Câncer na população 60+

Reunimos renomados especialistas no nosso evento Câncer 60+, prioridades para prevenir, tratar e cuidar, realizado no dia 15/12/2021 com transmissão ao vivo pelas redes sociais do Oncoguia (Youtube, Instagram e Facebook).

O objetivo foi provocar reflexões e mudanças em todas as questões que envolvem a saúde do idoso brasileiro, com enfoque principalmente no câncer. 

Para ajudar a conduzir esse evento, nossa presidente Luciana Holtz convidou a médica geriatra Dra.Theodora Karnakis, que também é coordenadora da oncogeriatria do ICESP e Hospital Sírio-Libanês.

Dra. Theodora destacou os desafios sobre falar do envelhecimento atrelado ao câncer e reforçou a oportunidade para desmistificar as possibilidades de tratamento. “Todos nós temos uma responsabilidade com esse cuidado com a população mais idosa.”, completou. 

Vamos conhecer os convidados e os temas abordados:

Envelhecimento é doença? - Alexandre Kalache, médico, gerontólogo e presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC) - BR

O médico citou que em 2050 teremos em torno de 68 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, ou seja ,estamos falando sobre o futuro de quem já é adulto hoje. Por isso, falar sobre a saúde do idoso deve ser um assunto de interesse de todas as pessoas. Ele também citou os 4 pilares do envelhecimento ativo. São eles: saúde, conhecimento, participação e proteção. Dr. Alexandre prefere usar o termo ativo em vez de saudável, porque o idoso pode ter alguma doença, como por exemplo, uma hipertensão, mas isso não deve impedi-lo de envelhecer com qualidade de vida. “Precisamos falar de forma mais positiva sobre o envelhecimento. Envelhecer é bom! Morrer cedo é que não presta!”, concluiu o gerontólogo. No final de sua palestra, Dr. Alexandre deixou a seguinte reflexão: Qual é o seu legado? O sentido da sua vida? 

João Paulo Nogueira, médico geriatra. - O olhar para o idoso nos dias de hoje: desafios, prioridades, adaptação e tecnologias. 

O médico alertou sobre o quanto o olhar otimista faz total diferença em todas as fases da nossa vida. Ele também comentou sobre a iniciativa DUV-idoso que surgiu durante a pandemia com o intuito de esclarecer as dúvidas do idoso. O canal está disponível no endereço eletrônico www.duvidoso.com.br. Ele falou ainda da importância da rede de suporte para o idoso e também sobre a atenção com o cuidador, com treinamento e capacitação. “Para gente cuidar do outro, a gente também precisa estar bem.”, complementou. 
 
Mesa de debate: Prevenção e tratamento do câncer 60+ (factível e seguro)

Com mediação da Dra. Theodora Karnakis, participaram dessa discussão: Dr. Rafael Kaliks, oncologista e diretor científico voluntário do Oncoguia, Dr. Diogo Bugano, coordenador médico do Hospital Municipal Vila Santa Catarina e Dr. Fábio Shultz, oncologista clínico da Beneficência Portuguesa de São Paulo, especialista em tumores geniturinários.
Eles falaram sobre as novidades dos tratamentos para diferentes tipos de cânceres, entre eles de próstata, mama e colorretal. Dr. Rafael Kaliks alertou que o paciente idoso que está em tratamento oncológico, de pulmão, por exemplo, deve sempre conversar com seu oncologista e entender se há espaço para a terapia-alvo ou a imunoterapia. Os médicos também reforçaram que a prevenção é o melhor investimento em termos de saúde pública e defenderam a ideia de que o Brasil precisa investir em campanhas de conscientização para os idosos. “É um desafio tratar o idoso com câncer? Sim. Mas não é impossível. Tratar o paciente idoso com câncer requer um engajamento que não é apenas do profissional, mas do paciente também. É um compromisso mútuo, de ambas as partes”, comentou Dra.Theodora Karnakis

Lucélia Nico, Coordenadora de Saúde da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde - As ações desenvolvidas para a saúde do idoso. 

Lucélia citou que hoje o Brasil é composto por 30 milhões de pessoas com 60 anos ou mais,  o que corresponde a 14% da população brasileira. Ela falou sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa cuja finalidade é recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, em concordância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. Lucélia também ressaltou a importância da caderneta de saúde da pessoa idosa como um instrumento de rastreio e também para promover a saúde. 

Câncer 60+: a voz do conselho do idoso - Nadir Francisco do Amaral, Conselheiro do Grande Conselho Municipal do Idoso (GCMI)

Nadir falou sobre as prioridades, desafios e dificuldades do idoso brasileiro. Ele enfatizou que devemos destruir o preconceito com as pessoas 60+, que tanto contribuem com a nossa sociedade, inclusive no sustento de muitas famílias. Ele também afirmou que o SUS precisa abraçar todas as novas tecnologias e olhar cada vez mais para os idosos. “ “Precisamos aprender como caminhar pela política do SUS”, frisou.. 

Mesa de debate: “Cuidados emocionais, cognitivos e mentais'' - Caio Vianna, psicólogo do Hospital São Luiz - Unid. Jabaquara - Núcleo Pró-Creare, presidente da SBPO-SP e membro do Comitê de Psicologia da ABRALE  e Dra. Gislaine Gil, neuropsicóloga e doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP

A discussão trouxe o idoso como personagem da sua própria história, reforçando que as  vontades e desejos dessas pessoas precisam ser ouvidos e respeitados. “Pergunte sempre o que o idoso gosta de fazer. A maior queixa dos idosos é que eles não são valorizados”, acrescentou Gislaine. Todo o debate foi voltado para a qualidade de vida do idoso. Não é porque a pessoa envelheceu que ela não tem mais o direito de escolha. A gente não cuida de gente velha, a gente cuida de gente que tem história”, afirmou Caio. 

Clique aqui e confira o evento na íntegra. 

 

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