[Câncer de Mama] Sylvia Barsotti

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Sylvia - Tenho 55 anos, sou casada e sou funcionária pública aposentada. Não tenho filhos. Nasci e moro em São Paulo, Capital.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Sylvia - Através de exame de rotina: mamografia. O ultrassom não detectou absolutamente nada.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Sylvia - Não havia nenhum sintoma.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Sylvia - Não encontrei dificuldades. O diagnóstico final veio através de uma mamotomia. E o tipo de câncer foi diagnosticado após a cirurgia em exame laboratorial. Tenho o temido HER2. Como foi detectado bem no início, não houve metástase e nem comprometimento dos gânglios. Só retirei o sentinela para verificação e deu negativo.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Sylvia - Fiquei preocupada, claro, mas muito tranquila. Meus médicos são excelentes e senti muita confiança na condução do tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Sylvia - Como contar para minha família.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Sylvia - Sim. Fiz a cirurgia (mastectomia total), fiz as 6 sessões de quimioterapia e agora sigo com as aplicações de herceptin, que irão durar um ano. A quimio foi relativamente tranquila, considerando o que havia ouvido até então sobre o tratamento em outras pessoas. Tive alguns efeitos colaterais (um diferente do outro após cada sessão): queda de cabelo, fadiga, ondas de calor, infecção e queda das unhas, inchaço nas pernas. Mas tudo bem passageiro. O que mais deu trabalho foi a infecção das unhas, que foi bastante dolorida e incômoda.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Sylvia - Para mim, não houve tratamento difícil. A cirurgia foi tranquila, a recuperação também, a quimio foi leve e o herceptin é bem tranquilo.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Sylvia - Sim, como expliquei no item 7. O apoio de meu marido e de minha mãe foram bastante importantes para enfrentar estes efeitos. A infecção nas unhas, o efeito mais incômodo, me impediu de realizar tarefas simples, como me trocar, cozinhar, e até tomar banho e ir ao banheiro.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Sylvia - Excelente. Não poderia ter escolhido melhor profissional.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Sylvia - Sim, meu ginecologista que pediu o exame e detectou o câncer. Uma mastologista, que me operou, e está acompanhando meu tratamento, e um vascular que colocou o cateter para aplicação da quimio. Todos excelentes profissionais.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Sylvia - Não senti necessidade.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Sylvia - Minha vida está ótima. Sou muito grata pela forma como fui conduzida em todo este processo. A partir do momento em que descobri que tinha câncer, minha vida mudou para melhor. Aprofundei minhas reflexões sobre a vida, sua finalidade, meus reais objetivos. Além disso, estabeleci novas prioridades, mudei comportamentos, alimentação e muito mais. Hoje sou outra pessoa. Ser espiritualizada fez toda a diferença. Quando se entende por que as coisas acontecem, é possível passar por elas de forma consciente e feliz.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Sylvia - Quando pensei em me aposentar, tinha vários planos, que por ora estão em compasso de espera. Trabalho com artesanato e enquanto minhas unhas não estiverem completamente recuperadas, este projeto vai ter que esperar. Mas logo, logo serei capaz de realizar meus trabalhos.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Sylvia - Sim, tomei providências para adquirir um carro especial, com os descontos previstos em lei. Também pedi isenção do rodízio de veículos que há em SP e isenção do pagamento do IRF na minha aposentadoria.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Sylvia - Aprofundar meus estudos espirituais, concretizar meus planos de trabalhar com meu artesanato. Penso também em ser voluntária em alguma instituição que trate pacientes com câncer.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Sylvia - Seja positivo. Não se deixe levar por pensamentos negativos, mesmo nos momentos ruins. Boa parte do sucesso de um tratamento é a atitude positiva do paciente. Esta atitude também ajuda os médicos que estão te tratando. Um sentimento positivo é capaz de crescer e se fortalecer, ajudando você nesta luta. Pergunte tudo a seu médico, já que ele sabe melhor do que ninguém sobre o seu caso. Ouvir outras pessoas, outras experiências é importante para dar um norte, um apoio, mas um câncer não é igual a outro, já que cada organismo reage a esta doença também de forma singular a cada um.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Sylvia - Através da internet.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Sylvia - Não encontrei nenhuma informação sobre o meu tipo de câncer (HER2) no site de vocês. Gostaria que fosse abordado.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Sylvia - A situação do atendimento público na área da saúde em nosso país é lamentável. Felizmente, possuo convênio médico, caso contrário, não sei como estaria hoje, já que meu tipo de câncer é bastante agressivo se não tratado adequadamente. Já que devo deixar um recado para os políticos brasileiros, digo: façam pela saúde pública como se precisassem dela, como se só pudessem dela se utilizar. Coloquem-se no lugar dos milhares de pacientes que recebem diagnóstico de câncer e se desesperam diante das dificuldades para um tratamento digno e adequado. De que adianta um diagnóstico precoce se o tratamento não ocorre a contento?
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