[Câncer de Mama] Maria Souza

Aprendendo com Você
Maria Souza
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Maria - Eu me chamo Maria, tenho 36 anos, sou Gestora de RH, mas abri mão da carreira para me dedicar 100% a maternidade. Moro em São Paulo, com meu marido e meus três filhos: Pedro, e os gêmeos: João e Miguel (que tem Microcefalia).
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Maria - Em fevereiro de 2015, meu filho Miguel, em uma brincadeira, caiu em cima da minha mama, por causa da dor comecei a fazer massagem e senti um nódulo. Estava com viagem marcada e decidi me preocupar com isso apenas quando eu voltasse. Assim que voltamos, no final de março marquei consulta com minha médica e em começo de Abril, fiz uma Mamografia, que não deu nada. Não fomos adiante, não tinha até então, casos na família e os exames de rotina, inclusive o US de mama, que tinha feito em dezembro de 2014 estavam normais. rnEntre Abril e Agosto, o nódulo cresceu a ponto de ser visto, então decidi procurar uma Mastologista no AC Camargo. Repeti Mamografia, US, Ressonância e fiz punção / biópsia que confirmaram ser um Carcinoma Mamário Invasivo.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Maria - O nódulo inicialmente palpável, passou a ser visto e comecei a ter a sensação muito parecida quando a minha mama enchia de leite.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Maria - Acho que faltou investigar mais em Abril, quando a Mamografia não deu nada. Afinal, o nódulo era palpável.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Maria - Eu tive a certeza, por intuição, logo depois da biópsia, foram 9 agulhadas bastante doloridas e me deixaram chateadas. Ali tive a certeza que era, e comecei a avisar para as pessoas mais próximas.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Maria - Os meus filhos foram e são a minha maior preocupação.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Maria - Como os nódulos estavam muito grandes, maiores de 4 cm, decidimos começar pela quimioterapia. Foram 4 sessões da quimio vermelha e serão 12 sessões da branca, das quais já fiz 7!
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Maria - Acho que as quimio estão sendo relativamente tranquilas, mas preciso confessar que estou com medo da cirurgia. Pois foi indicado a mastectomia da mama esquerda. Não por perder a mama, mas por todo o risco que envolve uma cirurgia e sua recuperação.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Maria - Nas duas últimas da quimio vermelha, fiquei bastante enjoada. O que ajudou muito foi comer a cada 3 horas e chupar picolé de limão. Tive queda de imunidade e tive que tomar injeção de garnulokine. Agora estou com anemia, tomando injeções para ajudar a melhorar. Desde a última quimio 7/12, comecei a me sentir mais cansada.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Maria - Encontrei um médico excelente, que está sempre disponível para tirar nossas dúvidas. A relação próxima é muito tranquilizadora.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Maria - Além do oncologista e Mastologista, passei por geneticista, além de dentista, nutricionista e psicóloga. Faço tratamentos alternativos: acupuntura, cromoterapia e antroposofia, que ajudam nos efeitos colaterais.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Maria - Eu cheguei a passar por consulta, mas não faço acompanhamento. O que me ajuda muito é meu blog, um diário virtual que fiz para os meus filhos. Mas acho que a terapia é fundamental para ajudar a encontrar o equilíbrio das emoções.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Maria - Eu vivia uma correria por conta de todas as atividades dos meus filhos, principalmente por conta das terapias do meu filho que tem Microcefalia. Mudamos a rotina para que eles não fossem prejudicados, passamos a deixa-los o dia todo na escola e hoje faço as coisas com mais tranquilidade. Era sempre um sufoco quando precisava fazer uma consulta, um exame ou passava mal, porque tinha pouco tempo pra resolver tudo. Então deixa-los o dia todo na escola, foi nossa decisão temporária, mais acertada!
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Maria - Eu já não trabalhava, então foi só ajustar a rotina das crianças deixando-as em período integral da escola.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Maria - Não, e nem sei quais direitos teria, já que eu nem trabalhava.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Maria - Muitas viagens e voltar a estudar.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Maria - Algo que costumo a dizer para os meus filhos: Dói! Mas quanto mais rápido passarmos pela dor, mas rápido nos recuperamos. A vida é cilícia, em constante movimento, e quanto mais confiança e mais otimismo passarmos por nossas provações, mas felizes serão nossas vitórias e nossa evolução!
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Maria - Em buscas pela internet.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Maria - A de orientar melhor as pessoas que querem contribuir com o projeto.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Maria - Investimento em educação e pesquisas!
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