Um dos fatores mais importantes para o tratamento do câncer de mama é a presença ou ausência de metástase nos linfonodos. Na sua grande maioria, o câncer de mama se dissemina inicialmente para os linfonodos mais próximos.
A remoção do linfonodo pode ser feita de maneiras diferentes, dependendo de se os gânglios linfáticos estão aumentados, do tamanho do tumor e de outros fatores.
Tipos de cirurgia dos linfonodos
Mesmo que os linfonodos próximos não estejam aumentados, eles precisam ser investigados quanto à presença de câncer. Isso pode ser feito de duas maneiras diferentes. A biópsia do linfonodo sentinela é a forma mais comum e menos invasiva, mas em alguns casos pode ser necessária uma dissecção dos linfonodos axilares.
A cirurgia do linfonodo sentinela é muitas vezes realizada como parte da cirurgia principal para retirada do câncer de mama, mas em alguns casos pode ser feita como um procedimento separado.
Biópsia do linfonodo sentinela
O diagnóstico por meio da biópsia do linfonodo sentinela (BLS) é uma técnica que permite um estadiamento linfonodal mais acurado e sem a morbidade de uma linfadenectomia total ou radical. A BLS é um procedimento que conserva a axila e que depende da colaboração e interação da equipe cirúrgica, de medicina nuclear e dos patologistas. A linfadenectomia seletiva proporcionada pela BLS tem a vantagem de diminuir a morbidade sem comprometer a avaliação da paciente.
A identificação desse primeiro linfonodo e sua análise pelo patologista, para avaliar se tem doença (ou não), permite que, estando esse gânglio livre de doença, a paciente possa ser poupada da ressecção do restante dos linfonodos axilares. Evitar essa ressecção é importante, pois permite que a mulher não desenvolva linfedema (inchaço no braço), dor e maior risco de infecção.
Dissecção dos linfonodos axilares
Nesse procedimento, entre 10 a 40 (geralmente menos de 20) linfonodos axilares são retirados para a investigar a presença de câncer. A dissecção dos linfonodos axilares geralmente é feita no momento da mastectomia ou da cirurgia conservadora da mama, mas pode ser realizada em uma segunda cirurgia.
Pode ser necessário realizar a dissecção dos linfonodos axilares:
Efeitos colaterais da cirurgia dos linfonodos
Assim como em qualquer cirurgia pode ocorrer dor, inchaço, hemorragia, formação de coágulos sanguíneos e infecção.
Linfedema
Um possível efeito a longo prazo da cirurgia de linfonodos é o aparecimento de inchaço no braço, o que se denomina linfedema. Como qualquer excesso de líquido nos braços normalmente retorna à corrente sanguínea através do sistema linfático, a remoção dos linfonodos às vezes bloqueia a drenagem do braço, fazendo com que esse líquido se acumule.
Isso é menos comum após a biópsia do linfonodo sentinela do que na dissecção de linfonodos axilares. De 20 a 30% das mulheres que realizam dissecção axilar desenvolvem linfedema. E de 5 a 17% das mulheres que fazem biópsia do linfonodo sentinela também desenvolvem linfedema. Isso pode ser mais frequente se a mulher fizer radioterapia após a cirurgia. Às vezes, o inchaço é temporário e desaparece após algumas semanas. Mas em algumas mulheres, o linfedema persiste por um longo tempo. Se o seu braço estiver inchado, apertado ou dolorido após a cirurgia dos linfonodos, converse com seu médico e siga suas orientações.
Limitação do movimento do braço e ombro
Você também pode apresentar alguma limitação nos movimentos do braço e ombro após a cirurgia. Isso é mais comum após a dissecção do linfonodo axilar do que com o a biópsia do linfonodo sentinela. Seu médico pode indicar a realização de exercícios específicos para evitar que você tenha problemas permanentes com o braço do lado da cirurgia.
Dormência
A dormência no braço é um efeito colateral frequente porque o nervo que controla a sensibilidade passa pela área dos linfonodos axilares.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 18/09/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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