[Câncer de Mama] Keyla Meire

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Keyla - Sou Keyla, tenho 47 anos, formada em Direito, casada há 28 anos, um casal de filhos já adultos. Linhares - ES.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Keyla - Em 2013, estava fazendo a rotina de exames devido ao climatério, e nos exames de mama, (mamografia e ultrassonografia), mostraram cistos, que incomodavam muito nos períodos menstruais. Mas foram acompanhados pelo mastologista, descartando qualquer ligação com câncer de mama. Os meses se passaram, em 2014 no inicio do ano, notei que na mama esquerda aqueles cistos haviam se agrupado de forma instantânea. Muito preocupada, retornei aos exames de rotina.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Keyla - Como disse, o agrupamento dos cistos foi tão rápido , de um mês para o outro, me deixando preocupada, e ao tocar sentia um volume rígido e com um certo tamanho, palpável com os dedos. Mas nem por um momento imaginei que fosse o inicio de um câncer de mama.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Keyla - Não tive dificuldades para fechar o diagnostico.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Keyla - Sem direção, ainda não acreditava que era comigo, tive muito medo de tudo , afinal, o que era exames de rotina, se transformaram em um diagnóstico avassalador. E tendo que tomar decisões em frações de segundos, por que tudo acontecia ao mesmo tempo. A família é sempre o que pensamos de inicio, como ficariam todos, depois em você mesma, o porque de ser com você. É assustador.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Keyla - Até aonde tudo aquilo iria. Medo de morrer? A cura?
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Keyla - Sim, Fiz a mastectomia, em junho, agora estou fiz a terceira quimioterapia vermelha, seguindo para a quarta e ultima deste primeiro ciclo, em seguida darei início a 12 brancas semanais, onde ainda irei colocar o cateter, para me ajudar nas veias. Em frente terei a radioterapia, para ao final, fazer a cirurgia de reconstrução da mama, pois foi colocado o expansor. A quimioterapia vermelha tem muitos sintomas ruins, na verdade não me incomoda ficar sem cabelo, apenas gostaria que os efeitos, mal estar, enjoo, sudorese frio e calor, não acontecesse.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Keyla - A mastectomia não é nada agradável, mas a quimioterapia vermelha até agora é a pior, devido aos sintomas.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Keyla - Os efeitos da quimioterapia vermelha, são ruins, o que fazer? Não existe um protocolo a seguir, é suportar os sintomas, e fazer apenas o que realmente você conseguir fazer. Mente ocupada, relaxar, respirar, enfim, o que trouxer conforto.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Keyla - Normal, conversamos de tudo francamente e isso é fundamental. Sem meios termos.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Keyla - Não, apenas com a equipe do mastologista e até agora a equipe da Oncologia.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Keyla - Não. Até cogitei a possibilidade, mas entendi que nada mudaria, os fatos são estes e são reais. Então o nome próprio é se adequar a nova vida.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Keyla - Como disse, estou no inicio da quimioterapia, ainda tenho um caminho a percorrer, não estou trabalhando, fico em casa, porque os efeitos são muito desconfortáveis. Gostaria como disse posteriormente, que esses efeitos fossem menos agressivos, e que pudesse ter uma rotina normal. Me sinto retida dentro de minha vida.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Keyla - Não. Parei, mas não foi por opção, e sim devido aos efeitos colaterais da quimioterapia, que são fortes.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Keyla - Sim, estou usando a auxilio doença. Os demais benefícios ainda não usei.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Keyla - Retomar a minha vida normal, poder trabalhar, estar em família, e principalmente me amar mais.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Keyla - Fé!! Acredite que tudo na vida tem um propósito e seja ele qual for, se vista nele e ande!
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Keyla - Procurando informações sobre o tratamento na internet.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Keyla - Parabenizo a equipe e sempre que possível, continuem mantendo contato conosco. Toda e qualquer informação será muito bem vinda. Obrigada.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Keyla - Investimento. Existe muitas pesquisas em andamento que precisam de incentivo financeiro. Que ofereçam mais condições aos SUS, para ajudar aos que definitivamente não tem outra opção de tratamento.
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