[Câncer de Mama] Maria Laura Icart Neme

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Maria - Sou médica Nefrologista, tenho 46 anos, dois filhos adolescentes de 12 e 14 anos, divorciada, sou mãe e pai. Nos mudamos a um ano para Curitiba por motivo de trabalho, e quando ainda estávamos na fase de adaptação a vida me surpreendeu.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Maria - Descobri por acaso porque queria usar um método anticoncepcional. O primeiro exame deu um nódulo benigno, mas não me conformei com essa resposta e fiz um novo exames, o qual apareceu diferente.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Maria - Não
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Maria - Nenhuma, como sou médica tive muito apoio dos colegas e serviços de imagem, em 10 dias, de repente,  tive o diagnóstico de Câncer. Isso, rápido e foi assustador.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Maria - Recebi o resultado da biopsia no meu e-mail, pelo fato de ser médica. Li sozinha, e achei que iria morrer . Surtei, sai correndo, querendo fugir . Me desesperei por uns minutos, mas aos poucos fui tentando me acalmar. Nunca imaginei que isso aconteceria comigo.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Maria - Morrer, e deixar meus filhos. Sou mãe e pai, cuido sozinha deles desde que me divorciei a 7 anos. A minha única preocupação sempre foi e são meus filhos.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Maria - Meu carcinoma foi lobular a D, após varias opiniões resolvi fazer mastectomia radical bilateral, pois a chance de recidiva neste caso é maior na mama contra lateral. Deu tudo negativo , e como fiz a cirurgia radical, a indicação foi de usar Tamoxifeno .
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Maria - Tenho pânico de que recidive, e de que tenha que fazer outro tipo de tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Maria - Não
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Maria - Excelente
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Maria - Sim, estou fazendo terapia, fui na nutricionista e fisioterapeuta. Acredito que é um divisor de águas, tudo tem que mudar, alimentação, estilo de vida, etc.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Maria - Acho fundamental a ajuda com o psicólogo. O MEDO é um dos sentimentos mais aterrorizantes, e o medo a deixar meus filhos foi demais para mim. Não me revoltei com Deus, muito pelo contrário, a fé que tenho me levantou, assim como a ajuda dos amigos foi fundamental. Mas é preciso mudar, é preciso achar um novo significado para a vida. Sempre lidei com pacientes graves, e agora mudar de lado foi muito difícil.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Maria - Fiquei sem trabalhar dois meses pela cirurgia. Já estou trabalhando, fazendo terapia, na academia, e buscando um novo significado a minha vida. As vezes é difícil ver doentes o dia todo. Ainda é difícil falar sobre o assunto.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Maria - Parei dois meses. já voltei
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Maria - Ainda não 
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Maria - Criar meus filhos, me manter saudável, refazer o significado da minha vida. Ser feliz dia a dia. Dar um significado de gratidão a vida, comecei a dar aulas voluntárias de espanhol para um curso pré vestibular de jovens carentes. Muitos amigos me deram o significado de buscar fazer trabalhos voluntários como gratidão e isso tem me ajudado muito.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Maria - Que tenha fé, que busque em Deus a força para lutar. Que busque ajuda médica o mais rápido possível e que acredite que tudo dará certo.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Maria -
    Internet

  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Maria - Não
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Maria - É um absurdo o que estão fazendo com a saúde no Brasil. As pessoas não tem acesso fácil, demoram muito para fazer diagnóstico, por isso começam o tratamento geralmente com a doença mais avançada. É um absurdo mamografia cada dois anos, não darem acesso livre a US de mama. Meu tipo deu negativo na mamografia.
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