[Câncer de Mama] Leuza Nogueira De Melo

Aprendendo com Você
Leuza Nogueira de Melo
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Leuza - Tenho 54 anos, sou estudante do curso de serviço Social da UFPE, casada, dois filhos, moro em Camaragibe-PE.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Leuza - Em 2010, através do auto exame da mama, descobri um nódulo na mama esquerda. O diagnóstico foi de carcinoma ductal invasivo. Fui submetida a uma quadrantectomia, sessões de quimioterapia e radioterapia e fiquei em acompanhamento oncológico no Hospital das Clínicas de Pernambuco até dezembro de 2015, quando perceberam um novo nódulo na mesma mama, também diagnosticado como carcinoma ductal invasivo. Realizei uma mastectomia com reconstrução imediata da mama através dos tecidos do abdômen no dia 25 de fevereiro último. Amanhã, terça-feira dia 05 de abril de 2016, recomeço as novas sessões de quimioterapia para combate desse novo câncer.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Leuza - Só percebi através do toque. Não senti dor nem sintomas.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Leuza - Nenhuma dificuldade encontrada. Diria até que do diagnóstico até o início do tratamento, tudo transcorreu de forma rápida e eficiente, mesmo utilizando o Sistema Único de Saúde.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Leuza - Fiquei bastante tranquila, embora seja a segunda vez. Sei que se diagnosticado da forma que foi, logo no início, as chances de cura são maiores.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Leuza - A maior preocupação do momento são os enjoos naturais do tratamento e a queda de cabelo, que mexe bastante com a auto estima da mulher.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Leuza - O início do meu tratamento está previsto para amanhã, dia 05 de abril.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Leuza - O tratamento mais difícil é a quimioterapia. a radioterapia também traz bastante efeito colateral.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Leuza - No tratamento anterior tive queda de cabelo e enjoos. Comprei bastante lenços, todos coloridos e fui a luta, levando uma vida normal. Quanto ao enjoo, procurei combater com frutas cítricas e comidas leves, sem gordura.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Leuza - Desde o primeiro diagnóstico do câncer em 2010, venho sendo acompanhada pelo Oncologista Dr. Elcio Cavalcante do HC. Nós já temos um relacionamento bastante solidificado em que a confiança e a humanização está sempre presente. A equipe toda é humanizada para que o tratamento alcance o resultado esperado, a cura.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Leuza - O relacionamento no meu caso começou com o mastologista, depois passou para a equipe da cirurgia plástica e finalmente, ao oncologista. Tudo muito tranquilo, sem intercorrências.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Leuza - participei de algumas consultas com a equipe de psicologia. A importância desse profissional no contexto todo é grande. Muitas vezes você precisa ouvir o quanto tudo é passageiro. Através desse profissional, você descobre quanto é importante viver e como é fundamental a presença da família nessa hora.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Leuza - Tranquila. Somente na expectativa de um novo início de tratamento, mas com muita confiança em que tudo vai dar certo.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Leuza - Eu não trabalho fora, apenas estudo. Mas estava realizando um estágio no sistema S (SESC) e achei por bem interromper para que não atrapalhe as muitas idas ao Hospital para acompanhamento. Pretendo continuar estudando (estou pagando duas disciplinas do curso no período vigente) para não atrasar muito o curso, pois já estou na reta final (8º período).
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Leuza - Estou procurando informações sobre os meus direitos no livro: Câncer, Direito e Cidadania, de Antonieta Barbosa. No livro ela explica como a lei pode beneficiar pacientes e familiares.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Leuza - Pretendo primeiro terminar o tratamento, continuar estudando, fazer uma pós graduação, fazer um concurso para atuar na área que escolhi como profissão, procurar dar mais atenção a minha família, viver e viver muito.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Leuza - Procurar ter paciência e fazer todas as etapas previstas para um tratamento eficaz.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Leuza - Através de anúncio no Facebook.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Leuza - Está tudo perfeito do jeito que é.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Leuza - Os governantes deveriam cumprir o que dita a Constituição Federal 88, que define saúde como um direito de todos e dever do Estado. deveriam ter um olhar para as pessoas em situação de vulnerabilidade que procuram o SUS para uma ação curativa, quando muitas vezes, não tem mais solução. Deveriam investir na promoção e prevenção da doença, utilizando os recursos da seguridade social, na parte que é destinada à saúde .
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