[Sarcoma Uterino] Maiza Lopes Maciel Gonçalves

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Maiza - Eu me chamo Maiza, tenho 42 anos e sou servente escolar. Tenho 2 filhos, um de 18 e outro de 5 anos, sou casada e moro em Papagaios, MG.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Maiza - Depois que fiz uma histerectomia de urgência.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Maiza - Tive muitas dores, foram 5 longos meses de muita dor.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Maiza - Olha primeiro o médico da minha cidade me diagnosticou com apendicite por sentir dor no quadril (e a dor descia pra perna). Fiz o exame e deu negativo, então ele me encaminhou para o urologista que me passou vários remédios para os rins e me deu pedido pra fazer uma tomografia (que também deu negativo), mas tinha um tipo de mioma que pesava quase 300g mas o urologista nem quis olhar, então falei com ele a respeito daquilo porque tinha lido a tomografia e ele mandou que eu fosse procurar um ginecologista e deu o caso por encerrado. Então, depois de 3 meses que eu tinha consultado com o urologista, resolvi procurar um ginecologista, pois as dores tinha aumentado muito eu mal conseguia trabalhar.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Maiza - Depois que fui no ginecologista e ele viu a tomografia, ele ficou muito preocupado e pediu para entrar em contato com um cirurgião irmão dele. E foi o que fiz naquela mesma semana, fui internada as pressas e fui histerectomizada. Passado 15 dias veio o resultado da biopsia, meu mundo desabou ali eu fiquei sem reação, só pensava nos meus filhos, no meu marido e que eu tava com 'sentença de morte'.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Maiza - De não ver meus filhos crescerem, não ver mais minha mãe, meu marido e meus irmãos.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Maiza - Fui histerectomizada em 2014 e em 2015 fiz uma laparoscopia com retirada dos 2 ovários e trompas. Como fiz a primeira cirurgia numa cidade perto da minha, mas que também não tem oncologia, não foi feito nada, só depois de 5 meses da primeira operação que fui encaminhada para oncologia e estou em acompanhamento, ainda falta mais 3 anos pra eu sair do grupo de risco.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Maiza - Como fiz só cirurgia, pra mim foram elas, pois foram 10 meses uma da outra, então eu sofri muito no pós-operatório.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Maiza - Bom, como já disse... Só operei.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Maiza - Não foi das melhores, pois quando consegui ser encaminhada pro Hospital oncológico eu já tinha feito a histerectomia, então a medica não concordou muito e disse que o cirurgião tinha que ter me encaminhado pro hospital, mas mudei de medica e não tenho uma relação boa com essa também, eles são profissionais e não tem amizade com os pacientes.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Maiza - Agora tive algumas consultas com um ortopedista e durante 8 meses com um reumatologia, pois com a menopausa cirúrgica tive degeneração em todas as articulações do corpo.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Maiza - Não fiz, achei que tinha tirado o câncer e que tudo tinha acabado ali naquela cirurgia, mas só tava começando. Depois da biopsia a cabeça da gente vira do avesso, agora estou em acompanhamento psicológico, porque depois de tudo não aguentei.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Maiza - Olha, não está das melhores. Sinto muita dor por causa dessa degeneração nos ossos e o reumatologista retirou todos os remédios, porque não fizeram nenhum efeito, não tive melhoras. A degeneração vem piorando e to bastante debilitada do braço direto, quadril e joelhos, mas com fé vou vivendo.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Maiza - Parei 2 anos, mas como sinto muita dor no corpo entrei com férias vencidas até ver o que vou fazer pra voltar a trabalhar.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Maiza - Sim, auxilio doença.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Maiza - Eu queria minha vida de volta sem dor, pra mim, isso já seria o suficiente.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Maiza - Siga com fé,  não se desespere. Se um médico te disser "não preocupe, isso não é nada." procure uma segunda opinião, persista!
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Maiza - Através da internet.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Maiza - Não, vocês são ótimos. Tiro todas as minhas duvidas aqui. Se todas as instituições fossem como vocês nós, pacientes, sofreríamos menos.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Maiza - É muito descaso, ninguém liga se o SUS não tiver uma melhora no atendimento ainda terá muitas perdas por causa dessa doença.
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