[Câncer de Mama] Rita De Cassia Goulart Da Silva

Aprendendo com Você
Rita de Cassia Goulart da Silva
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Rita - 38 anos, auxiliar administrativo, uma filha, casada.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Rita - Através dos exames de mamografia, ecografia e biópsia.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Rita - No início sentia um desconforto na mama e após algum tempo sentia o nódulo ao toca-la.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Rita - Na minha opinião as dificuldades foram quando notei pela primeira vez que havia alguma coisa errada com a minha mama esquerda, porém o diagnóstico veio quase um ano após, talvez por falha minha e da ginecologista. No autoexame, ao tocar senti que a mama esquerda estava diferente da mama direita. Então na consulta com a ginecologista em abril de 2014, comentei com ela. A ginecologista examinou porém não identificou nada suspeito. Não tinha idade para realizar a mamografia e também não tinha parente próximo com diagnóstico de câncer de mama (tem dois casos na família porém são primas da minha mãe). Então a ginecologista orientou-me a continuar observando a mama. Foi o que eu fiz, então no final de janeiro de 2015, retornei a minha ginecologista para consulta, pois já conseguia tocar o nódulo. Ocasião na qual então ela me encaminhou para realizar a mamografia e ecografia mamária. Realizei ainda uma biópsia e fui encaminhada ao mastologista e oncologista.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Rita - Fácil não foi, mas me senti pior quando ainda estava na dúvida, antes de saber os resultados dos exames. A sensação é horrível, no primeiro momento você só pensa na morte, qual tipo de câncer, qual o tratamento e até a tua crença, a tua fé desaparece nesse momento. Tu pensa na tua família, que vai deixa-los, como irão reagir. "Como contar para eles?". No primeiro momento não contei para ninguém que estava realizando exames e que a suspeita era de câncer de mama. Foi horrível, Eu escondia o choro, a angústia, até que não aguentei mais e contei para minha irmã, pessoa que está sendo fundamental para minha recuperação me ajudando, indo nas consultas e exames comigo.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Rita - Após a confirmação do diagnóstico a maior preocupação era de começar logo o tratamento e me livrar dessa doença.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Rita - Já comecei o tratamento. Vou realizar 8 sessões de quimioterapia, na qual já realizei 4 sessões, para depois realizar a cirurgia.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Rita - Como realizei até este momento somente a quimioterapia, creio que o mais difícil é lidar com os efeitos colaterais da quimioterapia.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Rita - No meu caso, tenho dores de cabeça, muito cansaço e as náuseas, apesar de controladas com medicamentos, também incomodam. Com relação a perda do cabelo, não posso dizer que é fácil olhar no espelho no primeiro momento, mas sei que é passageiro e que ele cresce novamente. Agora já até me acostumei com a "careca". Logo após o diagnóstico comecei a ler e pesquisar na internet sobre a doença e os tratamentos, procurei um Grupo de Apoio chamado "Viamma" aqui da minha cidade e lá conversei com pessoas que passaram ou estão passando pela mesma situação e que me servem de exemplo de que tudo passa e eu vou conseguir sair dessa. Esse contato antes de iniciar o tratamento foi muito importante para mim. Muito importante também é a família, os amigos, e a tua crença. Sou espírita e isso me ajudou bastante, pois passado o impacto da notícia comecei a encarar esse momento como um período para reflexão da minha vida e uma oportunidade para rever algumas coisas, oportunidade de crescimento e evolução como pessoa.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Rita - Muito boa, ele esclarece todas minhas dúvidas, sempre buscando alternativas para que eu possa realizar o tratamento da melhor forma possível, minimizando os efeitos colaterais. Só tenho a agradecer a acolhida e a dedicação.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Rita - Sim, faço acompanhamento com o mastologista também e com a equipe do centro de quimioterapia: enfermeiros, nutricionista e psicólogos.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Rita - Na verdade, conversei uma vez com um psicólogo do centro de quimioterapia, na qual se colocou a disposição caso eu ou a minha família tenham necessidade.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Rita - Estou realizando as quimioterapias, cuidando da alimentação, fazendo tudo que me é recomendado para não haver nenhuma intercorrência e poder concluir logo esta etapa. Estou afastado do meu trabalho, então estou aproveitando para fazer coisas que antes não conseguia fazer, pois dedicava muito tempo para o trabalho deixando de lado o resto. As vezes me bate uma angústia, um medo, mas faço uma prece, lembro das minhas amigas do Viamma que superaram a doença, da minha filha, dos meus familiares e amigos que estão me dando muita força e torcendo por mim. Aí me animo e sigo em frente...
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Rita - Estou afastada para realizar o tratamento. No primeiro momento até pensei em não parar de trabalhar, mas o meu ambiente de trabalho é muito estressante e exigia muito de mim - o que talvez me prejudicasse e dificultasse o meu tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Rita - Por enquanto, solicitei o afastamento do trabalho. Trabalho em uma Prefeitura e temos previdência própria, então foi tranquilo o encaminhamento e concessão da licença. A principio vou ficar 180 dias afastada para realizar as quimioterapias e a cirurgia.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Rita - Neste momento não estou pensando muito no futuro, pois a minha prioridade é me curar. Mas espero que esta experiência faça com que eu aprenda a me amar mais, cuidar mais de mim, no meu dia-a-dia, cuidar da minha família e aproveitar mais as coisas boas da vida.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Rita - Em primeiro lugar, mesmo que seja difícil, é importante afastar os pensamentos negativos, procurar informação, tirar todas as dúvidas com o seu médico e acima de tudo, independente da sua crença, ter fé e confiança, pois o câncer tem cura.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Rita - Através da Viamma, Grupo de Apoio e Prevenção ao câncer de mama, em Viamão/RS.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Rita - A principio não, pois acho o site de vocês bem completo. Aproveito para parabenizá-los pelo belo trabalho.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Rita - Facilitar o acesso aos tratamentos, consultas e exames. Muito já se avançou com relação a prevenção, diagnóstico e tratamento, mas ainda temos muito a fazer. Ainda há medicamentos, por exemplo, que não são fornecidos pelo SUS.
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