[Câncer de Rim] Sonia Fernandes Rosas

Aprendendo com Você
Sonia Fernandes Rosas
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Sonia - Sou advogada, tenho 53 anos de idade, casada, sou do Acre.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Sonia - Descobri quando fiz uma Ultrassom para verificar se meu grau de esteatose havia baixado. O médico durante o exame disse que eu tinha um nódulo no rim esquerdo, mas que meu problema no fígado era tão grave que ele nem estava preocupado com o rim. Eu perguntei se ao chegar no Acre eu teria que procurar um urologista, ele respondeu que não. Que meu fígado estava tão mal, que diante do nódulo no rim este não significava nada.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Sonia - A única coisa que percebi foi que eu urinava e ficava com a sensação de que minha bexiga não esvaziava. Eu voltava novamente para terminar de urinar, mas continuava com a mesma sensação. Só isso! Depois da cirurgia o problema acabou. Urino normal, minha bexiga esvazia, graças a Deus estou me sentindo muito bem. Ainda sinto algumas dores do lado esquerdo, não são dores fortes, é mais quando me deito de lado.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Sonia - Eu resolvi ir a um urólogo, que me pediu uma tomografia e fechou meu diagnóstico, me pedindo que viajasse urgente para um Centro mais avançado para operar o mais rápido possível. Na verdade, a única coisa que poderia ter me prejudicado foi a opinião do médico que fez minha ultrassom, como já declinei.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Sonia - Quando soube eu fiquei triste, eu senti na hora que se tratava de um tumor maligno, embora todos me dissessem que não. Pensei, só tenho 53 anos, será que é o início de uma luta demorada, ou vou ficar curada?
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Sonia - Minha maior preocupação foi fazer minha mãe sofrer, caso eu não ficasse boa, e também a expectativa de passar por quimioterapia ou radioterapia.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Sonia - Eu fui operada há 1 mês no ICC de Fortaleza CE. O tumor apesar de maligno estava no início e não tinha raiz, nem gânglios. Havia um cisto próximo, que também foi retirado. Devido o nível 1 não foi preciso nem de químio, nem de radio. Preciso fazer os retornos para acompanhar até não ter mais risco. Meu médico disse que vou ficar boa.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Sonia - Eu estou muito feliz com o sucesso da minha cirurgia. Confiei e confio primeiramente em Deus, meu guia e protetor. Depois confiei e confio muito no meu médico, o Dr. Marcone Tavares, que me deu muita força e disse que vou ficar curada. Eu imagino que o tratamento mais difícil seja passar pelo processo de quimioterapia ou radioterapia. Vejo pacientes sofrendo muito com as reações. Muda o tom da pele, sofrem muito durante essa fase.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Sonia - Não.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Sonia - Gostei muito do meu médico. Muito humano, parecia que já nos conhecíamos há mais tempo. Tratou muito muito bem meu esposo. Nos explicou pacientemente todo processo. Foi muito amoroso. Gostamos muito. Um grande profissional acima de tudo.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Sonia - Gostei muito da equipe que ajudou o meu médico, desde o anestesista até as enfermeiras e técnicos. Fui muito bem assistida.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Sonia - Não precisei. Até mesmo por que na fase em que estava o câncer, apesar de ter sido descoberto há 1 ano, não houve tanto dano, só foi retirado 20 por cento do meu rim. E meu médico disse que a cirurgia foi um sucesso e que ele estava muito satisfeito com o resultado. Acredito que tudo isso contribui para o meu bem estar hoje. Além de minha fé em Deus, meu porto seguro.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Sonia - Como faz 1 mês que passei pelo processo da cirurgia, estou ainda em repouso em minha casa, afastada do serviço, pois também tenho um cargo público. Mas estou muito bem, graças a Deus e ao médico que cuidou de mim em tempo.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Sonia - Estou afastada por 2 meses.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Sonia - Para me afastar eu passei pela junta médica do meu Estado.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Sonia - Cuidar de minha saúde. Eu só trabalhava noite e dia, não pensava em mim. Sempre pensei nos outros, no trabalho, mas não cuidava de mim, não fazia atividade física, aliás, tentei várias vezes e parava. Não tinha hora para descansar, para dormir, minha alimentação era toda errada. Enfim, tudo errado!
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Sonia - Que não fique triste, foque em Deus e tenha forças que irá vencer. Procure bons profissionais e cumpra as etapas que precisar. Não desista nunca!
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Sonia - Pela internet.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Sonia - Estou navegando pelo site há pouco tempo. Mas uma coisa que tenho sentido muita falta é de ter contato com pacientes que passaram pela mesma cirurgia que eu, para nos comunicarmos, trocarmos figurinhas, falarmos das fases subsequentes. Mantermos uma relação de amizade para nos ajudarmos.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Sonia - É necessário um olhar mais humanizado e comprometido. Recursos financeiros para a melhoria do sistema em todos os sentidos, como investimento em tecnologias modernas, contratação de profissionais especializados, capacitação, treinamento, um sistema de atendimento célere, transparente, seguro, isonomia, imparcialidade, moralidade por parte dos dirigentes. São tantas as necessidades, desde um atendimento digno, com respeito e humanizado, higienização, adequação dos espaços, compras de leitos, material, até a limpeza. Há muito descaso na rede pública. Atendimentos sem o mínimo de segurança. Pacientes nos corredores agonizando, sendo mal tratados pelos próprios servidores. Pessoas que são pagas por meio do pagamento de nossos impostos. A marcação de consultas, exames e cirurgias deveria ser célere. Quantos bilhões são arrecadados e desses valores há os desvios de verbas, os roubos dos cofres públicos para alimentar a corrupção. É lamentável!
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