[Câncer Colorretal] Simone.

Compartilhando Experiência
Simone.
  • Instituto Oncoguia - Você poderia se apresentar? Simone. -
    Olá! Meu nome é Simone.
     
    Sou Neuropsicopedagoga e especialista em alfabetização e letramento. Sou mãe, professora, vovó da Liz e cuidadora do meu esposo diagnosticado há 2 anos com um adenocarcinoma colorretal metastático estágio IV.
  • Instituto Oncoguia - Quem em sua família tem/teve câncer? Simone. - Esposo.
  • Instituto Oncoguia - Sabemos que o diagnóstico de um câncer também tem um impacto grande na família, como você lidou com esse momento? Simone. - O momento do diagnóstico foi muito difícil. Foi como se um buraco imenso no chão se abrisse e eu estivesse sendo sugada por ele. Olhava o médico me falando aquele monte de coisas e sugerindo tratamentos mas eu estava em um estado de transe, como se tivesse sido abduzida. Depois do susto veio a tristeza, o choro, o medo, a sensação de lidar com a morte bem próxima e a dura tarefa de contar para os filhos e família.
  • Instituto Oncoguia - Quais foram os principais desafios enfrentados? Simone. - Os principais desafios que enfrentei foram: aprender a lidar com a bolsa de colostomia, com os sintomas e efeitos colaterais da quimioterapia, mudar a rotina da família, tentar compreender como meu esposo se sentia, já que ele sempre foi uma pessoa extremamente retraída e calada. Com a doença e o tratamento ele se fechou ainda mais, o que foi um ponto muito difícil para todos.
  • Instituto Oncoguia - De que forma você ajudou seu familiar? Simone. - O ajudei e ajudo em tudo até hoje. Todas as questões relacionadas,  principalmente sua saúde passam por mim. Marcar consultas, exames, acompanhá-lo em internações e procedimentos, cuidar da alimentação, curativos, administrar medicamentos e organizar tudo. Sou uma mistura de enfermeira, cuidadora e secretária. Faço de tudo um pouco.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou se informar sobre a doença? Isso lhe ajudou? Simone. - Sim, conversei com os médicos que cuidam dele, li artigos na internet, sites de apoio para pacientes com câncer, vídeos, palestras. Tudo que pudesse me ajudar a pelo menos  tentar entender mais sobre o assunto.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou apoio psicológico? Se sim, de que forma isso lhe ajudou? Simone. -
    Sim, mas demorei um pouco. Só depois de 1 ano de diagnóstico foi que eu percebi que precisava cuidar de mim, pois comecei a apresentar crises de pânico e ansiedade, choros, depressão, pensamentos de desespero.
     
    Já fazia tratamento com psiquiatra para depressão, mas só com medicamentos, ainda não tinha feito terapia. Posso dizer que me ajuda muito a passar por tudo com mais saúde mental e em consequência com mais estabilidade.
  • Instituto Oncoguia - Após a descoberta do câncer no seu familiar, você ficou mais atento com a sua própria saúde? De que forma você se cuida? Simone. - Fiquei muito mais atenta. Indo mais aos médicos, fazendo exames e até com meus filhos que são adultos, pois tenho cobrado deles também que se cuidem, pois se meu esposo tivesse feito exames por volta dos 30 anos teria descoberto o tumor em sua fase bem inicial e hoje aos 46 não estaria passando nada do que est́á.
  • Instituto Oncoguia - Que conselho ou dica você daria para um familiar que esta enfrentando o câncer em casa? Simone. - Tenham fé! Em Deus, na medicina e em vocês mesmo. Acreditem, tudo se ajeita, vocês vão conseguir viver da melhor maneira possível e mais confortável para todos. Não será fácil, mas é possível! Cuidem-se, o paciente precisa de pessoas que se sentem bem ao redor dele, para que ele se sinta seguro e tranquilo.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Instituto Oncoguia? Simone. - Através de uma pesquisa sobre câncer avançado.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Simone. - Continuem, o site é maravilhoso!
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