Câncer de próstata: atrasar o tratamento em mais de uma década não aumenta o risco de morte, diz estudo

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Oxford mostrou que atrasar o tratamento do câncer de próstata em até 15 anos não aumenta o risco de morte. Entretanto, eles deixam claro, que isso não é motivo para não procurar um especialista ao sentir os primeiros sintomas e monitorar ativamente a doença.

Os pesquisadores encontraram evidências de longo prazo de que o monitoramento ativo do câncer de próstata localizado é uma alternativa segura à cirurgia ou radiação imediata. Especialistas dizem que os resultados são encorajadores para os homens que desejam evitar problemas sexuais e de incontinência relacionados ao tratamento.

“Homens diagnosticados com câncer de próstata localizado não devem entrar em pânico ou apressar as decisões de tratamento. Eles devem considerar cuidadosamente os possíveis benefícios e danos causados pelas opções”, avalia Freddie Hamdy, professor da Universidade de Oxford e principal autor do estudo.

A pesquisa comparou diretamente as três abordagens – cirurgia para remover tumores, tratamento com radiação e monitoramento. Os pesquisadores acompanharam mais de 1.600 homens do Reino Unido que concordaram em ser designados aleatoriamente para fazer cirurgia, radiação ou monitoramento ativo. O câncer dos pacientes estava confinado à próstata, uma glândula do tamanho de uma noz que faz parte do sistema reprodutivo. Os homens do grupo de monitoramento fizeram exames de sangue regulares e alguns passaram por cirurgia ou radioterapia.

A maioria dos cânceres de próstata cresce lentamente, por isso leva muitos anos para observar os resultados da doença.

Segundo os resultados da pesquisa, a morte pela doença ocorreu em 3,1% do grupo de monitoramento ativo, 2,2% no grupo de cirurgia e 2,9% no grupo de radiação, diferenças consideradas “estatisticamente insignificantes”.

Aos 15 anos, o câncer havia se espalhado em 9,4% do grupo de monitoramento ativo, 4,7% do grupo de cirurgia e 5% do grupo de radiação. E a sobrevida dos pacientes para todos os três grupos foi de 97%, taxa considerada alta. O estudo foi iniciado em 1999, e especialistas disseram que as práticas de monitoramento atuais são melhores, com imagens de ressonância magnética e testes genéticos orientando as decisões.

Hamdy disse que os pesquisadores observaram a diferença na propagação do câncer em 10 anos e esperavam que isso fizesse diferença na sobrevida em 15 anos, "mas isso não aconteceu". O professor, entretanto, afirma que a propagação por si só não prevê a morte por câncer de próstata.

“Apenas um pequeno número de homens com doença de alto risco ou mais avançada precisa de tratamentos urgentes. Esta é uma descoberta nova e interessante, útil para os homens quando eles tomam decisões sobre tratamentos", disse Hamdy.

Fonte: O Globo


 

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