Hábitos como uma rotina de exercícios e alimentação saudável são essenciais para a melhora no bem-estar e qualidade de vida. Para pessoas que estão passando por um câncer não é diferente.
Entretanto, a Sociedade Americana do Câncer (ASCO, na sigla em inglês), uma das maiores organizações dedicada à pesquisa do câncer, diz que os benefícios dessas recomendações para pessoas que estão passando por um tratamento não são divulgados e conhecidos o suficiente.
A fim de prover mais ferramentas para oncologistas e pacientes, o painel de especialistas da ASCO reuniu resultados de estudos clínicos e produziu um guideline sobre o papel desses comportamentos de saúde na resistência à toxicidade do tratamento, aumento da qualidade de vida e o controle do câncer.
Exercícios e o bem-estar de pacientes oncológicos
De acordo com o documento da ASCO, pacientes adultos com câncer experienciaram redução dos efeitos colaterais causados por tratamentos sistêmicos, com medicamentos, ou de radiação.
Os estudos mostraram que a prática de exercícios melhora a função física e força, diminui a fadiga e o declínio da aptidão cardiorrespiratória e reduz as toxicidades na corrente sanguínea. Além disso, as análises afirmam que também há melhora na qualidade de vida.
Especificamente, o guideline recomenda exercícios aeróbicos e de resistência para pacientes com câncer em tratamento ativo. A recomendação é direcionada até mesmo para pacientes com câncer de pulmão, em que a indicação é direcionada para o período perioperatório.
Em razão disso, os especialistas da ASCO indicam que incluir exercícios na rotina do tratamento é um passo importante. Entretanto, o documento ressalta que a quantidade e intensidade da atividade física deve ser adequada a cada paciente.
ASCO: orientação sobre alimentação saudável e controle do peso
De acordo com os estudos reunidos pela ASCO, uma dieta baseada em vegetais e a manutenção do peso dentro do recomendado estão associados a riscos menores de câncer e melhores resultados nos tratamentos.
Além disso, esses hábitos estão ligados a outros benefícios na saúde não diretamente ligados ao tratamento do câncer. Por exemplo, menores riscos de doenças cardiovasculares e metabólicas, condições comuns em pacientes com câncer.
Entretanto, o guideline alerta que não há evidências claras sobre qual ou quais seriam as melhores estratégias de dieta saudável e de peso ideal para pessoas em tratamento.
Por exemplo, o documento relata que algumas dietas populares, como dietas cetogênicas e jejum intermitente, poderiam limitar a absorção de nutrientes, o que influencia na capacidade de um indivíduo de tolerar o tratamento oncológico.
Portanto, a recomendação é que pacientes com câncer sigam as diretrizes de alimentação desenvolvidas para apoiar a saúde geral.
Na dúvida, conte sempre com um especialista no tema e converse com o seu oncologista.
*Conteúdo produzido pela equipe do Instituto Oncoguia
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