[CÂNCER CEREBRAL] Karina Costa

Karina Costa tem 26 anos, mora em Ribeirão Preto e sua vida, como ela mesma diz, está parada. Em 2008 começou a sentir alguns sintomas, mas, só em 2009 foi diagnosticada com um câncer cerebral raro, localizado na hipófise. Desde então, já passou por três cirurgias e aguarda para saber se fará uma quarta. "Estamos acompanhando para ver se o tumor no meu cérebro progride ou não. Se sim, terei que tirar, mais uma vez.”

O problema, segundo Karina, é que este tumor está perto de uma região na qual está localizado o quiasma óptico, uma estrutura que conduz os impulsos nervosos da visão até o cérebro, ou seja, se algo acontecer de errado, ela pode ficar cega.
 
Agora, descobriu alguns nódulos no seio e está investigando. Com todos esses problemas, Karina tinha tudo para ficar deprimida e se fechar. Fez exatamente ao contrário. Tem um blog no qual relata seu dia-a-dia e as novidades do seu tratamento. Encara a doença de uma maneira digna e luta, com todas as forças, para vencê-la. "Eu vou conseguir”.

Instituto Oncoguia – O que precedeu o seu diagnóstico?
 
Karina Costa - A demora. Comecei a sentir os primeiros sintomas (ganho de peso, inchaço, dores) em julho de 2008, mas, só em 2009 fui diagnosticada de verdade. Os médicos me disseram que descobrir a doença foi difícil, principalmente, por se tratar de um câncer raro. 1 em 10 milhões de pessoas tem a doença, disse minha médica.
 
Instituto Oncoguia – E como foi viver com essa demora até o diagnóstico?
 
Karina Costa - Angustiante. Eu vivi sete meses de laboratório em laboratório. Toda semana eu tinha um exame diferente (e complicado) para fazer. Viver sem saber o que se tem é pior do que saber o que se tem. Eu pedia a Deus que os médicos logo descobrissem o que eu tinha. Precisava seguir a vida.

Instituto Oncoguia – Já diagnosticada, qual foi o primeiro passo do tratamento?
 
Karina Costa - Fiz uma cirurgia para a retirada do tumor. Foi dolorosa e a recuperação foi um pouco pesada. O pior é que depois eu tive que fazer uma nova cirurgia, pois, foi constatado que todo o tecido comprometido não tinha sido removido completamente. Depois, fiz hormonioterapia e sigo investigando.
 
Instituto Oncoguia – Porque segue investigando?
 
Karina Costa - Este tumor me fez fazer a terceira cirurgia, para retirada das glândulas supra-reinais. Ou seja, ele pode acometer outros órgãos e eu preciso cuidar disso. Para se ter uma ideia, alguns nódulos apareceram no meu seio e estão investigando. Farei uma biópsia em breve para ver do que se trata.

Instituto Oncoguia – E o que os médicos te dizem, Karina?
 
Karina Costa - Para eu ficar tranquila e não esmorecer. São sinceros, me dizem que é uma doença grave, rara, e que por isso preciso ter mais paciência do que o normal, pois não tem uma única terapia que dará certo. Preciso fazer alguns tratamentos e tomar algumas decisões. Uma delas e se faço a quarta cirurgia ou não, pois tem um nódulo no meu cérebro que está perto do tecido ocular. Eles estão avaliando se é necessário a retirada dele ou se a opção seria a radioterapia. Isso demanda tempo e paciência minha, é claro.

Instituto Oncoguia – De onde tira forças para aguentar esta jornada?
 
Karina Costa - Sem dúvida da minha família. Eles me ajudam e não medem esforços para me fazerem acreditar que tudo vai dar certo. É óbvio que eu vejo e sinto a apreensão deles, mas, não podemos fazer nada e tentam deixar a minha vida o mais tranquila possível.
 
Instituto Oncoguia – O câncer te trouxe algumas limitações? Se sim, de qual mais sente falta?
 
Karina Costa - Muitas. Sem dúvida é de trabalhar. Sou psicóloga e tinha três empregos. Hoje estou em casa, não posso trabalhar e isso me afeta muito. Por uns tempos também tive que parar de dirigir e fiquei muito triste. Hoje já posso e me sinto mais normal, mais liberta. Também tive que diminuir minhas saídas, tenho que prestar atenção em tudo o que meu corpo diz, todos ficam sempre preocupados comigo e isso não é legal. Sou jovem e gostaria de poder fazer mais coisas, mas, infelizmente ainda não é o momento. Estou lutando para que tudo volte ao normal logo, se Deus quiser.

Instituto Oncoguia – Qual foi a motivação que te fez lançar um blog?
 
Karina Costa - A vontade de compartilhar. No começo foi para eu ter um espaço para mim e, de certa forma, desabafar um pouco. Depois foi ganhando força e corpo e eu vi que ajudava outras pessoas que estavam com câncer e procuravam semelhantes para conversar. E agora é assim: um espaço para trocarmos ideias e experiências. Tem me ajudado muito, é o meu lugar, o meu trabalho, a minha força também.

Instituto Oncoguia – O futuro para você é?
 
Karina Costa - Poder vencer a doença e viver feliz como qualquer outro ser humano. Tenho lutado e me esforçado muito e tenho certeza que ainda tenho muito que fazer. Agradeço ao Oncoguia por sempre trazer histórias de superação que nos dão ânimo para continuar vivendo e lutando.
 
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