Exames das Amostras de Biópsias para Câncer de Sítio Primário Desconhecido

Todas as amostras da biópsia são analisadas por um patologista, médico especializado na interpretação de exames laboratoriais e avaliação de células, tecidos e órgãos para diagnosticar a doença. Se células cancerosas estão presentes, o patologista poderá determinar sua origem. Se o diagnóstico não for conclusivo, outros exames podem ser realizados:

  • Imunohistoquímico. No exame imunohistoquímico as amostras da biópsia são analisadas por meio de anticorpos monoclonais marcados com substâncias fluorescentes. Se o tumor contiver essa substância, o anticorpo se liga às células. Produtos químicos são, em seguida, adicionados de modo que as células com os anticorpos mudam de cor. Muitas vezes, o patologista precisa usar vários anticorpos até identificar o tipo de câncer específico.

  • Citometria de Fluxo. Assim como no imunohistoquímico, este exame analisa certas substâncias na superfície das células para identificar os tipos presentes. Mas, este exame permite a avaliação de mais células do que o exame imunohistoquímico. Neste método, uma amostra de células é tratada com anticorpos especiais que aderem às células somente se determinadas substâncias estão presentes em suas superfícies. Se após passarem por um feixe de laser, essas células contiverem anticorpos ligados a elas, será emitida uma luz, que será medida e analisada por um computador. Grupos de células podem ser separados e contados por este método. Este procedimento é o mais utilizado para imunofenotipagem, ou seja, classificação das células de acordo com os antígenos presentes em suas superfícies.

  • Citogenética. Neste exame, os cromossomos das células tumorais são observados sob um microscópio para detectar qualquer alteração. As células humanas normais contêm 46 cromossomas. Alguns tipos de câncer têm anormalidades características em seus cromossomos. Encontrar essas mudanças ajuda a identificar certos tipos de câncer. Várias alterações cromossômicas podem ser encontradas nas células cancerígenas:
  1. Translocação significa que uma parte de um cromossomo se rompeu e está agora localizado em outro cromossomo.
  2. Inversão significa que parte de um cromossomo está de cabeça para baixo, mas ainda ligado ao cromossomo original.
  3. Exclusão indica que parte de um cromossomo foi perdida.
  4. Duplicação acontece quando toda ou parte de um cromossomo foi copiado de modo que existem várias cópias do mesmo na célula.

  • Genética Molecular. O exame do DNA das células cancerosas através de métodos como a reação em cadeia da polimerase pode encontrar algumas alterações cromossômicas que não podem ser vistas sob um microscópio em testes citogenéticos. A reação em cadeia da polimerase pode encontrar algumas translocações em partes de cromossomos muito pequenos para serem visualizados em testes citogenéticos. Ele também pode ser usado para detectar o vírus Epstein-Barr, que é encontrado no câncer de nasofaringe. Encontrar este vírus nas células cancerígenas de um linfonodo do pescoço pode significar que é um câncer de nasofaringe.

  • Perfil da Expressão Gênica. Com os avanços na tecnologia, alguns exames de laboratório mais recentes são capazes de observar a atividade de muitos genes nas células cancerosas ao mesmo tempo. Ao comparar o padrão de atividade genética na amostra de um câncer de sítio primário desconhecido aos padrões de atividade dos tipos de câncer conhecidos, os patologistas  podem ter uma ideia melhor da origem daquele câncer.

  • Microscopia Eletrônica. O microscópio eletrônico pode ampliar amostras em mais de 100 vezes comparado com um microscópio de luz normal. Isso ajuda a encontrar pequenos detalhes da estrutura da célula cancerosa que podem fornecer pistas do tipo de tumor e sua origem.

Classificação do Câncer de Sítio Primário Desconhecido

Após os exames iniciais de laboratório, o patologista classifica um câncer de sítio primário desconhecido em um dos cinco tipos principais:

  • Adenocarcinoma.
  • Carcinoma pouco diferenciado.
  • Carcinoma de células escamosas
  • Neoplasia maligna pouco diferenciada.
  • Carcinoma neuroendócrino.

Fonte: American Cancer Society (27/01/2016)
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