Análise das amostras de biópsia do câncer de pulmão

As amostras coletadas durante a biópsia ou outros exames de diagnóstico são enviadas ao laboratório, onde um patologista, após análises determina a existência (ou não) de doença, e em caso afirmativo, qual o tipo específico de câncer.
 
Entretanto, outros exames podem ser necessários para classificar melhor o câncer e se a doença se disseminou para outros órgãos. É muito importante descobrir onde o câncer começou, porque dependendo do tipo de neoplasia o tratamento é diferente.
 
Testes moleculares
 
Em alguns casos, são avaliadas as alterações genéticas específicas nas células cancerígenas que podem indicar quais medicamentos alvo podem ser utilizados no tratamento da doença. Por exemplo:

  • Entre 20 e 25% dos cânceres de pulmão de não pequenas células têm alterações no gene KRAS que produz a proteína KRAS anormal e ajuda as células cancerígenas a crescer e se espalhar. Os cânceres de pulmão de não pequenas células com essa mutação são, geralmente, adenocarcinomas, resistentes a outros medicamentos, como inibidores de EGFR, e são, frequentemente, diagnosticados em pessoas com histórico de tabagismo.
  • O receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) é uma proteína que aparece em grandes quantidades na superfície de 10 a 20% das células cancerígenas do câncer de pulmão de não pequenas células e as ajuda a crescer. Alguns medicamentos que têm como alvo o EGFR parecem funcionar melhor contra os cânceres de pulmão de não pequenas células com alterações no gene EGFR, que são mais frequentes em certos grupos, como não fumantes, mulheres e asiáticos. Mas esses medicamentos não parecem ser tão úteis em pacientes cujas células cancerígenas têm alterações no gene KRAS.
  • Cerca de 5% dos cânceres de pulmão de não pequenas células têm uma alteração no gene ALK. Essa alteração é mais frequentemente observada em pacientes não fumantes com adenocarcinoma. Os médicos podem testar os cânceres para alterações no gene ALK para ver se os medicamentos que têm como alvo esse gene podem ajudá-los.
  • De 1% a 2% dos cânceres de pulmão de não pequenas células têm uma mutação no gene ROS1, que responde a determinadas terapias-alvo.
  • Uma pequena porcentagem dos cânceres de pulmão de não pequenas células têm uma mutação no gene RET. Determinados medicamentos que têm como alvo as células com alterações no gene RET podem ser opções para tratar esses tumores.
  • Cerca de 5% dos cânceres de pulmão de não pequenas células têm alterações no gene BRAF. Determinados medicamentos que têm como alvo as células com alterações no gene BRAF podem ser uma opção para no tratamento desses tumores.
  • Uma pequena porcentagem de cânceres de pulmão de não pequenas células apresentam alterações no gene MET que os tornam mais propensos a responder a algumas terapias-alvo.
  • Uma pequena porcentagem de cânceres de pulmão de não pequenas células tem determinadas alterações no gene HER2 que os tornam mais propensos a responder a uma terapia-alvo.
  • Um pequeno número de cânceres de pulmão de pequenas células tem alterações em um dos genes NTRK que os torna mais propensos a responder a algumas terapias-alvo.

Esses exames moleculares são feitos em amostras coletadas durante a biópsia ou cirurgia do câncer de pulmão. Se a amostra da biópsia for pequena e os testes moleculares não puderem ser realizados, o exame poderá ser feito com o sangue retirado de uma coleta regular de sangue. Esse sangue contém o DNA de células tumorais mortas encontradas na corrente sanguínea de pacientes com câncer de pulmão avançado. A obtenção do DNA do tumor por meio de uma coleta de sangue é denominada biópsia líquida e pode ter vantagens em relação à biópsia por agulha convencional, que pode apresentar alguns riscos como, por exemplo, pneumotórax e falta de ar.
 
Exames para certas proteínas em células tumorais
 
Exames de laboratório também podem ser realizados para diagnosticar determinadas proteínas nas células cancerígenas. Por exemplo, as células do câncer de pulmão de não pequenas células podem ser verificadas para a proteína PD-L1, que pode mostrar se o tumor tem maior probabilidade de responder ao tratamento com certos medicamentos imunoterápicos.
 
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Biópsia e Citologia das Amostras.
 
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 15/08/2022, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Este conteúdo ajudou você?

Avaliação do Portal

1. O conteúdo que acaba de ler esclareceu suas dúvidas?
Péssimo O conteúdo ficou muito abaixo das minhas expectativas. Ruim Ainda fiquei com algumas dúvidas. Neutro Não fiquei satisfeito e nem insatisfeito. Bom O conteúdo esclareceu minhas dúvidas. Excelente O conteúdo superou todas as minhas expectativas.
2. De 1 a 5, qual a sua nota para o portal?
Péssimo O conteúdo ficou muito abaixo das minhas expectativas. Ruim Ainda fiquei com algumas dúvidas. Neutro Não fiquei satisfeito e nem insatisfeito. Bom O conteúdo esclareceu minhas dúvidas. Excelente O conteúdo superou todas as minhas expectativas.
3. Com a relação a nossa linguagem:
Péssimo O conteúdo ficou muito abaixo das minhas expectativas. Ruim Ainda fiquei com algumas dúvidas. Neutro Não fiquei satisfeito e nem insatisfeito. Bom O conteúdo esclareceu minhas dúvidas. Excelente O conteúdo superou todas as minhas expectativas.
4. Como você encontrou o nosso portal?
5. Ter o conteúdo da página com áudio ajudou você?
Esse site é protegido pelo reCAPTCHA e a política de privacidade e os termos de serviço do Google podem ser aplicados.
Multimídia

Acesse a galeria do TV Oncoguia e Biblioteca

Folhetos

Diferentes materiais educativos para download

Doações

Faça você também parte desta batalha

Cadastro

Mantenha-se conectado ao nosso trabalho