Estadiamento do Câncer de Vesícula Biliar

O estadiamento descreve aspectos do câncer, como localização, se disseminou, e se está afetando as funções de outros órgãos do corpo. Conhecer o estágio do tumor ajuda na definição do tipo de tratamento e a prever o prognóstico da paciente.

O câncer de vesícula biliar inicial é denominado carcinoma in situ e, em seguida, os estágios variam de 1 a 4, onde o estágio 4 significa que a doença está mais disseminada. E dentro de um estágio, uma letra anterior significa um estágio inferior.

Quase todos os cânceres de vesícula biliar se iniciam na parede interna da vesícula (epitélio) e conforme se desenvolvem invadem outras camadas externas da vesícula. Eles também podem se desenvolver preenchendo parte ou todo o espaço dentro da vesícula biliar simultaneamente.

O sistema de estadiamento utilizado para o câncer de vesícula biliar é o sistema TNM da American Joint Committee on Cancer, que utiliza três critérios para avaliar o estágio do câncer:

  • T. Indica o tamanho do tumor primário e se disseminou para outras áreas.
  1. Epitélio. Camada fina de células no interior da vesícula biliar.
  2. Lâmina própria. Camada de tecido conjuntivo.
  3. Muscular. Camada de tecido muscular que ajuda na contração da vesícula biliar, para drenar a bile para o ducto biliar.
  4. Perimuscular. Tecido fibroso (músculo), outra camada de tecido conjuntivo.
  5. Serosa. Revestimento exterior da vesícula, que começa no peritônio, revestimento da cavidade abdominal.
  • N. Descreve se existe disseminação da doença para os linfonodos regionais próximos.
  • M. Indica se existe presença de metástase em outras partes do corpo.

O sistema descrito aqui para o câncer de vesícula biliar é de janeiro de 2018. Esse sistema é usado para estadiar os cânceres de vesícula biliar, bem como cânceres que começam no ducto cístico, que transporta a bile para fora da vesícula biliar.

O sistema de estadiamento da vesícula biliar usa o estadiamento patológico, também denominado estadiamento cirúrgico, que é determinado pelo exame da amostra retirada durante a cirurgia. Se, por alguma razão, a cirurgia não for realizada imediatamente é feito o estadiamento clínico, baseado nos resultados do exame físico, biópsia e exames de imagem, que será usado para o planejamento do tratamento. Entretanto, às vezes, a doença está disseminada além das estimativas do estadiamento clínico e não é possível prever o prognóstico do paciente com a mesma precisão do estadiamento patológico.

Números ou letras após o T, N e M fornecem mais detalhes sobre cada um desses fatores. Números mais altos significam que a doença está mais avançada. Depois que as categorias T, N e M são determinadas, essas informações são combinadas em um processo denominado estadiamento geral.

Estágios do câncer

Estágio 0. Tis, N0, M0.

Estágio I. T1, N0, M0.

Estágio IIA. T2a, N0, M0.

Estágio IIB. T2b, N0, M0.

Estágio IIIA. T3, N0, M0.

Estágio IIIB. T1-3, N1, M0.

Estágio IVA. T4, N0 ou N1, M0.

Estágio IVB. Qualquer T, N2, M0; Qualquer T, qualquer N, M1.

* As seguintes categorias adicionais não estão listadas TX (tumor principal que não pode ser avaliado por falta de informação), T0 (sem evidência de tumor primário) e NX (linfonodos regionais, que  não podem ser avaliados por falta de informações).

Outros fatores prognósticos

Além do estágio, existem outros fatores que podem afetar o prognóstico do paciente:

      Grau

O grau descreve o quanto as células cancerígenas são similares ao tecido normal. A escala usada para classificar os tipos de câncer de vesícula biliar vai de 1 a 3.

  • Grau 1 (G1). Quando o tumor é bastante semelhante ao tecido normal da vesícula biliar.
  • Grau 3 (G3). Quando as células tumorais são muito anormais.
  • Grau 2 (G2). Algum ponto intermediário.

Os tumores classificados com um grau menor são menos propensos a se desenvolverem rapidamente e se disseminarem do que os com graus elevados, e tendem a ter um prognóstico mais favorável.

      Subtipo

O tipo específico de câncer de vesícula biliar influencia diretamente no prognóstico do paciente. Os tipos raros, como carcinoma escamoso e adenoescamoso de vesícula biliar, tendem a ter um prognóstico pior do que o adenocarcinoma (tipo mais frequente) e o carcinoma papilar.

      Invasão linfovascular

Se as células cancerígenas forem vistas em pequenos vasos sanguíneos ou vasos linfáticos sob o microscópio é denominado invasão linfovascular. Quando o tumor está crescendo nesses vasos, existe uma probabilidade maior de ter se disseminado além do órgão. Os cânceres de vesícula biliar com invasão linfovascular tendem a ter um pior prognóstico.

      Extensão da ressecção

Para fins de tratamento, os médicos geralmente usam um sistema de estadiamento mais simples, que divide os cânceres com base na possibilidade de serem (ou não) removidos cirurgicamente. Os tumores que podem ser completamente removidos tendem a ter um melhor prognóstico.

  • Ressecáveis. São aqueles que podem ser removidos por cirurgia.
  • Não ressecáveis. São aqueles que se disseminaram para locais difíceis de serem completamente removidos cirurgicamente.

Apenas uma pequena porcentagem dos cânceres de vesícula biliar são ressecáveis no momento do diagnóstico.

Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Estadiamento do Câncer.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 12/07/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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