalmente estão presentes na superfície das células sanguíneas. Esses grupos são importantes na correspondência do sangue para transfusões. Por razões desconhecidas, as pessoas com sangue tipo A têm um risco aumentado de desenvolver câncer de estômago.
     
  • Síndromes hereditárias. Algumas doenças hereditárias, como câncer gástrico hereditário difuso, síndrome de Lynch (ou câncer colorretal não poliposo hereditário), polipose adenomatosa familiar, síndrome de Li-Fraumeni e síndrome de Peutz-Jeghers, podem aumentar o risco de uma pessoa ter câncer de estômago.
     
  • BRCA1 e BRCA2. As pessoas com mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2, do câncer de mama hereditário, também podem ter um risco aumentado para câncer de estômago.
     
  • Histórico familiar. Pessoas com vários parentes de primeiro grau com diagnóstico de câncer de estômago têm maior probabilidade de desenvolver a doença.
     
  • Pólipos. Os pólipos são crescimentos não cancerígenos na mucosa do estômago. A maioria dos tipos de pólipos não parece aumentar o risco de uma pessoa ter câncer de estômago, mas os pólipos adenomatosos, também denominados adenomas, às vezes podem se transformar em câncer.
     
  • Infecção pelo vírus Epstein-Barr. Esse vírus provoca mononucleose infecciosa. Quase todos os adultos foram infectados por este vírus em algum momento de sua vida, geralmente na infância ou adolescência. O Epstein-Barr é encontrado nas células cancerígenas de cerca de 5% a 10% das pessoas com câncer de estômago. Essas pessoas tendem a ter um crescimento mais lento do câncer, menos agressivo, com menor tendência a se disseminar. Ainda não está claro se o vírus realmente provoca o câncer de estômago.
     
  • Exposição ocupacional. Trabalhadores nas indústrias de carvão, metal e borracha parecem ter um risco maior de desenvolver câncer de estômago.
     
  • Deficiência imunológica. Pessoas com imunodeficiência têm um risco aumentado para câncer de estômago. O sistema imunológico de pessoas com deficiência imunológica muitas vezes não produz anticorpos suficientes em resposta aos germes. As pessoas com deficiência imunológica têm infecções frequentes, bem como outros problemas de saúde, incluindo gastrite atrófica e anemia perniciosa. Elas também são mais propensas a ter linfoma gástrico e câncer de estômago.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 14/12/2017, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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