[Câncer de Mama] Liane Barcellos

Aprendendo com Você
Liane Barcellos
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Liane - Tenho 33 anos. Sou consultora de viagens e turismóloga. Solteira e não tenho filhos.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Liane - Passei o ano tendo "viroses " e gripes. Isso já chamava a minha atenção e a de todos que conviviam comigo. Porém, antes de ir ao médico o meu seio apresentou irregularidades na região do mamilo.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Liane - Dores na mama, inversão do mamilo e irritação na pele da mama.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Liane - Sou gordinha, tenho seios muito grandes e o tumor era grande. No exame de toque passava como "gordurinha" e o meu tumor não era como um nódulo, parecia como uma "placa". Isso dificultou e adiou o diagnóstico... Só chamou a atenção do médico quando percebi a inversão do mamilo.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Liane - Receber o diagnóstico foi um "balde de água fria". Pensei primeiro na minha família, queria que o médico parasse de falar tudo na frente da minha mãe. Pensei em todos os projetos profissionais e pessoais, nos lugares que eu queria conhecer e em tudo que eu ainda queria fazer.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Liane - Minha maior preocupação foi com a minha mãe, no sofrimento dela, em ficar dando trabalho... Meu pai na época estava em fase terminal com Mal de Alzheirmer, já vivíamos uma fase difícil em casa. "E agora como vai ser? Não poderei ajudar? Vou ser mais uma doente para minha mãe cuidar?". Depois, pensei na possibilidade não poder realizar o sonho de ser mãe. E no meu lindo cabelo!! "Como vai ser ficar sem ele?"
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Liane - Já passei pela quimioterapia, pela cirurgia e depois pela radioterapia. Agora tomo remédio via oral e mais dois medicamentos no hospital a cada 21 dias. Faço fisioterapia porque perdi alguns movimentos do braço direito e estou me preparando para mais uma cirurgia de reconstrução, pois tive uma infecção e precisei retirar a prótese.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Liane - As últimas quatro seções de quimioterapia foram a pior parte de tudo o tratamento, tive muitos efeitos colaterais e muitas dores no corpo.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Liane - Até hoje eu sofro com os efeitos colaterais, mas aprendo todos os dias a conviver melhor com eles. Procuro sempre seguir as dicas dos médicos: alimentação correta, caminhada e exercícios orientados ajudam bastante. Meu otimismo e bom um humor sempre foram meu melhores aliados.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Liane - Minha relação com minha oncologista é ótima, confio muito nela.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Liane - Precisei de mastologista e cirurgião plástico para parte cirúrgica. Também faço acompanhamento com uma nutricionista para poder melhorar meus hábitos alimentares e perder peso. Além disso, faço fisioterapia para recuperar os movimentos do braço direito.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Liane - Tive algumas sessões só como orientação, mas acho que pode ajudar muito. Pretendo procurar nessa nova fase da minha vida. O processo de "reabilitação" é difícil.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Liane - A minha vida ainda é voltada para o tratamento. Hoje tenho uma vida diferente, parei de fumar, pratico exercícios físicos e tenho uma alimentação muito mais saudável.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Liane - Não queria parar, mas precisei durante a quimioterapia. Ficou impossível trabalhar com tantos efeitos mais todo estresse do trabalho.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Liane - Recebi auxílio durante um ano. Luto para renovação desse benefício que acaba de ser negado pelo INSS. Recebo também o medicamento via oral através do meu plano de saúde.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Liane - Não faço muitos planos, só quero muito me recuperar bem. Pretendo ajudar outras pessoas que estão com o diagnóstico e voltar as minhas atividades assim que possível.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Liane - 1- Confie no seu médico e caso não confie, busque outro profissional.
    2- Cada pessoa reage ao tratamento de uma maneira. Isso significa que não terá todos os efeitos colaterais que você conhece ou já ouviu falar. Deixe seu corpo reagir antes de sentir.
    3- Não tente decifrar os resultados dos seus exames usando site de buscas. Sites não são médicos e isso só lhe deixará mais insegura.
    4- Compre todos os medicamentos sugeridos pelo seu médico e os deixe sempre ao seu alcance.
    5- Faça do limão uma limonada. Não adianta reclamar, deprimir ou ficar de "cara "com o mundo. O diagnóstico já foi dado. É preciso encarar de frente.
    6- Busque ajuda espiritual/ religiosa em tudo que acredita. Jamais deixe de fazer corretamente o tratamento médico.
    7- Agradeça por poder se tratar e por poder ter pessoas para lhe ajudar.
    8- E, acima de tudo, seja otimista. Tudo dará certo e tudo é passageiro!!!
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Liane - Através da internet
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Liane - Ainda existe muito descaso com a doença. Os planos de saúde negam pedidos de procedimentos com frequência e demoram para autoriza-los, além de muita burocracia para conseguir o auxilio invalidez. Senhores políticos precisamos de mais atenção, são serviços que envolvem VIDA!!!
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