[CÂNCER DE OVÁRIO] Kamilla Barbosa

Instituto Oncoguia - Você poderia se apresentar?
 
Kamilla Barbosa - Me chamo Kamilla Barbosa, tenho 23 anos de idade, nascida em Belém do Pará, porém moro há 16 anos em Macapá/Amapá, amo os dois estados. Estudo o último ano de fisioterapia, que tive que interromper por força maior (câncer) não tão maior assim, me tornei uma blogueira.
 
Aliás se der pra dar uma passadinha no meu blog onde posto diariamente aproveite e compartilhe  , amo minha família, adoro falar, sou super extrovertida, porém me considero muito tímida, amo a área da saúde e um dia ainda farei medicina. Sou evangélica e através da minha fé fui curada.
 
Instituto Oncoguia - Como você descobriu que estava com câncer?
 
Kamilla Barbosa - Sentia dores a mais ou menos 1 ano e meio na região pélvica e imaginava: Provavelmente sou mais uma daquelas que sofre em excesso com cólica menstrual. Pior que não era isso, então em Abril de 2011 no hospital em que fazia estágio da faculdade consegui uma consulta com um ginecologista e ele me passou uma ultrasom pélvica e quem disse que eu fiz?
 
Como eu estava no último ano da faculdade não tinha tempo pra nada, era estágio, tcc enfim quando foi em agosto passei muito mal e fui ao pronto atendimento com muita dor pélvica, fiquei em observação por uma noite e pela manhã fiz vários exames. Na ultrasom atestou um cisto pequeno nada muito ameaçador, como ja tinha sido medicada e a dor não tinha voltado eu não liguei de procurar um especialista, mesmo porque não tinha tempo, então tudo começou a ser levado a sério quando por causa de uma outra simples dor pélvica em novembro, fui para o pronto atendimento para tentar saber o que estava se passando comigo.
 
Fui medicada e o médico solicitou alguns exames novamente, um deles era a ultra-som, fiz e atestou um cisto no ovário esquerdo, e as dores continuaram muito fortes, dores nos ossos, febre, dor de cabeça, hipotensão, mal estar e minhas idas na urgência eram quase que diárias, tomava medicamentos fortes, como tramal e morfina, quando o médico solicitou outra ultra-som com rapidez, e para surpresa de todos foi descoberto outro cisto no ovário direito, onde ele era o dobro do tamanho do esquerdo, segundo o laudo.
 
Então meu médico solicitou os exames pré-operatórios e marcou minha cirurgia para o dia 09/01/12. Novembro e dezembro foram 2 meses de dor, sofrimento e muita preocupação, pois eu estava no último ano do minha faculdade de fisioterapia, minhas crises de dor começaram perto do término da minha entrega e defesa do tcc e no final do meu último estágio, infelizmente não tive condições físicas e segundo meu médico não tinha condições psicológicas para dar continuidade ao tcc e ao meu estágio, pois eu fazia uso de medicações controladas, porém mesmo assim criei forças para continuar indo ao estágio, pois meu sonho sempre foi me formar, infelizmente algumas pessoas não tentaram me entender e me prejudicaram, mas eu não desisti e vou lutar até o fim e vou ser uma grande fisioterapeuta, mesmo que muitos duvidem disso.
 
Dia 23/01/2012 para minha surpresa e de todos, recebi a notícia que estava com câncer de ovário, foi um choque muito grande, porém hoje estou lutando contra a doença, me aproximei mas de Deus e busco aprender com todos os ensinamentos que neste momento a vida me traz. Agradeço a Deus a cada dia que abro meus olhos pela manhã e vejo a luz de um novo dia, e com fé em Deus alimento a minha vontade de viver!
 
Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu?
 
Kamilla Barbosa - Um novo ano se inicia, reveillon de 2012 passei com minha família crendo que após a cirurgia tudo voltaria ao normal novamente, preocupada esperei ansiosa o dia da minha cirurgia, na espera eu ainda tive várias idas ao pronto atendimento com muitas dores, até que chega o dia 09, nervosa, ansiosa, preocupada, porém aliviada fui para o hospital me internar e me preparar para a cirurgia, chegou a hora...
 
Nossa, pensa em uma pessoa super nervosa, então fui para a sala de cirurgia às 13:40, me prepararam e 2 médicos e 3 enfermeiras começaram o procedimento às 14:20, durante a cirurgia minha pressão caiu muito e tive que ser colocada no oxigênio, e às 16:45 acabou, algumas horas depois desci para minha enfermaria, nunca senti tanta dor em toda minha vida, enfim com a força de Deus e da minha mãe consegui passar por isso...
 
Me recuperei, e após três dias tive alta e fui para minha casa continuar a recuperação, meus pais cuidaram de mim até eu poder andar sozinha, quando voltei com meu médico, ele tirou os pontos e disse que eu podia voltar a minha vida normal, que era apenas para eu tomar alguns cuidados e disse que era para eu pegar o resultado da biopsia no outro dia, comecei meu cursinho feliz da vida, quando no dia seguinte meu médico liga perguntando se teria como eu e minha mãe ir falar com ele pela tarde, pronto, me matou do coração!
 
Quando chegou a tarde, fui com minha mãe ao médico, esperamos ansiosas por ele, mas confesso que no fundo eu já esperava uma notícia triste, porém não falei nada para minha mãe não se preocupar, então o médico pediu para entrarmos na sala dele, e começou a falar, conversar, brincar e disse que o resultado da biopsia não era bom, que eu estava com câncer de ovário, mas que tinha tratamento e que iria me encaminhar direto para um amigo dele médico oncologista, foi triste ver minha mãe chorando dizendo que não queria me perder, eu me esforcei para não chorar e me manter firme para dar forças para minha mãezinha, mas minha pose de durona não durou muito tempo, após uns minutos depois que saímos não aguentei e tive que chorar, chorei muito, e minha mãe ligou para meu pai para falar sobre a conversa do médico, assim que minha mãe contou, meu pai começou a chorar do outro lado da linha, e disse que tudo ia dar certo, em seguida fui até a igreja com a minha mãe, a igreja Universal do Reino de Deus, orei, chorei e pedi para meu pastor fazer uma oração e após uma conversa com ele, senti forças para lutar com fé em Deus.
 
Instituto Oncoguia - Qual era a sua maior preocupação no momento em que te deram a notícia?
 
Kamilla Barbosa - Meus pais. Sei o amor que eles tem por mim, e foi muito torturante ver eles sofrendo por minha causa.
 
Instituto Oncoguia - Quais foram os passos tomados após o recebimento do diagnóstico?
 
Kamilla Barbosa - No dia 25 de janeiro de 2012, acordamos cedo para ir a primeira consulta com o oncologista marcada pelo meu médico no HCAL em Macapá-AP, até ai ninguém além da minha mãe, do meu pai, da minha irmã, do meu amigo Paulo Fernandes e do meu pastor sabiam o que estava acontecendo comigo, então eu e minha mãe fomos para o médico e meu pai ficou em casa ansioso esperando por notícias.
 
Cheguei ao hospital, e tudo pra mim era novo, parecia um pesadelo, vi pessoas tristes, debilitadas, e fiquei muito assustada, mesmo já tendo trabalhado nessa área, só que agora era eu, era comigo, enfim, também vi pessoas sorrindo contando que estava vencendo e eu pensava: Será que vou conseguir contar minha história?
 
Minha mãe não saiu um momento do meu lado, e meu pai ligava a cada cinco minutos para saber notícias, então esperamos ansiosas pela chegada do médico, nesse dia eu estava com muita dor, mas não tive coragem de falar para os meus pais, pois eles já estavam sofrendo demais, então suportei, ergui a cabeça e fiquei firme.
 
Finalmente o médico chegou, eu fui a primeira a ser atendida, pois eu estava com poucos dias de cirurgia, então entramos na sala, e o médico começou a fazer algumas perguntas e em seguida começou a explicar sobre o câncer de ovário, que era um dos mais agressivos, o 4º mais agressivo e falou a facilidade que tinha de se espalhar para outros órgãos na região do abdome e que era muito grave, que eu teria que fazer uma cirurgia o mais rápido possível para poder começar a quimioterapia, e torcer para não ter se espalhado, e que não podia perder mais tempo de jeito algum.
 
O médico foi bem sincero, abriu o jogo, disse os riscos, as chances, foi meio assustador, eu me vi do ladinho da morte, era como se minha vida tivesse acabado ali naquela sala, como se meus sonhos tivessem sido todos enterrados, minha vontade era de gritar, chorar, mas minha mãe estava ali, chorando, triste, desnorteada, ela chorou muito, muito mesmo, ela chorava falando: Doutor a minha filha vai morrer? Eu não quero perder minha filha, me ajude, ai ela me abraçava chorando e dizendo filha eu não quero te perder, eu não vou suportar, promete que não vai deixar a mamãe, e eu engolia o choro, e pedia pra ela se acalmar que eu estava bem, mas parecia que nada adiantava, minha mãe ficou desesperada, não conseguia parar de chorar, então o médico falou: A senhora precisa se acalmar pra entender as orientações que tenho que dar, e ela não tinha condições de nada, então eu disse: pode falar doutor eu estou ouvindo, então ele me explicou o que eu deveria fazer, os exames pré-operátórios que eu tinha que fazer, e que eu tinha que fazer tudo com urgência, saindo de la fui encaminhada para o serviço social, onde quem é o responsável para entrar na sala é o acompanhante, que era minha mãe, mas como?
 
Ela não parava de chorar, e eu ali perdida, mas me esforçando para finalmente ser adulta, então entramos na sala, o assistente social começou a fazer as perguntas para minha mãe e dar as orientações, mas minha mãe estava totalmente sem condições, então o assistente falou: A senhora tem que se acalmar, para poder passar segurança para sua filha, eu vou passar as orientações pra ela que esta calma.
 
Então eu sorri, aquele sorriso sem graça, engolindo o choro, mas prestei atenção em tudo, e quando saímos de lá, minha mãe ligou pro meu pai, ela não conseguiu falar então passou o telefone pra mim, e eu com calma falei tudo o que o médico oncologista falou, eu disse: Pai, acabei de sair do médico, ele disse que realmente é grave e que tenho que fazer uma cirurgia com urgência, meu pai então ficou calado, e depois de um tempo voltou falando: Minha filha, calma, vai ficar tudo bem, quando ouvi meu pai chorar, não consegui segurar o choro, mas logo me recuperei e fui com minha mãe de carro pegar meus documentos em outro hospital que tinha esquecido no dia anterior, minha mãe estava dirigindo, então no meio de uma avenida muito movimentada, ela se descontrolou e começou a chorar muito, e eu pedia pra ela se acalmar e prestar atenção na direção do carro se não ela ia bater, foi a pior cena que vi em toda minha vida, minha mãe gritava dentro do carro desesperada dizendo que não queria me perder enquanto dirigia, e eu ali do lado dela, me segurando pra ser forte por mim e por ela, foi muito duro, difícil, triste, espero que ninguém passe por isso, até que ela se acalmou um pouco, chegamos e desci para pegar os documento e voltamos para o HCAL, onde tinha que fazer alguns exames, e eu continuava com a dor muito forte no peito, sem falar nada pra ninguém, então comecei a orar: Senhor Jesus, me ajude, eu estou sem chão, me dei forças, pra dar força pra minha família, eu sei que não mereço, mas eu lhe imploro, por favor me ajude, não me abandone.
 
Então fui fazer o primeiro exame dos muitos que teria que fazer pra cirurgia, comecei com o RX do tórax, precisava de tudo com urgência, em todos os meus pedidos de exame, em cima estava escrito urgente, porém não adiantou muito, afinal todos sabem como é a saúde pública do nosso querido Brasil, mas eu orei antes e Deus colocou as pessoas certas na hora certa, quando cheguei para fazer o RX, disseram que não podia fazer naquele dia, porque estava sem médico para dar o laudo, então uma senhora, tenho certeza que colocada por Deus, começou a conversar comigo e viu a minha situação e se comoveu, entrou e quando voltou, trouxe a autorização para eu fazer o exame, eu a agradeci muito e fui para a sala do RX, quando cheguei la informaram que não tinha mais vaga, porque quando o diabo vem, ele não vem sozinho, rsrsr mas eu orei antes e mais uma vez Deus se fez presente, e a moça que marcava o exame começou a conversar comigo e disse que ia me encaixar, então fiz o RX para pegar o laudo a tarde.
 
Pouco tempo depois, meu pai chega, com o olho inchadinho de tanto chorar, eu o abracei e disse: Vai dar tudo certo papai, e mais uma vez ele começa a chorar, e eu ali firme, mas por dentro totalmente destruída, em seguida chega um amigo dele (Júnior Góes) e vejo meu pai pela primeira vez chorando na frente de alguém, me afasto e vou la pra frente esperar a minha mãe que tinha ido pegar o carro atrás do hospital, quando encontro uma amiga (Vanessa Cardoso-Pucca) e eu pensei: Finalmente alguém pra eu poder colocar pra fora o que estava pra explodir, então levei ela pra um cantinho escondido para meus pais não me verem chorando, e comecei a falar o que tinha acontecido, ela me deu um abraço e chorei, mas rápido me recuperei, pois meu pai me chamou, então me despedi dela e voltei a ser durona novamente, logo depois fomos para casa, todos muito tristes, eu ia pensativa, tentava fazer uma piadinha, mas era difícil arrancar um sorriso dos meus pais, mas eu continuava, e um determinado momento minha mãe me olha sorri e diz: Nos vamos vencer minha filha, apenas dei um sorriso, mas por dentro eu chorava pedindo socorro. Não comentei de início com muitas pessoas, liguei para meu amigo Dionatan Castro, para o Caio Pereira e liguei para minha amiga Carla Sheylane, quando contei, ela chorou muito, então vi o quanto se importava comigo, me senti feliz e disse que iria vencer, nos dias seguintes fui contando aos poucos para os outros amigos, recebi muita força e agradeço a Deus por ter eles por perto.
 
Quando contamos para minha família paterna, eles não permitiram que eu fizesse meu tratamento em Macapá, falaram que la não tinha estrutura, e realmente não tem, mas ficamos tão sem ação que nem pensamos nisso, então minha tia Rosiane, tia Rosa e tia Margareth disseram: vamos mandar ela pra Belém, para o Hospital Ophir Loyola que é referencia, foi difícil conseguir os documentos pra transferência, e pra piorar tudo, meus pais estavam passando por um momento financeiro complicado, e ai? O que fazer?
 
Minha família me deu todo o apoio que poderiam dar, me emociono ao falar disso, pois eles me ajudaram muito. Meus tios se reuniram junto com o meu pai e vim para Belém com minha mãe, minha irmã e minha tia Rosiane, no aeroporto fui recebida pela minha tia Fátima, minha amiga tia Naza, por meu primo Andrey e a esposa dele, fui muito bem recebida graças a Deus, minha família materna mora toda em Belém, e ficamos na casa do meu tio Roberto. Então dia 01/02/12 começou a luta pela vida em Belém do Pará.
 
E com o passar dos dias descobri algo muito forte em mim e nos meus pais, descobri que possuía uma força que nem eu mesmo sabia que tinha, uma força que me encorajou a lutar pela vida, pela vitória, uma força divina, a força de Deus, mesmo que em alguns momentos eu fique triste, eu sempre encontro forças novamente, a mesma força que meus pais descobriram, minha mãe aqui em Belém lutando comigo, me dando força quando desanimo, força que a fez tomar a frente de tudo com muita garra, e meu pai la em Macapá, que faz de tudo pra depositar dinheiro sempre que preciso pra ajudar a pagar meu tratamento, que por sinal não é nada barato, meu pai é um herói, o melhor pai do mundo, sinto muita saudade dele, graças a Deus existe o telefone, falo com ele todos os dias.
 
Minha vinda pra Belém não foi fácil, mas a guerra começou quando cheguei em Belém, conseguir uma consulta em um hospital referencia não é fácil, a primeira consulta é sempre difícil de encarar, ansiedade, medo, todos os tipos de pensamentos negativos, exames pra fazer, enfim.
 
Instituto Oncoguia - Em que momento do tratamento você se encontra agora? Quais tratamentos você já realizou?
 
Kamilla Barbosa - Estou fazendo quimioterapia, minha primeira sessão dos 6 ciclos foi dia 27/04/2012, mas eu ja realizei 2 cirurgias, uma foi antes de saber o diagnóstico, onde retirei os dois cistos e os dois ovários pois os médicos não conseguiram salvar e a segunda foi uma laparatomia exploradora, onde seria retirado o útero, alguns gânglios e outras coisas para fazer biopsia e feita uma exploração para ver se tinha metastase na região do abdome e pelve, porém na biopsia nada foi encontrado de maligno e nenhuma metastase na exploração foi detectada pois o médico explicou que o tumor maligno quando foi retirado não se rompeu então não teria possibilidades de ter contaminado outros órgãos.
 
Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual foi o tratamento mais difícil? Por quê?
 
Kamilla Barbosa - Com toda certeza foram as cirurgias de estadiamento da doença e o pós-operatório, nada se compara a tamanha dor física de uma P.O.
 
Instituto Oncoguia - Você teve efeitos colaterais?
 
Kamilla Barbosa - Faz 21 horas que fiz minha primeira sessão de quimioterapia e até agora não tive nenhum efeito colateral, nenhum mesmo.
 
Instituto Oncoguia - Como é a sua relação com o seu médico?
 
Kamilla Barbosa - Meu primeiro médico que me deu a notícia do diagnóstico e que realizou minha primeira cirurgia é simplesmente maravilhoso, fez ligações cuidadosas para marcar a conversa comigo e com minha mãe para dar a notícia e ainda marcou minha consulta pessoalmente com o oncologista, qual médico faz isso mesmo?
 
O segundo, meu primeiro oncologista, não marcou muito nessa fase da minha vida, porém deu informações muito úteis.
 
Minha segunda médica oncologista foi a melhor de todas, era uma anjinha, dava todas as orientações necessarias, e me ajudou muito.
 
O terceiro foi o médico que fez a segunda cirurgia e que agora é meu oncologista atual, muito bom, e nossa relação é ótima.
 
Minha médica da quimioterapia também é fofa, não poderia deixar de cita-la aqui.
 
Instituto Oncoguia - Você fez acompanhamento com equipe multiprofissional?
 
Kamilla Barbosa - Sim, forçada mas fiz. Apenas duas consultas com o psicólogo porque fui obrigada pela minha médica, e depois não fui mais. Acompanhamento da equipe multiprofissional é de grande ajuda nesses casos, porém eu sou meio rebelde e não fiz o acompanhamento todo. Risos
 
Instituto Oncoguia - Na sua opinião, o que é mais difícil de enfrentar durante o tratamento e por quê?
 
Kamilla Barbosa - No meu caso foi a perda de sonhos como ser mãe e a parada que tive que dar na vida pra eu poder me tratar, perdi minha formatura da faculdade por causa disso. Sempre chorava quando pensava nisso.
 
Instituto Oncoguia - O que foi fundamental e lhe ajudou a enfrentar o câncer?
 
Kamilla Barbosa - Receita: Fé em Deus, cuidados especiais da minha mãe, do meu pai, da minha irmã, da família em geral, dos amigos, ânimo, perseverança, alegria, seguir as orientações do médico com cuidado e muita, muita, muita vontade de vencer!
 
Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Nos conte sobre seu trabalho e planos para o futuro.
 
Kamilla Barbosa - Hoje estou renovada, cheia de esperança, com um olhar diferente da vida e acima de tudo feliz, pois fui curada do câncer eu creio em nome de Jesus. Estou trabalhando como fisioterapeuta em uma clínica de uma amiga na área de dermato, porém minha médica disse para eu me afastar por uns dias por causa da quimioterapia mas que em breve eu posso voltar.
 
Tenho tantos planos para o futuro, montar minha clínica de fisioterapia, casar, adotar um menino lindo e poder dar o melhor de mim para quem tanto me apoio nessa fase tão dificil da minha vida, Deus, pai, mãe e irmã.
 
Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje?
 
Kamilla Barbosa - Não é o fim, mesmo que pareça.
 
Chore, chore bastante, afinal não é fácil receber uma notícia dessas seja com qual idade estiver, após chorar pense em sua vida, o que já fez, o que não fez o que ainda quer fazer, e reconheça imediatamente o poder de Deus, pois só ele pode te ajudar. Como? Deus nos cura de várias maneiras, fazendo com que seu tratamento tenha resultados bons ou simplesmente fazendo sumir sua enfermidade estantaneamente por exemplo.
 
Sempre tenha dentro de você a vontade de viver, vencer e vencer siga as orientaões do médico com bastante cuidado. Nunca esqueça que querer é poder!
 
Instituto Oncoguia - Qual a importância da informação durante o tratamento de um câncer?
 
Kamilla Barbosa - Muito importante, você precisa saber o que você tem afinal, que tipo de Câncer está enfrentando para saber que atitudes melhor tomar. Porém confesso que no início não gostava de buscar informações, pois morria de medo de saber o que viria pela frente.
 
Instituto Oncoguia - Você buscou se informar? De que maneira?
 
Kamilla Barbosa - Sim após um determinado tempo enfrentei o medo e busquei a maior quantidade de informações possíveis, através da internet e relatos de pessoas que ja tinham passado pela mesma situação.
 
Instituto Oncoguia - Como você acredita que o trabalho do Oncoguia ajuda os pacientes? Te ajudou/ajuda de alguma forma?
 
Kamilla Barbosa - Gostaria de aproveitar a oportunidade para parabenizar o site Oncoguia, estão de parabéns pelo trabalho que vem realizando, vocês não imaginam a ajuda, a força e a sabedoria que nos oferecem e ainda da a oportunidade de poder falar um pouco sobre nossas experiências com o câncer, é tão bom poder desabafar.
 
Me ajudou sim, ver que não sou sóeu que passo por esse problema me deu forças para seguir em frente, afinal se muitos venceram porque eu também não poderia vencer?
 
Instituto Oncoguia - Mais alguma coisa que você gostaria de nos contar?
 
Kamilla Barbosa - Sim, gostaria de deixar um texto como forma de desabafo, falar sobre meu blog: Diário da Fé de Kamilla Barbosa e em seguida deixar alguns links.. E aproveitar para agradecer a oportunidade de poder contar um pouco da minha experiência com o câncer e da minha vitória!
 
- #fato
 
Bom o fato é que eu fui curada SIM de um câncer de ovário através da minha fé na Igreja Universal do Reino de Deus, acredite se quiser. ;D
 
Estou com o laudo da minha 2ª cirurgia, laparotomia exploradora, como o nome já diz foi uma exploração para ver se tinha se espalhado para outros órgãos no abdome e região pélvica e se ainda existia algum outro tumor não detectados nos exames realizados e para retirada de material de diversas áreas próximas do local onde foi detectado os dois tumores iniciais onde o resultado deu negativo sem achado de células ou resíduos cancerígenos, e também estou com o resultado do exame CA 125 (marcador tumoral) onde detecta células cancerígenas circulando no corpo onde também deu negativo.
 
Porque vou fazer quimioterapia? Porque isso é um tratamento sério, prolongado onde não posso simplesmente abandonar sem autorização médica, e minha médica achou melhor por prevenção fazer a quimioterapia apesar dos resultados positivos. Isso não faz eu deixar de crer na minha cura!
 
Eu venci para honra do meu Senhor Jesus!
 
Nada mais a declarar, espero que os que ainda tinha dúvida da minha cura e achava que eu estava querendo apenas chamar a atenção dizendo que uma hora estava curada e outra iria fazer quimio tenham entendido!
 
Fé, coragem, força, determinação e esperança pra vocês...
 
Beijinhos e que Deus abençoe à todos! ;D
 
Assim que recebi o diagnóstico e vim para Belém fazer o tratamento fiquei sem muito o que fazer, então minha tia me mostrou um blog de uma jovem que tinha o mesmo problema que eu, e me inspirei e criei um pra mim também, hoje sou blogueira e adooooooooro isso, poder falar de suas experiências ajuda muito as pessoas sabiam?
 
Gostaria de lembrar que vale muito a pena viver, e antes de reclamar de alguma coisa, lembre-se que nesse grande mundo sempre existe alguém passando por uma situação pior que a nossa.
 
Tenho como objetivo passar a todos que visitarem meu blog, fé, coragem, força, determinação e esperança!
 
Se quiserem podem acessar meu blog, faço postagens quase diariamente falando sobre meu tratamento, minhas expectivas e vitórias. Acesse, leia, comente e compartilhe quem sabe chega até alguém que precise.
 
Então sejam bem vindos e voltem sempre! Risos
 
Links que mostram um pouco da minha história com o câncer:
                               
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