[Câncer de Mama] Katia Regina Freitas

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Katia - Sou Kátia Regina Freitas, tenho 51 anos, sou gerente ADM/Financeira de uma locadora de guindastes e caminhões Munck. Sou casada há 4 anos e sou de Contagem, MG.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Katia - Descobri no Autoexame.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Katia - O sinal foi somente um carocinho bem pequeno, que passei a vigiar e aí sim, parti para exames de investigação.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Katia - Sempre fui muito bem informada e isso foi crucial para mim, pois na época tinha um convênio péssimo aqui da empresa que em trabalho e o médico desse convênio, quando viu minha mamografia, disse: Isso não é nada! Por R$ 500,00 eu te opero, pois o convênio não cobrirá a cirurgia. Eu olhei bem na cara dele e falei: O Sr. só pode estar louco... Preciso ouvir o parecer de um mastologista. Então procurei um mastologista, inclusive contei a ele essa experiência, ele ficou chocado e me disse: Você tomou a atitude mais acertada de sua vida, quando não aceitou essa sugestão suicida.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Katia - Recebi de forma tranquila, por incrível que possa parecer. Meu mastologista me disse que há 3 momentos que todo portador de câncer vai viver e em um desses, sem dúvida, você vai desabar. São eles: O diagnóstico (nesse eu não desabei). A 1ª visita ao oncologista, para que seja definido o tratamento e a finalização do tratamento (nesse sim, eu desabei de alegria), porque teria que fazer a radioterapia e tomar o tamoxifeno por 5 anos e não precisaria da quimio. Esse inclusive é o momento em que me encontro, terminando as sessões de radioterapia e já em uso do remédio... Quero viver para lhes contar o que sentirei quando receber o diagnóstico definitivo de minha cura.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Katia - Muitas preocupações... Primeiro: a noticia do câncer já nos remete a ideia de morte eminente, daí vêm todas as demais preocupações. Para mim, o que mais pesou foi minha família, pois sou a base sustentadora da minha. Outra coisa que me preocupou também era saber se viveria para ver minha sobrinha mais velha se formar em odontologia agora no final de 2016, porque esse é meu maior sonho. Hoje, tenho plena certeza que irei realizá-lo.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Katia - Como relatei acima, hoje completo minha 16ª de 19 sessões de radioterapia e estou tomando o tamoxifeno há cerca de 30 dias.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Katia - Pelo que estou vivenciando, convivendo com tantos portadores de câncer, acho que sem dúvida a quimioterapia é a parte mais difícil.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Katia - Não senti nenhum efeito, graças a Deus.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Katia - Muito tranquila.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Katia - Sim. Com o mastologista, radioterapeuta e com os técnicos da radioterapia.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Katia - Não.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Katia - Praticamente normal, o que cansa um pouco é somente a distância que preciso percorrer, pois moro em Contagem e me desloco para BH todos os dias para fazer as sessões de rádio. Mas eu busco a cura e não haverá distância e cansaço que me impedirá de achá-la.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Katia - Continuo a trabalhar, parei por 07 dias quando me submeti a quadrantectomia e depois por mais 5 dias, porque precisei retirar uma margem da mama em uma segunda cirurgia.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Katia - Saquei meu FGTS e agora vou sacar as cotas que tenho do PIS. Na fila do banco fico na fila de prioridade e se alguém me questiona, como já aconteceu, eu somente informo que sou paciente oncológica.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Katia - Me curar, viajar, ver minha sobrinha formada e realizada e relaxar mais, pois sempre fui muito estressada.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Katia - Foco, força e sobretudo muita FÉ, seja qual for a sua crença.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Katia - Pelo facebook.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Katia - Tenho somente que agradecer a vocês pelas dicas, por abordarem tão de perto e com uma linguagem tão clara a questão do câncer.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Katia - Acho que as pessoas somente se sensibilizam quando vivem a situação na carne, minha sugestão não só no caso do câncer, mas para a situação da saúde no todo. Se pelo menos por 1 semana esses políticos vivenciassem a maratona para conseguir uma consulta, um remédio ou um exame pelo SUS, aí sim, seriam buscadas algumas mudanças.
Multimídia

Acesse a galeria do TV Oncoguia e Biblioteca

Folhetos

Diferentes materiais educativos para download

Doações

Faça você também parte desta batalha

Cadastro

Mantenha-se conectado ao nosso trabalho