[Câncer de Mama Avançado] Sheila Martins Da Silva

Aprendendo com Você

• Essa entrevista foi preenchida em 28/08/2018

• Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Sheila - 37 anos, diagnosticada pela primeira vez aos 35 anos e grávida de 4 meses. Sou enfermeira, tenho 1 filha, a Manuella, e sou solteira. O pai da minha filha assumiu, mas após 8 anos de envolvimento me deixou após a descoberta do câncer. Sou de Minas Gerais.
• Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Sheila - Através do autoexame.
• Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Sheila - Nódulo palpável na mama.
• Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Sheila - No início foi tratado como um simples nódulo... Com características de benigno. Após a gravidez desenvolveu rápido... Sendo realizada então a biópsia.
• Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Sheila - Medo, insegurança e impotência... Que não conseguiria ter minha... Na queda do cabelo ... Nas dificuldades de um tratamento.
• Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Sheila - Morrer e não ter minha filha ou vê-la crescer.
• Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Sheila - Sim... Quimioterapia oral. Já fiz a quimioterapia e endovenosa pela segunda vez. Não obtive um bom resultado e suspenderam... Realizando a mastectomia modificada com esvaziamento axilar.
• Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Sheila - A quimioterapia... Sofri e estou sofrendo com os efeitos colaterais.
• Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Sheila - Enjoo... Fraqueza... Dores pelo corpo e falta de apetite. Não deixei me abater. Me forçava as vezes a levantar. A caminhar, comer... Ouvia e seguia todas as orientações médicas.
• Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Sheila - De confiança... Tenho e sempre tive fácil acesso ao meu oncologista... Sempre que precisava recorria a ele...
• Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Sheila - Farmacêuticos e com psicólogos.
• Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Sheila - De extrema importância... As vezes a dificuldade de falar com um familiar ou amigo de se sentir compreendido ou não ser julgado... Te levam a não falar sobre o q está sentindo .. E esse profissional também de ensina a lidar melhor com as emoções.
• Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Sheila - Lutando bastante contra a recidiva do câncer de mama e com os efeitos da quimioterapia e aprendendo a lidar com a ausência da mama.
• Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Sheila - Estou afastada pelo INSS.
• Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Sheila - Só o afastamento pelo INSS. Os outros ainda não foram necessários.
• Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Sheila - Ser curada, criar minha filha e viajar muito.
• Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Sheila - Não ter medo de buscar ajuda tanto física como espiritual... Falar sobre o assunto e se informar sempre.
• Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Sheila - Através do Instagram.
• Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Sheila - Não.
• Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Sheila - A saúde do nosso país está um caos... Políticos apoiem mais as pesquisas para enfrentamos e renovarmos no tratamento dessa doença que atinge não somente os pacientes mas também seus familiares. Invistam mais em saúde, a uma necessidade de agilizar os tratamentos, diagnósticos e exames... Pois essa luta é também contra o tempo.