[Câncer de Mama Avançado] Silvana

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Silvana - 51 anos, médica, sem filhos, tenho uma companheira e moro em São Paulo, Capital.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Silvana - Em 2003, com exames periódicos, foi detectado nódulo em mama direita pela mamografia, ultrassonografia e confirmado pela Ressonância Magnética de mama.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Silvana - Nenhum sinal ou sintoma.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Silvana - A demora de um mês, mesmo sendo feito consultas com oncologista rapidamente, realizando a ressonância de forma particular, pois naquela época não era coberta pelo convênio, após a mamotomia e o aguardo do laudo da biópsia e saber que sou triplo negativa.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Silvana - Fiquei muito triste, mas falei a mim mesma "não vou morrer disso!!!" Pensei em toda mudança que poderia acarretar em minha vida durante o tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Silvana - Queria viver.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Silvana - Fiz a cirurgia em 2003, com reconstrução imediata da mama no ato cirúrgico. Após, fiz quimioterapia e fiquei bem até 2016, quando apareceu uma tosse que não cessava, fui fazer Rx Tórax, TC Tórax e havia nódulo pulmonar metastático de mama. Voltei a fazer a Quimio e desde 2017 tomo quimiterápico via oral. Enfrentar o período anterior à cirurgia , até realizá-la foi muito difícil, pela impotência, sem saber como ficaria meu corpo após, se retirariam muitos linfonodos. Após a cirurgia, a readaptação ao novo corpo foi demorada, mas consegui. Quanto aos efeitos colaterais da Quimioterapia endovenosa, tive muitos, principalmente queda da imunidade que gerava febre, tremores, dores importantes no corpo e precisava de granulokine além de muito repouso.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Silvana - Os efeitos de queda de imunidade da quimioterapia, por deixar muito fraca.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Silvana - Os descritos acima: acupuntura, meditação e a medicina chinesa me ajudaram muito.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Silvana - Ótima, sempre muito cuidadosa, amiga e sincera comigo.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Silvana - Psicanalista e acupuntura. A parte espiritual ajudou muito.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Silvana - Faço psicanálise e a importância do analista nessa fase de doença foi essencial para poder falar sobre o sofrimento, os medos, as vitórias de cada dia após o tratamento, conseguir lidar com as impotências vividas nessa fase e com todas as mudanças que o nosso organismo sofre. Não somos mais a mesma pessoa.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Silvana - Está boa, voltei a conseguir viajar, me divertir. Com maior cansaço, mas aproveitando bastante.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Silvana - Nunca parei de trabalhar durante os tratamentos, quando cansada, não trabalhava, mas quando melhor eu ia atender meus pacientes, tinha uma rotina, no primeiro dia após a quimioterapia eu trabalhava, no segundo e terceiro ficava em casa, depois retornava ao consultório.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Silvana - Sim, FGTS e carro para PCD.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Silvana - Continuar vivendo e aproveitando os momentos.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Silvana - Que a pessoa se sente sozinha, mas não está, o sofrimento é único, é dela, mas quem passa ou trabalha com pessoas com câncer conseguem entender esse sofrimento, então não relutar em pedir ajuda. As limitações existem mas, não impedem de viver. Respeitar cada momento de seu corpo, aprender a conhecer o corpo:"se não dá, não faz". Por mais que em alguns momentos do tratamento achamos que não aguentaremos, perceber que temos de confiar e não desistir. Viver "só por hoje", assim o tempo do tratamento passa mais rápido.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Silvana - Desde o início do trabalho de vocês conheci através de indicação do Instituto 4 Estações.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Silvana - Continuarem com essa luta em prol dos pacientes.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Silvana - Para minimizarem o tempo de espera para exames , rapidez no diagnóstico e tratamento aos pacientes.
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