Os exames de sangue e de urina podem ser muito úteis no diagnóstico da síndrome carcinoide.
A serotonina é uma substância produzida por muitos tumores carcinoides, especialmente os do intestino delgado. É provavelmente a causa de, pelo menos, alguns dos sintomas da síndrome carcinoide. O corpo quebra a serotonina em ácido 5-hidroxi-indolacético, que é liberado na urina. Um exame comumente utilizado para diagnosticar a síndrome carcinoide mede os níveis de 5-HIAA em uma amostra de urina recolhida durante 24 horas. A determinação dos níveis de serotonina no sangue pode fornecer informações úteis. Estes exames podem ajudar a diagnosticar muitos tipos de tumores carcinoides. Em alguns casos, os tumores são pequenos e não liberam serotonina suficiente para um resultado positivo.
Em outros casos, os tumores não produzem muita serotonina, mas produzem seu precursor (5-HTP), que pode ser convertido em serotonina na urina. Em pacientes com estes tumores, o nível de serotonina no sangue pode ser normal, mas os níveis de serotonina e 5-HTP na urina são elevados.
Comer alimentos que contenham uma grande quantidade de serotonina pode elevar os níveis de 5-HIAA na urina. Esses alimentos incluem banana, kiwi, castanha, tomate, berinjela e abacate. Medicamentos, incluindo xarope para a tosse e paracetamol, também podem afetar os resultados. Essas substâncias devem ser evitadas antes da realização de exames de urina e exame para detecção de carcinoides.
Outros exames comumente utilizados para diagnosticar carcinoides podem incluir cromogranina (CGA), enolase neurônio específica (NSE), substância P e gastrina. Os medicamentos que reduzem o ácido do estômago denominados inibidores da bomba de prótons, como omeprazol, lansoprazol, esomeprazol e muitos outros podem aumentar os níveis de CgA e gastrina mesmo quando não existem tumores carcinoides. Se você toma qualquer um destes medicamentos, converse com seu médico antes de fazer esses exames de sangue. Dependendo dos sintomas e da localização do tumor, o médico pode solicitar outros exames de laboratório complementares.
Fonte:
American Cancer Society (08/02/2016)