[Câncer de Mama] Valéria Paiva De Araújo

Aprendendo com Você
Valéria Paiva de Araújo
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Valéria - Tenho 52 anos, solteira, um filho com 31 anos, casado, um neto lindo com 6 anos e sou aposentada.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Valéria - Ao sentir uma leve coceira na pele da mama esquerda, senti um nódulo que nunca esteve ali, fui ao ginecologista e ele me encaminhou para o Hospital de Câncer de Barretos. Eu estava com 39 anos.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Valéria - Nunca senti absolutamente nada.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Valéria - Naquela época, o contingente de pacientes era muito grande (ainda hoje é, mas os investimentos e retornos da excelente administração do Sr. Henrique Prata, melhoraram em muito tudo isto), então o tempo levado para se diagnosticar corretamente e iniciar o protocolo era muito longo.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Valéria - Devastada. Pensei que eu tinha na época um filho com 17 anos e que havia acabado de entrar na faculdade de Direito, que tinha um companheiro totalmente dependente psicologicamente da minha estrutura, foi um caos.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Valéria - Não saber até onde o câncer poderia já ter me atingido.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Valéria - Na época, foi em 2002, eu fiz quadrantectomia com esvaziamento axilar esquerdo, 6 sessões de quimioterapia de série branca a cada 21 dias e 28 aplicações de radioterapia. Não tive efeitos colaterais da quimio, passei muito bem por todas as fases. Após 9 anos, o mesmo tipo de câncer voltou, desta vez do lado direito, então fiz também quadrantectomia e radioterapia apenas, não foi necessária quimioterapia porque o tumor era minúsculo.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Valéria - Na verdade acho que foi a radioterapia, pois me queima bastante.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Valéria - Não tive efeitos colaterais na quimio, graças a Deus, apenas na radioterapia é que a pele queimou bastante e incomodava um pouco.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Valéria - Maravilhosa! Todos os médicos que me acompanharam e acompanham foram muito sensíveis, compreensivos, carinhosos, gentis, foram excelentes.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Valéria - Sim, nutricionista para cuidar bem da alimentação e psicólogo e psiquiatra.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Valéria - Tanto psicólogo, quanto psiquiatra foram de suma importância, a saúde mental fica abalada, a depressão vem grave e sem equilíbrio, é mais fácil sucumbir ao desânimo. Melhorou a minha qualidade de vida demais. Acho porém que isto deve se estender também aos cuidadores dos pacientes, pois muitas vezes, eles adoecem mais do que a gente por medo de nos perderem.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Valéria - Estou curada e de alta médica dos dois seios, apenas fazendo manutenção preventiva uma vez ao ano.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Valéria - Aposentei devido ao câncer.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Valéria - Não precisei, tudo foi feito administrativamente através do departamento de saúde do meu trabalho, onde eu era funcionária pública municipal.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Valéria - Viver apenas... Da melhor maneira possível...
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Valéria - Tudo na vida tem jeito e com a tecnologia que temos fica muito mais fácil enfrentar, tratar e curar muitos tipos de câncer, ou se não, com certeza prolongar com qualidade nosso tempo aqui na Terra. Confiança, fé, bom ânimo, mente sadia e espiritualidade farão toda a diferença num processo de cura. É ruim, pode ser demorado, mas vem!
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Valéria - Através do Facebook.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Valéria - Apenas a de nos manter sempre informados em relação à doença, pois ainda há muita ignorância, preconceito e inverdades sobre isto, e quanto mais informações, melhor podemos ajudar e dar esperanças a quem precisar.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Valéria - Acho que deveriam agilizar os processos diagnósticos e investimentos na tecnologia que possam resolver, tratar e ter bom êxito no objetivo, que é a cura.
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