[Câncer Colorretal] Mychelle Da Silva Dias Lima

Aprendendo com Você
Mychelle da Silva Dias Lima
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Mychelle - Tenho 37 anos, noiva, tenho um filho de 17 anos especial, moro em São Paulo, Capital.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Mychelle - Foi no exame colonoscopia onde não passou a sonda, após o fim do exame o médico chamou meu noivo e falou que tinha uma lesão, porém tinha visto o pedido da biópsia escrito adenocarcinoma.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Mychelle - Sim, tive sangramento anal e após um tempo tive diarreia frequentes e depois dificuldade para ir ao banheiro. Mas nunca falaram que poderia ser câncer, falaram em intolerância a glúten, síndrome intestino irritável, entre outras.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Mychelle - Não tive dificuldades em fechar o diagnóstico, pois no mesmo dia do exame meu médico entrou em contato com médico que realizou o exame e ele já estava convicto que era um tumor, e logo já fui encaminhada para o cirurgião.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Mychelle - O diagnóstico abala, pois já pensamos no pior, porém só pensava no meu filho pois ele é especial aí pensei "com quem vou deixá-lo se caso acontecer algo comigo? Quem vai sustentar?". Sou mãe solteira e ele depende de mim, mas o que mais me abalou mesmo foi quando soube que estava com metástases no fígado.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Mychelle - Minha maior preocupação foi justamente pelo meu filho e como que eu ia me virar com essa doença, pois ela ia me afastar do meu emprego.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Mychelle - Eu já comecei meu tratamento em março, eu operei o intestino fiz retosigmedoctomia, há uma semana atrás comecei a fazer quimioterapia onde irei realizar 12 aplicações e mês que vem irei fazer a cirurgia do fígado.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Mychelle - Acho que todos os tratamentos são difíceis, porém depende de nós, tudo que é novo e que mexe com nós, mas a quimioterapia ainda abala, só o nome assusta, eu já cheguei no ambulatório com muito medo.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Mychelle - A minha quimioterapia é administrada em 46 horas, venho para casa, com uma bomba e retorno para retira após o término. O primeiro dia não dormi, pois a pré-químio tinha uma medicação que dava insônia, fui sentir sintomas quando faltava umas 2 horas para terminar a infusão, senti muito cansaço, dor de cabeça e náuseas. Mas após dois dias sumiu.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Mychelle - Tenho uma boa relação com médico, ele está em todas as horas que necessito, sabe da minha toda, pois a primeira consulta eles perguntam até de quando você era criança e outra querendo ou não dependemos deles para o melhor tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Mychelle - Tive o médico gastro cirurgião, no qual ainda vai me operar novamente, equipe de enfermagem, fisioterapeuta e psicólogo na internação, no qual me ajudou muito.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Mychelle - Fiz tratamento psicológico no hospital, pois estava deixando o vício de fumar, e confesso que é difícil, eles aproveitaram e já analisaram meu emocional também. Mas se eu ver que hoje preciso, com certeza irei atrás.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Mychelle - Hoje estou afastada do serviço por um período mínimo de 06 meses, devido à quimioterapia, sou profissional da saúde, e trabalho no pronto socorro, lá vimos que eu não seria produtiva enquanto estivesse fazendo o tratamento, pois é corrido e minha imunidade não ia aguentar, portanto fico em casa aproveitando mais o meu filho. E a semana que estou bem, procuro sempre fazer algo.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Mychelle - Tive que parar temporariamente.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Mychelle - Busquei o FGTS que estava retido e auxílio doença.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Mychelle - Irei casar em setembro, não quero desanimar, pois eu já tinha planos antes dessa doença aparecer. Enquanto eu tiver forças, vou seguir normalmente e lógico quero ver meu filho crescer.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Mychelle - Daria a seguinte sugestão: primeiramente cada caso é um caso não se abala se seu vizinho morreu com a mesma doença que você tem se não você vai ficar louco, o Google não é lugar para diagnosticar e se tratar e sim para se ter noção dos seus direitos e os caminhos a seguir. A melhor pessoa para te ajudar nesse momento é o oncologista.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Mychelle - Pelo facebook.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Mychelle - Acho o site de vocês genial, fui na palestra na assembleia e gostei de como tratam o assunto.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Mychelle - Acho quem somente sente na pele, sabe o tamanho a dor e dificuldade de enfrentar, hoje eu agradeço por eu ter um tratamento digno, pois a empresa que trabalho me estabeleceu, mas e quem depende do SUS, que às vezes nem chega a químio de tanta burocracia, TEMPO É VIDA!
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