[Linfoma de Hodgkin] Marcella Meneghetti Duarte

Aprendendo com Você
Marcella Meneghetti Duarte
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Marcella - Tenho 26 anos, sou estilista, não tenho filhos, não sou casada e moro em São Paulo.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Marcella - Apareceu um gânglio linfático inchado no meu pescoço.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Marcella - Sim: perda de peso, sudorese noturna e o gânglio inchado.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Marcella - Nenhuma.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Marcella - Ninguém quer ter câncer e a palavra assusta muito, mas graças a Deus eu recebi a noticia pelo meu pai e com toda minha família ao meu lado. Na hora eu não entendia o porque, afinal com 23 anos eu estava com aquele diagnóstico, passa mil coisas na sua cabeça até que eu era uma pessoa ruim demais, mas com o tempo tudo vai clareando e percebemos que a nossa única opção é ser forte e seguir na luta.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Marcella - Minha preocupação era ter a minha cura, queria começar logo o tratamento para acabar logo tudo.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Marcella - Eu acabei o tratamento faz 1 ano e 6 meses. Iniciei tratamento em abril de 2014 fiz 6 meses de ABVD e em outubro de 2014 fiz um pet scan e não tinha negativado a doença, então fui para um novo protocolo, o transplante de medula óssea. Em janeiro 2015 internei para fazer o processo de coleta e começar o transplante, fiquei 42 dias em isolamento durante todo esse processo e dia 9 de fevereiro tive alta e fui para casa me recuperar, em junho de 2015 fiz radioterapia e dia 17 de junho tive a alta médica tão esperada. Estava livre e curada, já iniciei o processo de revacinação e estou ótima, graças a Deus!!
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Marcella - O transplante foi a parte mais difícil, tive uma mucosite e fiquei 20 dias sem engolir nada nem saliva, foi muito doloroso,mas eu sempre pensava que aquilo tudo estava matando tudo de ruim que pudesse existir ainda em mim e que dalí eu ia sair novinha em folha e viver uma vida de gratidão.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Marcella - Muitos efeitos colaterais, o enjoo era uma das piores coisas pra mim, sempre gostei muito de comer e não conseguir era muito difícil, perdi muito peso, cheguei a pesar 32 kg e não tinha força e muita dor no corpo. O que me ajudou muito a amenizar isso tudo era o pilates e acupuntura.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Marcella - A minha relação com meu médico é a melhor possível, ele é meu anjo da guarda e eu serei eternamente grata a tudo que ele fez e faz por mim, meu amor por ele é como de uma filha. Ganhei mais um pai.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Marcella - Sim, sempre me dei muito bem com as enfermeiras e todos do hospital, eles estavam ali me ajudando tanto e de alguma forma sempre procurava agradecer.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Marcella - Não, nunca fiz, na minha primeira quimio tive a visita de um psicólogo que acompanha todos os pacientes no hospital e tive alta, sempre soube que a minha cabeça é que ia me ajudar a chegar na minha cura, e minha família sempre foi meu suporte emocional e psicológico.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Marcella - Melhor impossível, sou muito grata a Deus por tudo que passei, pois sei que tinha que passar e que foi graças a isso que me tornei uma pessoa melhor, estamos aqui para evoluir e hoje eu só agradeço a Deus por tudo que tenho. Também criei um blog, pois sentia muita falta de saber sobre a doença e tbm para compartilhar as coisas que sentia, acho extremamente importante essa troca, um ajuda o outro! Então resolvi compartilhar tudo que eu passava para que as pessoas que fossem passar não se assustassem, pq tudo na verdade durante o tratamento nos assusta por sabermos da gravidade da doença, então comecei a escrever no blog e acredito que isso tem ajudado muita gente, muitas me mandam mensagens e fico muito feliz de poder ajudar de alguma forma.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Marcella - Eu estou parada a 2 anos, afastada pelo INSS, por conta do transplante meu médico me pediu esse tempo para que eu me recuperasse e tomasse todas as vacinas para voltar protegida.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Marcella - Não. Não foi necessário.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Marcella - Quero poder ajudar muitas pessoas que hoje estão passando pelo que passei, acredito que essas experiências tem que ser compartilhadas para ajudar ao próximo passar com mais tranquilidade, pois não é um bicho de 7 cabeças se tantos conseguem, temos que ajudar muitas pessoas a conseguir também. Também criei um blog chamado  pois sentia muita falta de saber sobre a doença e tbm para compartilhar as coisas que sentia, acho extremamente importante essa troca, um ajuda o outro! Então resolvi compartilhar tudo que eu passava para que as pessoas que fossem passar não se assustassem, pq tudo na verdade durante o tratamento nos assusta por sabermos da gravidade da doença, então comecei a escrever no blog e acredito que isso tem ajudado muita gente, muitas me mandam mensagens e fico muito feliz de poder ajudar de alguma forma.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Marcella - Aceite. A melhor forma de ir para luta é de cabeça erguida e com o pensamento positivo, foque no fim e na sua cura, tudo isso vai passar.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Marcella - Pela internet, buscando sobre o linfoma.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Marcella - Não, adoro o site.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Marcella - Tem que ser mais divulgado, principalmente na TV. Infelizmente se fala muito pouco e muitos nem sabem o que são certas doenças e não sabem sobre as chances de cura que hoje são muitas com um diagnóstico precoce, divulgar sobre a Cura e não sobre os casos graves, incentivar as pessoas afazer exames, e divulgar sobre a doação de medula óssea que pode salvar muitas vidas.
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