[] [CÂNCER DE OVÁRIO] Elida Regina Torok

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você?

    Elida Torok - Meu nome é Elida Regina Torok. Tenho 54 anos. Sou casada há 36 anos. Geógrafa e professora de ensino médio. Pintura e Fotografia. Faço faculdade de Artes Visuais. 
     
    Instituto Oncoguia - Elida, como foi que você descobriu que estava com câncer?

    Elida Torok - Estava engordando muito, mesmo fazendo dieta com nutricionista e ginástica todos os dias. Havia feito uma ecografia transvaginal e nela apareciam áreas císticas,mas a médica pediu para refazer exames em um ano. Em menos de um ano, comecei a sentir dores no estômago e procurei um gastro, o qual descobriu um volume muito grande de ascite, Saí da sala de endoscopia para uma videocirúrgia de ovário.

    Instituto Oncoguia - Como foi pra você receber o diagnóstico de um câncer? Como você ficou, o que sentiu? 
     
    Elida Torok - No momento dos exames, como sou muito curiosa, fui pesquisar sobre cada item dos exames, ascite, CA125 etc, e então comecei a refletir sobre um possível câncer de ovário. Chorei pois não queria acreditar, mas tudo o que lia se confirmava. Uma semana após a vídeo cirúrgia, fui ao médico ouvir o diagnóstico e já não foi uma surpresa, e nem mesmo chorei pelo resultado. Parece que já sabia qual o diagnóstico.

    Instituto Oncoguia - Qual era a sua maior preocupação neste momento?

    Elida Torok - Como iniciar mais rapidamente o tratamento e a perda dos cabelos. 
     
    Instituto Oncoguia - O que aconteceu depois disso? Você já começou o tratamento?

    Elida Torok - Sim, na semana seguinte. 
     
    Instituto Oncoguia - Qual foi o tratamento?

    Elida Torok - Carboplatina e paclitaxel em 6 ciclos. 
     
    Instituto Oncoguia - Você teve efeitos colaterais?

    Elida Torok - Sim, mas muito poucos. Senti na primeira semana muitas dores pelos corpo, mas não fiquei na cama, procurava caminhar, fazer hidromassagem, não tive enjôos, pois havia uma medicação específica e continuei a levar minha vida normalmente. Não parei de trabalhar, de ir a faculdade. 
     
    Instituto Oncoguia - Qual o pior?

    Elida Torok - Acredito que a perda dos cabelos, pois mexe muito com a imagem e a minha era pública. Mas optei por não usar peruca, pois irritava. Então comprei muitos lenços coloridos, combinando com roupas e até hoje uso os lenços e chapéus. 
     
    Instituto Oncoguia - Como é a relação com o seu médico?

    Elida Torok - Muito boa, pois sempre fui muito questionadora, sempre leio muito sobre o câncer até para poder discutir com ele outras alternativas de tratamento. 
     
    Instituto Oncoguia - Com que outro profissional você se relacionou?

    Elida Torok - Ginecologista, dentista, nutricionista, gastro,cardiologista e dermatologista. 
     
    Instituto Oncoguia - Você está em tratamento atualmente?

    Elida Torok - Sim, pois houve recidiva após 10 meses. Optei por trocar a medicação por Caelyz, mas dois ciclos após não surtiu efeito e voltamos para o paclitaxel e carboplatina. Mas mesmo sem terminar os 6 ciclos o CA 125 voltou a subir e evoluiu para carcinomatose peritoneal. Atualmente estou iniciando com Topotecan. 
     
    Instituto Oncoguia - Como você se sente?

    Elida Torok - Me sinto muito bem, apesar de as vezes sentir cansaço. Às vezes gostaria de retornar no tempo e ter antecipado esses acontecimentos, de ter escolhido outro médico ginecologista que fosse mais preocupado com seu paciente. 
     
    Instituto Oncoguia - De que forma o câncer alterou a sua vida?

    Elida Torok - Em pouca coisa, pois não deixei o câncer tomar conta do meu tempo. Eu faço todas as coisas que gosto, viajo, pinto, desenho, fotografo, faço gravura em metal, cuido de minha casa, adoro cozinhar, reunir amigos. Hoje valorizo pequenas coisas, não deixo o stress tomar conta e procuro sempre alertar mulheres sobre o câncer do ovário. Pois por incrível que pareça poucas sabem que somente o Papanicolaou não detecta câncer de ovário. Não gosto de tristezas em minha casa. 
     
    Instituto Oncoguia - Você trabalha?

    Elida Torok - Atualmente não, parei pois estava ficando muito cansativo, dar aulas, corrigir provas, reuniões todas as semanas, simulados e viagens de alunos. 
     
    Instituto Oncoguia - O que gosta de fazer nas horas livres?

    Elida Torok - Pintar óleo sobre tela e fotografar. 
     
    Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje?

    Elida Torok - Procurar ler, se informar sobre tudo que for possível a respeito do câncer. Alternativas fitoterápicos que ajudam a reconstituir o sistema imunológico, ir atrás de outros médicos, outras opiniões. Visitar sites de grandes centros médicos americanos. Eu fui em busca de um dos melhores oncologistas do país. Dr. Antonio Carlos Buzaid, no Sírio Libânes. É mais uma alternativa. O Hospital do Câncer tem especialistas em cirúrgia da pelve e do peritônio. 
     
    Instituto Oncoguia - O que mais você quer nos contar?

    Elida Torok - Atualmente fiz a retirada da ascite, pois havia uma pressão muito grande, o líquido retirado foi para cultura em uma empresa que faz vacinas autólogas, para que no final da quimio sejam inoculadas 7 doses dessa vacina. Os cientistas que estão desenvolvendo já tem casos de sucesso desde 1999. Mas ainda é uma pesquisa. Tanto que assinamos um termo de compromisso e aceitação de pesquisa. Acredito que vale a pena tentar, pois o estudo é bem racional com o que se propõe. Esse médico começou a desenvolver sua pesquisa no Canadá e fez o PHD lá, nessa área. É também uma esperança.

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