[Câncer de Mama] Sara Stainki

Aprendendo com Você
Sara Stainki
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Sara - Tenho 45 anos, 2 filhos (de 14 e 28 anos), sou divorciada e trabalho na higienização de um hospital aqui na minha cidade (Tubarão/SC).
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Sara - Comecei a sentir uma dor no seio direito, tipo uma queimação e também no mamilo. Dizem que câncer não dói, mas o meu caso foi graças a dor que o descobri, não sentia o nódulo.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Sara - Sim, senti dor, bastante dor. Só comecei a sentir o nódulo depois de uns 2 meses.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Sara - Pelo SUS tudo é mais demorado. Fazer a biópsia, esperar o resultado... Bom, desde a primeira consulta para pedir o ultrassom e depois a mamografia, já havia demorado muito. Até pegar o resultado da biópsia e leva-lo ao oncologista, foi uma tortura de demora.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Sara - Eu peguei o resultado e fui pesquisar na internet, pois não havia entendido o que estava escrito. Achei que estava preparada, mas quando vi que "Carcinoma Ductal Invasivo" queria dizer câncer, nossa, me desmoronei. Chorei bastante.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Sara - Medo de morrer e de deixar meus filhos, não poder curtir futuros netos, viver até ficar velhinha.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Sara - Já fiz quatro quimios vermelhas e iniciei a quimio branca. A vermelha me deu muitas náuseas e fraqueza, ficava 8 dias aborrecida. Mas depois passava tudo. A branca me deu dor no corpo, principalmente nas pernas e na mama que tem o tumor, mas achei mais tolerável essa. Tomei analgésicos e aliviada. Bom, são 8 quimios que preciso fazer, já fiz 5 e faltam 3. Depois, vou para cirurgia. Tive que fazer as quimios primeiro porque estava com uma íngua nas axilas.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Sara - Bom, por enquanto só fiz quimio, mas pelo que já ouvi de todos a quimio é pior, pelos efeitos colaterais e pela perda de cabelo, além da baixa da imunidade.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Sara - Sim, senti enjoos, fraqueza, cansaço, dores no corpo. Para os enjoos, tomei bastante suco de limão e de laranja. Pesquisei sobre os alimentos e descobri que esses sucos eram muito bons para o tratamento - e que o limão era um inimigo para o câncer, pois o tumor não gosta de alimentos ácidos. Então tomo bastante suco, me ajuda também com a sede.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Sara - Muito boa. É atenciosa, trata com muito carinho, explica tudo. Isso é muito bom para quem tem câncer: A atenção e a paciência desses médicos. Ficamos muito frágeis.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Sara - Só com o oncologista, por enquanto.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Sara - Não faço acompanhamento. Minha ajuda foi o apoio dos meus filhos, parentes e amigos. Estou indo na igreja, oro bastante... Meu psicólogo é Deus. Se não fosse minha fé, não aguentaria.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Sara - Enfrentando o tratamento bem, com a certeza e fé que vou ficar curada. Faço piadas de mim mesma sobre minha careca, dou risada e saio com os meus filhos para passear. As vezes vou em alguma festa com as minhas amigas e assim vou levando a vida.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Sara - Me "encostei" na primeira consulta, pois a médica já me deu o atestado. Tive que fazer os exames antes da quimio e são muito. Depois da quimio, não tive condições de continuar trabalhando. Meu trabalho é muito puxado, porque trabalho com limpeza.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Sara - Sim, tive direito de sacar meu fundo de garantia.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Sara - Viver intensamente, curtir a família, amigos, aproveitar cada segundo e ainda poder realizar meu sonho: Ter minha casa própria. Poder passar minha velhice ou até ontem Deus permitir.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Sara - Que não se abale. Se tiver vontade de chorar, chore, mas faça isso só uma vez. Respire fundo e tenha força, principalmente fé. Para Deus, nada é impossível. Hoje em dia o tratamento está mais avançado e a chance de cura é bem maior.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Sara - Pela internet - Facebook.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Sara - Continuem a ajudar as pessoas. De tudo um pouco, já faz a diferença. Parabéns.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Sara -

    Eu acho que deveria ter mais prioridade para esse tipo de doença. Em tudo: consultas, exames, cirurgias... Deveria ser mais rápido, porque tudo é uma questão de tempo, quanto mais rápido o tratamento, melhor a cura.

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