[Linfoma Não Hodgkin ] Marli Spessimille

Aprendendo com Você

• Essa entrevista foi preenchida em 29/05/2015

• Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Marli - Marli Spessimille, solteira, 48 anos, não tenho filhos e minha profissão era vendedora de uma loja de confecção até eu descobrir que estava com linfoma folicular abdominal.
• Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Marli - Tudo começou com um inchaço na minha perna direita. Fiz uma cirurgia de varizes, mas 40 dias depois minha perna voltou a inchar novamente. Ai fiz uma tomografia e descobri que estava com linfoma folicular abdominal.
• Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Marli - O sintoma foi o inchaço na perna direita. Meu abdômen também ficou inchado, eu quase não podia andar por que minha perna ficava muito inchada e pesada. Em certos alimentos que eu comia a minha barriga ficava enorme.
• Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Marli - Nenhum, tudo foi feito muito rapidamente.
• Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Marli - Fiquei desesperada. Chorei muito comecei a odiar tudo e a todos, mas com o passar do tempo vi que não era o fim. Me apeguei com Deus e encarei tudo com serenidade.
• Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Marli - Muito medo de morrer, de ficar penando em cima de uma cama... Fiquei careca, mas fiz tudo o que tinha que ser feito.
• Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Marli - Eu achei tudo normal e divertido. Fiz 20 sessões de radioterapia, tomei 6 doses de quimioterapia vermelha e enfrentei tudo com naturalidade e muito otimismo. Hoje, dois anos depois, faço acompanhamento a cada 90 dias. Se tudo correr bem, em outubro eu termino tudo graças a Deus.
• Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Marli - As quimioterapias. Pois elas tem várias reações e tem pacientes que são fracos, deprimidos e não tem como ter forças para resistir a reação dos medicamentos.
• Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Marli - Os efeitos que senti foram poucos, só dor no corpo. Eu tomava muito líquidos e sentia muita fé em Deus. Nunca deixei me abalar e ainda ajudava cuidar da minha mãe que era enferma.
• Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Marli - A melhor possível. Minha médica é um anjo na minha vida.
• Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Marli - Não, eu não faço acompanhamento psicológico. Não preciso.
• Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Marli - Estou ótima, levo uma vida normal.
• Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Marli - Parei de trabalhar, vivo com auxílio doença.
• Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Marli - Busque sim auxílio doença.
• Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Marli - Quero voltar trabalhar, ter uma vida normal como eu tinha. Quero ser feliz e ajudar as pessoas entenderem que o câncer não é uma sentença de morte e que Deus tem planos para nós.
• Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Marli - Muita fé, foco, força e coragem para levantar a cabeça e ver que tudo tem jeito. É só acreditar.
  
• Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Marli - Quando eu descobri o câncer.
• Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Marli - Acabar com o preconceito das pessoas, por isso queria me unir a vocês para ajudar em tudo.
• Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Marli - Ter mais hospitais com equipamentos para melhorar o atendimento ao paciente com câncer.