[CÂNCER DE MAMA] Síntia Adriana Costa

Instituto Oncoguia - Você poderia se apresentar?

Síntia -
Síntia Adriana Costa, 35 anos, moro em Natal – RN, e gosto de ler.

Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer?

Síntia - Fazendo o autoexame depois da menstruação.

Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico?

Síntia - Como tenho lido sempre parece que eu reagi diferente de todo mundo, fui bem calma e sai do consultório pra casa sem chorar, fazendo tudo normalmente. Pedi pra minha cunhada ligar pra minha mãe, dizendo que eu não queria choro e que eu estava bem e confiante. Eu ouvi tudo o que a médica me disse: que não falava de porcentagem de cura e que se eu ficasse deprimida o tratamento ia ser pior. Então sai de lá com uma certeza de que eu não iria atrapalhar o tratamento, pois tinha um filho, na época com 6 anos, e queria vê-lo crescer.

Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento?

Síntia - Relaxei mesmo! Só pensava que ia ser um sucesso o tratamento.

Instituto Oncoguia - O que aconteceu depois disso?

Síntia -
À noite, quando meu marido chegou, se revoltou e chorou muito e eu fui consolá-lo, dizendo que eu não iria morrer e que se eu morresse, nós iríamos nos encontrar noutra vida. Essa parte foi difícil por que todo dia quando ele chegava em casa e olhava pra mim, chorava. Fiquei preocupada, liguei pra mãe dele e um amigo que conversaram com ele e tudo passou. Minha mãe também chorava escondido, mas quando viram que eu estava realmente bem, todos ficaram bem.

Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento?


Síntia - Iniciei o tratamento em dezembro de 2011, fiz 8, sendo 4 brancas, 4 vermelhas, 6 antes da cirurgia e 2 depois, 35 rádios, fiz cirurgia de quadrante com esvaziamento da axila e estou tomando tamoxifeno e a vacina hercepetin, que termina em outubro.

Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê?

Síntia -
As químios vermelhas foram as mais difíceis, era ruim pra levantar, meu humor era terrível e eu tinha raiva até de tomar banho.

Instituto Oncoguia - Você teve efeitos colaterais? Qual o pior?

Síntia - Sim, dores no corpo e queda de cabelo.

Instituto Oncoguia - Como foi a relação com o seu médico?

Síntia - Muito boa com todos. Tive muita sorte com eles.

Instituto Oncoguia - Com que outro profissional você se relacionou?

Síntia - Com as técnicas de enfermagem e as atendentes.

Instituto Oncoguia - Você fez acompanhamento psicológico?

Síntia - Não.

Instituto Oncoguia - E com nutricionista?

Síntia - Apenas uma palestra, mas mudei minha alimentação.

Instituto Oncoguia - Você está em tratamento ou já finalizou?

Síntia - Estou finalizando.

Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje?


Síntia -
Eu estou muito feliz por ter passado por tudo isso e estar bem. Com algumas limitações, mas o que importa é estar viva e vendo meu filho crescer. Tudo vai acabar bem, eu sei.

Instituto Oncoguia - Conte-nos sobre seu trabalho e planos para o futuro.

Síntia -
Trabalho com produtos eróticos e lingerie sexy. Pretendo montar uma loja, pois é difícil andar com a maleta já que com o outro braço não posso pegar peso. Ser feliz acima de tudo!

Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje?


Síntia - Pensamento positivo sempre e cabeça erguida, passar por cada fase sem reclamar ou lamentar, por que tudo passa e somos um peixe, mas o pescador é ecológico e ele vai nos devolver ao mar.

Instituto Oncoguia - Qual a importância da informação durante o tratamento de um câncer?

Síntia - Acho que você tem que saber de tudo, pois só conhecendo vai poder se ajudar.

Instituto Oncoguia - Você buscou se informar? De que maneira?


Síntia - Sim. Com a minha médica.

Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia?  

Síntia - Pela internet. Alguém me indicou.

Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar?

Síntia - É muito importante esse trabalho, continuem assim, vocês estão ajudando muito!

Instituto Oncoguia - Você sabia que possuímos um trabalho focado na melhoria da situação do Câncer no Brasil? Estamos sempre em contato com políticos e gestores que podem ajudar a melhorar as políticas públicas brasileiras relacionadas ao câncer. Se você fosse mandar um recado para um político, o que você gostaria que mudasse ou melhorasse considerando tudo o que você passou?

Síntia - Tive que entrar na justiça pra conseguir o hercepetin. Já foi liberado, mas exames também são de fundamental importância e o SUS demora muito. Tem muito paciente que não pode pagar. Teria que existir alguma coisa para que as pessoas com câncer fizessem logo os exames pelo SUS.
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