Um efeito tardio é um efeito colateral que ocorre meses ou anos após o término do tratamento. Muitos pacientes que receberam tratamento contra o câncer têm um eventual risco de desenvolver efeitos colaterais tardios. O tratamento dos efeitos a longo prazo é uma parte importante dos cuidados do acompanhamento após o tratamento.
Tipos de efeitos colaterais a longo prazo
Os principais efeitos tardios causados pelo tratamento do câncer são:
Sequelas cirúrgicas
Diferentes procedimentos cirúrgicos podem causar efeitos tardios, por exemplo:
Problemas cardíacos
Estes são mais frequentemente causados pela radioterapia na região torácica ou pela quimioterapia, especialmente se forem administrados os medicamentos quimioterápicos doxorrubicina e ciclofosfamida. Pacientes com mais de 65 anos e aqueles que receberam doses mais elevadas de quimioterapia têm um maior risco de desenvolver problemas cardíacos o que inclui inflamação do músculo cardíaco e insuficiência cardíaca congestiva. Converse com seu médico sobre o que está sendo avaliado regularmente no que se refere à parte cardiológica, já que você não pode apresentar quaisquer sinais ou sintomas. Os exames de rotina para diagnosticar alterações ou leões cardíacas incluem exame físico, eletrocardiograma e ecocardiograma. Todos os pacientes que tiveram câncer, especialmente aqueles que fizeram tratamento para linfoma de Hodgkin na infância, devem informar a seus médicos se sentirem dor no peito, porque isso pode ser um sinal de um problema cardíaco.
Problemas pulmonares
A quimioterapia e a radioterapia podem causar lesões nos pulmões. Pacientes que receberam quimioterapia e radioterapia (por exemplo, um paciente que recebeu os dois tratamentos para o transplante de células tronco) podem ter risco maior de lesão pulmonar. Alguns dos medicamentos que podem causar mais danos aos pulmões incluem a bleomicina, carmustina, prednisona, dexametasona e metotrexato. Os efeitos tardios podem incluir:
Pacientes com histórico de doença pulmonar e idosos podem ter problemas pulmonares adicionais.
Problemas no sistema endócrino
Para as mulheres, a quimioterapia e a radioterapia podem danificar os ovários, provocando ondas de calor, problemas sexuais, osteoporose e menopausa precoce.
Homens e mulheres que fazem radioterapia na região da cabeça e pescoço podem ter níveis mais baixos de hormônios ou alterações da glândula tireoide, e ambos terem um risco aumentado de infertilidade devido ao tratamento oncológico.
O seu médico pode solicitar exames de sangue para verificar seus níveis hormonais, e estes devem ser feitos regularmente para ex-pacientes de câncer que têm um risco de alterações hormonais devido ao tratamento. Às vezes, medicamentos ajudam a que os níveis de hormônios voltem ao normal.
Problemas ósseos, articulações e tecidos moles
Ex-pacientes de câncer que receberam quimioterapia, medicamentos esteroides ou terapia hormonal e que não são fisicamente ativos podem desenvolver osteoporose ou dor nas articulações.
Você pode diminuir o risco de osteoporose não fumando, mantendo uma dieta rica em alimentos com cálcio e vitamina D, praticando atividade física regularmente e limitando a quantidade de álcool ingerida.
Problemas com nervos, medula óssea e cérebro
A quimioterapia e a radioterapia podem causar efeitos colaterais no cérebro, medula espinhal e nervos a longo prazo. Estes efeitos tardios podem incluir:
Check ups regulares, exames de audição e raios X devem ser realizados após o término do tratamento para verificar a presença desses efeitos tardios.
Dificuldade de aprendizagem, memória e concentração
Quimioterapia e altas doses de radioterapia na cabeça podem causar problemas de concentração, memória e de aprendizagem, tanto para crianças, como para adultos.
Ex-pacientes que sofrem de algum desses problemas devem conversar com seu médico para esclarecer suas dúvidas.
Problemas de visão e dentários
Os ex-pacientes de câncer devem fazer consultas regulares com dentista e oftalmologista. Dependendo do tipo de tratamento realizado esses pacientes podem apresentar problemas como:
Problemas emocionais
Ex-pacientes de câncer muitas vezes experimentam uma variedade de emoções positivas e negativas, incluindo alívio, um sentimento de gratidão por estar vivo, medo da recidiva, raiva, culpa, ansiedade, depressão e isolamento.
Os ex-pacientes e cuidadores, familiares e amigos também podem apresentar episódios de estresse pós-traumático. A experiência pós-tratamento de cada pessoa é diferente. Por exemplo, alguns pacientes lutam com os efeitos emocionais do câncer, enquanto outros dizem que eles têm agora uma nova perspectiva de vida devido à doença. Em caso de necessidade procure um psicólogo ou um psicooncologista para diagnóstico e tratamento efetivos do problema.
Cânceres secundários
Um câncer secundário é um tipo diferente de câncer que surge após o diagnóstico inicial de câncer. Os ex-pacientes de câncer têm um risco aumentado de desenvolver um novo câncer. A quimioterapia e a radioterapia podem danificar as células estaminais da medula óssea e aumentar a possibilidade de qualquer mielodisplasia ou leucemia aguda. Converse com seu médico sobre como reduzir o risco de um câncer secundário e como estar atento a quaisquer sinais ou sintomas.
Fadiga
A fadiga é o efeito colateral mais comum do tratamento oncológico, e que muitas vezes persiste após o término do tratamento. A fadiga pode ser causada pelos efeitos colaterais de tratamento ou pode não ter nenhuma causa conhecida.
Perguntas para seu médico
Quando estiver finalizando o tratamento, converse o máximo possível com seu médico sobre os potenciais efeitos colaterais a longo prazo de seu tratamento.
Algumas sugestões de perguntas a serem feitas ao médico:
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