Embora a terapia-alvo não afete o corpo da mesma maneira que os medicamentos quimioterápicos convencionais, ainda podem provocar efeitos colaterais. Existem muitos tipos diferentes de terapias-alvo e os efeitos colaterais desses medicamentos dependem, em grande parte, do alvo a ser atingido.

A maioria dos efeitos colaterais desaparece com o término do tratamento e as células saudáveis se recuperam.

Como muitas terapias-alvo são ainda recentes, é difícil dizer quanto tempo os efeitos colaterais podem durar. Sabemos que alguns dos efeitos da quimioterapia convencional podem durar uma vida, por exemplo, quando o medicamento provoca danos a longo prazo no coração, pulmões, rins ou órgãos reprodutivos. Ainda não se sabe se a terapia-alvo pode provocar esse tipo de alterações de longo prazo.

Alguns dos efeitos colaterais mais comuns são:

• Problemas de pele: muitas terapias-alvo provocam erupções cutâneas ou outras alterações na pele. Esses problemas geralmente se desenvolvem lentamente ao longo de dias a semanas.
   
• Aumento da pressão arterial: algumas terapias-alvo, especialmente os inibidores da angiogênese, podem elevar a pressão arterial. Não existe realmente algo que possa ser feito para evitar isso, mas o médico monitora a pressão arterial do paciente durante o tempo que estiver recebendo o medicamento que possa causar esse efeito colateral. Alguns pacientes precisam de remédios para levar a pressão arterial a níveis seguros durante o tratamento.
   
• Hemorragia e coagulação: algumas terapias-alvo interferem no crescimento de novos vasos sanguíneos. Isto pode levar a problemas como hematomas e sangramento, caso este último seja gástrico ou intestinal pode ser muito sério e até fatal. Informe seu médico em caso de apresentar vômitos com sangue ou resíduos que se pareçam com borra de café, ou se apresentar fezes escuras ou pretas ou presença de sangue vermelho brilhante em suas fezes. Estes podem ser sinais de hemorragia no estômago ou intestinos. Estes medicamentos também podem causar coágulos de sangue nos pulmões e pernas, bem como infarto e derrame. Comunique seu médico se você apresenta inchaço súbito, dor ou sensibilidade no braço ou perna. Se você tem dor no peito, falta de ar súbita, problemas de visão, fraqueza, convulsões ou dificuldade para falar, deve procurar assistência de emergência. Esses podem ser sinais e sintomas importantes causados ​​por coágulos sanguíneos.
   
• Cicatrização: ao bloquear o crescimento de novos vasos sanguíneos, alguns medicamentos interferem com a cicatrização. Isso pode fazer com que feridas (cortes) antigas se abram novamente e feridas recentes não fechem. Também é possível provocar perfuração no estômago ou no intestino. Informe seu médico imediatamente se você apresentar dor abdominal ou vômitos. Como esses medicamentos podem afetar a cicatrização de feridas, geralmente precisam ser suspensos antes de qualquer cirurgia eletiva, incluindo procedimentos odontológicos. Converse com seu médico assim que você tiver uma cirurgia programada ou outro procedimento para que você possa saber o que fazer.
   
• Problemas cardíacos: algumas terapias-alvo podem afetar o coração, especialmente se usadas junto com alguns medicamentos quimioterápicos. Possíveis sintomas de lesões cardíacas podem incluir dor no peito, aumento da tosse, dificuldade para respirar (especialmente à noite), ganho de peso rápido, tontura, desmaios ou inchaço nos tornozelos e pernas.
   
• Inchaço: algumas terapias-alvo provocam inchaço facial, especialmente ao redor dos olhos. Também podem causar inchaço nos pés e pernas, bem como nas mãos. Isso geralmente não precisa ser tratado, mas em casos graves pode ser administrado um diurético.

Outros efeitos colaterais também têm sido associados ao tratamento com algumas terapias-alvo. Muitos desses efeitos são os mesmos já observados com os medicamentos quimioterápicos convencionais, incluindo:

• Náuseas e vômitos.
• Diarreia ou constipação.
• Feridas na boca.
• Falta de ar ou dificuldade para respirar.
• Tosse.
• Fadiga.
• Dor de cabeça.
• Perda de cabelo.
• Danos a órgãos como a glândula tireoide, fígado ou rins.
• Reações alérgicas.
• Infecções.
• Segundo câncer.

Muitos desses efeitos podem ser controlados com medicamentos ou outras terapias para ajudar o paciente a se sentir melhor e continuar com a sua vida o mais normal possível. Converse com seu médico sobre terapias e medicamentos de suporte que ajudam a controlar os efeitos colaterais.